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COMMODITIES CAUSAM DOENÇA HOLANDESA

Por:   •  1/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  583 Palavras (3 Páginas)  •  257 Visualizações

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O futuro da indústria no Brasil – cap.8 Commodities no Brasil: maldição ou bênção?

MITO 5: COMMODITIES CAUSAM DOENÇA HOLANDESA

Muito já falou sobre doença holandesa no Brasil, na tentativa de mostrar que exportações de commodities causam perda decompetitividade daindústria por meio do canal de valorização real da taxa de câmbio, o que produziria uma queda na competitividade dos bens manufaturados de outros seguimentos.

De acordo com vários trabalhos até 2010, não existem evidência da doença no Brasil ou ela não é relevante para explicar a perda de competitividade dos setores de não commodities.

Diversos autores destacam que a doença que estaria afetando a indústria não seria “Holandesa”, mas sim “brasileira”: instituições fracas, frequente mudança na regulamentação, deficiências crônicas de infraestruturam estrutura tributárias elevada e intricada, baixos investimentos em educação, ciência e tecnologia. O problema, portanto vais muito além da valorização do preço das commodities e da questão cambial e teria suas principais raízes explicativas no baixo crescimento da produtividade da indústria  vis-à-vis o resto do mundo.

Qual o problema de aproveitar o atual cenárioque está levando as commodites agrícolas, minerais energéticas a um ciclo sustentável de crescimento?

- O crescimento está em linha com as vantagens comparativas e com fortes ganhos de produtividade em relação aos principais concorrentes

- a produção de commodities envolve cadeias industrializadas complexas (investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação).

Tem que repensar sobre a insistência em manter uma economia autárquica, traduzida por políticas que definem que a autossuficiência doméstica é sempre desejável e necessária.

Formuladores de política deveriam observar quais setores têm maior potencial futuro de geração de renda para o país – o que, vale frisar, independe da natureza do produto.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES POLÍTICAS

As commodities no Brasil exibem tão ou até mais valor adicionado que outros produtos. Têm apresentados ganhos contínuos de produtividade, em grande parte devido a inovações ocorridas nas suas cadeias produtivas. E não sofrem com a pressão pela entrada de produtos de baixo custo da Ásia.

O  que fazer então com outros setores industriais com desvantagem competitiva?. Certamente a resposta não é necessariamente buscar uma suposta “agregação de valor”- industrializar commodities no Brasil – sem considerar se, de fato, esse processo irá adicionar valor agregado. Também não é desejável proteger setores industriais de baixa produtividade só porque seus produtos são mais “acabados”.

É mais recomendável especializar a economia em setoress de maior produtividade e estimular ganhos tecnológicos em áreas que tem, cada vez mais, absorvido mão de obra (caso dos setores de serviços).

No longo prazo, o que interessa de fato não é o que o país produz, mas sim como ele produz em relação aos seus melhores concorrentes, o que decorre, entre outros, de ganhos sistemáticos de produtividade e inovação.

As cadeias produtivas das commodities tem se mostrado muito dinâmicas e inovadoras.Há muito espaço para estimular mais pesquisa tecnológica nessa cadeia.

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