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Por: vava3696 • 14/9/2016 • Relatório de pesquisa • 4.228 Palavras (17 Páginas) • 200 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
CIDADE UNIVERSITÁRIA – MARGINAL
PRÁTICAS SOCIAIS SUBJETIVIDADE
Primeira entrega: Relatórios 13/09/2016
Mirian Rocha Cardoso Oliveira RA: C163BG-4
São Paulo
2016
SUMÁRIO
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- HU – Hospital Universitário
Data: 12/08/2016
Duração: 16h00 ás 17h30
Total: 1h30 minutos
Observador: Mirian Rocha Cardoso Oliveira – C163BG4
Esta observação foi realizada em frente ao hospital Universitário, este hospital é grande, existem três portas para a entrada de pacientes e ou visitantes, sendo uma entrada principal para os pacientes e ou visitantes e duas portas na lateral do hospital, onde pude perceber que era de emergência, pois ambulâncias do SAMU chegavam a todo o momento e pacientes em estado de emergência, onde os carros estacionavam e logo o acompanhante descia correndo para pegar uma cadeira de rodas para colocar os pacientes e entraram por estas portas de emergência.
Havia muitos seguranças, a maioria sendo masculino e três femininas e a todos o momento muito atentos a movimentação geral da entrada daquele hospital.
Ao chegar neste hospital fui diretamente para um local onde é coberto por um toldo em cima e dos lados, com dez bancos de concreto, como se fosse uma recepção, percebi que era um ambiente para os familiares aguardarem para o horário de visita, fazerem revezamento para a visita, aguardarem a liberação do paciente entre outras situações que citarei neste relatório, porém este local fica localizado do lado externo do hospital e tive uma visão panorâmica da entrada principal do hospital Universitário.
Muitas pessoas chegavam de carro e a ordem da entrada do hospital pelo que observei era a pessoa que estava passando mal entrar somente com um acompanhante e o outro carro tinha que sair logo, pelo que percebi, era proibido deixar o carro em frente ao hospital.
As pessoas que chegavam e saiam a todo o momento, eram de diversas etnias e classes sociais, as vestimentas variavam muito, haviam pessoas com calça jeans e camiseta, outras de saia e blusa, outras de social (camisa e calça social e calçando chinelo, outras de calça leage e camiseta, enfim uma infinidade de vestimentas, haviam bebês, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, que entravam e saiam daquele hospital a todo o momento. Aparentemente haviam muitos evangélicos, onde identifiquei pela vestimenta, sendo saia e vestido e cabelos bem compridos.
Haviam pessoas sentadas em outros bancos que ficavam em frente a porta principal, alguns balançando os pés, como se estivessem impacientes e apreensivos, outros fumando sem parar, outros saiam gritando no meio da rua xingando o hospital.
Chegavam pessoas de todas as formas, uns gritando de dor, outros mancando e a pé, outras com um pano na cabeça, como se tivesse caído e estava machucado, outras aparentemente com falta de ar, muitos velhinhos o qual aparentemente não dava para identificar o que tinham e os seguranças na portaria eram bem exigentes, aparentemente só permitiam a entrada do paciente e de um acompanhante.
Percebi que de a todo o momento os seguranças do hospital faziam a ronda em frente ao hospital, eles iam da entrada principal até a outra entrada do outro lado do hospital e voltavam para garantir que estava tudo bem, na questão de segurança.
Foram chegando várias pessoas e cada uma procurava um banco para sentar e aquele local onde eu estava sentada e observando ficou praticamente lotado, algumas pessoas, acredito que familiares saiam da entrada principal e sentavam e começavam a comentar do paciente que acabavam de visitar, outros aguardavam o parente que estava sendo atendido e já tinha um acompanhante dentro do hospital, outros pelos comentários, eram somente o motorista que socorreu e estava ali aguardando.
Até que chegou uma família chorando e pelo que pude perceber tinha acabado de falecer alguém que eu não consegui escutar, quem exatamente era, mas escutei que era mulher, uns abraçavam os outros e choravam muito e escutei um falando para o outro, ela acabou de falecer e outros ficavam em silêncio, outros eu escutei, foi melhor assim, ela estava sofrendo, ali identificava se uma infinidade de sentimentos, de tristeza, de saudade e angústia.
Neste momento fiquei emocionada, pois imaginei, poderia estar acontecendo comigo, ou na minha família e é um sentimento muito ruim, é algo que está fora do nosso alcance.
Vendo aquelas pessoas olhando para o nada com um pensamento longe, um pensamento de acabou, morreu e agora como será de agora em diante.
Também ouvi algumas pessoas dizendo que somente uma parte do hospital estava funcionando, pois estão querendo privatiza-lo e alguns colaboradores fizeram greve, pela não privatização.
Realizar esta observação, me fez pensar, como precisamos agradecer por tudo em nossas vidas, as vezes reclamamos de tudo e vendo essas pessoas chegarem, cada uma em um estado diferente de saúde, outras sem condições de andar, outras gritando de dor e outros os familiares chorando pela perda de um ente querido, nos traz à tona, o agradecimento, lembrar o quanto somos felizes e reclamamos de tudo, que perto dos problemas destas pessoas se tornam pequenos.
Outra coisa, foi a indignação dos parentes não poderem aguardar dentro do hospital, pois aquele banco de concreto não tinha conforto nenhum e neste dia estava um vento gelado que incomodava a todos.
Foi uma mistura de sentimentos, pois pagamos tantos impostos e não temos a dignidade de aguardar em uma recepção com um banco mais confortável.
Devemos agradecer a Deus a todo o momento pela nossa saúde, pois chega a dar medo de passar mal e passar por situações constrangedoras e muitas vezes de humilhação.
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