Desindustrialização no Brasil
Por: phsb • 5/5/2016 • Resenha • 1.100 Palavras (5 Páginas) • 584 Visualizações
Capítulo 2 – Desindustrialização no Brasil: Fatos e Interpretação.
Neste capítulo os autores buscam debater sobre a desindustrialização no Brasil, processo que é definido como a perda de participação da industria no Produto Interno Bruto durante um perído de tempo. Essa questão não é nova, já que vem sendo alvo de estudos por muitas décadas. Porém, em função do fraco desempenho da econmia brasileira, mais especificamente a industria, no ano de 2011, a desindustrialização voltou ao centro do debate economico brasileiro.
Para explicarmos os fatores motivantes para esse processo, os autores separam as causas em três gurpos. O primeiro explica o mal desempenho da indútria em termos global e é o seu carater cíclico. O segundo, mais estrutural , mostra como as economia mundial foram afetas pela inclusão dos países asiáticos ao comercio global. Em especial a China que com a sua estrutura de custos baixissimas conseguiu superar em competitivdade diversos países e alterar o quadro de vantagens compararitvas. O último fator relevante é a tendência mundial de perda de importancia da industria devido as mudanças nos padrões de consumo. Cada vez mais o setor de serviços avança em detrimento da indústria.
O panorâma não a medida que os autores argumentam que os três fatores explicitados acima não possuem tendencia a se dissiparem. Dificilmente as economias asiaticas deixarão de desempenhar papel fundamental no comércio global e nada indica que a tendência de perda de participação da industria deixará de existir.
O fraco desempenho do setor industrial brasileiro em 2011 vem após um longo perído de bonança que abrangeu desde 2004 até 2010. Para os autores o esgotamento dos determinantes do crescimento deste perído foi fundamental para explicarmos os números de 2011. Houve um choque negativo nos termos de troca, que até então beneficiavam a economia nacional, e este, provavelmente, não será revertido no horizonte de tempo prevível.
Após detalharem o panorama da questão, os autores buscam determinar quando de fato começou o processo de desindustrialização no Brasil. Esta não é uma questão facil de ser respondida devido a mudança na forma de se calcular as contas nacionais o que torna a comparação entre os períodos indevida. Os autores, depois de corrigirem os dados, mostramque o Brasil apresenta um pico de industrialização no trienio de 1974-1976 com 24% do PIB no setor industrial. É valido ressaltarmos que em 2011 esse indicador era de 16%. Portanto podemos concluir que o processo de desindustrialização no brasil não é um fenômeno recente e ja vem ocorrendo a 4 décadas.
O próximo passo do trabalho é analisar os micro dados da industria e ver como cada segmento vem respondendo a este processo. Os autores puderam observa que houve sim um ajuste interno, em que setores como o de vestuário e produtos de madeira perderam importancia no agregado da indústria, enquanto outros, como o da industría automobilística e o de equipamentos de transporte conseguiram aumentar a sua participação. Contudo a única atividade que conseguiu aumentar a participação em relação ao PIB foi o de equipamento de transporte.
Continuando a análise, os autores dividem as economias em seis grupos geográficos( América Latina, OCDE, Africa, Asia, Oriente Médio e Europa Central) e para observar a evolução do indicie de industrialização no decorrer dos anos. Em todos os grupos, excetuando a Asia, é possivel ver claramente uma tendencia de declinio neste indicador o que vai de encontro com a premissa dos autores da perda de importancia da indústria. Quando utilizamos valores agregado para calcular a média mundial este fenômeno fica ainda masi evidente, o indicador de industrialização sai de 25% em 1970 para 16% em 2011. Contudo devemos ressaltar que os grupos geográficos sao extremamente heterogeneos, ou seja, além de possuirem níveis de industrialização diferente, em alguns casos, tambem apresentam evolução dsitinda do indicador.
Por fim, o estudo realiza um exercício econométrio para avaliar a variabilidade da participação da indústria quando controlamos diversos fatores. O trabalho pretende descrever a correlação entre estes fatores, tais como, densidade populacional, taxa de poupança, tamanho da população e câmbio real, e o indicie de industrialização. Com estes coeficientes foi possivel prever a participação esperada da industria brasileira ao longo dos anos e compara-la com os valores encontrados de fato. Os resultados mostraram que no período de maior industrialização do país, decada de 1970, o indicie foi acima do esperado enquanto nos demais períodos se manteve dentro do intervalo de confiança.
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