ESTUDO DE MERCADO DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO DE MARMELADAS: CASO PRÁTICO
Por: Stalys Ferreira • 14/10/2018 • Resenha • 6.500 Palavras (26 Páginas) • 336 Visualizações
ESTUDO DE MERCADO DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO DE MARMELADAS: CASO PRÁTICO
Gabriel Baca Urbina
2.12.1 Introdução
O presente projeto analisa a viabilidade de instalação de uma empresa produtora de marmeladas sob os pontos de vista de mercado, técnico e de rentabilidade econômica.
A primeira parte deste projeto compreende o estudo de mercado do produto em que se analisa desde a definição do produto, passando pela análise da demanda e sua projeção, análise da oferta e sua projeção, análise de preços, até finalizar com o estudo da comercialização do produto. Ao terminar esta primeira parte, se deverá ter uma clara visão das condições atuais do mercado de marmeladas, que permite decidir se é conveniente a instalação da estrutura de produção, ao menos do ponto de vista de sua demanda potencial.
A segunda parte do projeto compreende a análise técnica da planta (capacidade instalada do projeto), que implica a determinação da localização ótima, o desenho das condições ótimas de trabalho, os quais incluem turnos de trabalho, quantidade e tipo de cada uma das máquinas necessárias para o processo, sua capacidade, a distribuição física dos equipamentos dentro da planta, as áreas necessárias, e aspectos organizacionais e legais concernentes a sua instalação.
A terceira parte consiste em uma análise econômica de todas as condições de operação que previamente se determinarão no estudo técnico. Consiste em determinar o investimento inicial, os custos totais de operação, o capital de trabalho, esboçar diferentes esquemas de financiamento para aceitar um deles, efetuar o cálculo do balanço geral inicial, do resultado projetado em cinco anos, do ponto de equilíbrio e da taxa de lucro que os investidores desejariam obter para arriscar seu dinheiro instalando esta planta produtiva. Esta parte trata, em resumo, de obter todas as cifras necessárias para levar a cabo a avaliação econômica.
A quarta seção deste projeto trata exatamente da avaliação econômica do investimento. Uma vez que se tenha obtido uma série de determinações sobre o mercado, a tecnologia e todos os custos envolvidos na instalação e na operação da planta, faz-se agora a determinação da rentabilidade econômica de todo o investimento sob critérios claramente definidos, tais como VPN (valor presente líquido) e TIR (taxa interna de retorno). Esta parte também inclui a análise de risco do investimento.
Finalmente são declaradas as conclusões gerais do projeto com base em dados e determinações feitas em cada uma de suas partes.
2.12.2 Antecedentes
A nutrição é parte vital do dia-a-dia humano. Em cada dia o homem dedica grande parte de seu tempo para consumir alimentos e enquanto melhor ele faça, no sentido de qualidade do que consome e do tempo que leva, sua saúde melhorará ou será empobrecida.
Os grandes chefes de cozinha e nutricionistas sustentam que uma boa refeição sempre deve terminar com uma boa sobremesa. A maioria da população após seu almoço ou seu jantar nem sempre come uma boa sobremesa, dado o custo que ela representa. Em substituição, grande parte da população prefere consumir uma boa marmelada com pão ou misturada com alguma outra sobremesa simples, não só ao término do almoço, mas ao término do café da manhã ou do jantar. Até mesmo, muitas mães enviam as crianças para a escola primária com um pão com marmelada. Isto se deve ao fato de que a marmelada normal é uma fonte rica em energia, em razão de conter grande quantidade de carboidratos.
Para muitas pessoas, porém, a marmelada é uma sobremesa proibida por várias causas. Uma delas é a diabete, quer dizer, as pessoas que sofrem esta enfermidade não devem comer açúcar; outra causa pode ser que a pessoa sofra de sobrepeso, privando-se de comer comidas com quantidades grandes de carboidratos.
O açúcar normal, que se agrega a marmelada, é a sacarose ou açúcar comum que apresenta todas as propriedades de um adoçante porque tem doçura, controle de sabor, coloração, lustre, coesividade, tensão superficial, pressão osmótica e textura. Também funciona como um agente hidrofílico, porque tem uma semelhança alta com a água, e proporciona textura e consistência aos alimentos. Com concentrações altas de açúcar é obtida uma consistência muito viscosa e na elaboração de marmelada sua adição ajuda à formação do gel, além de dar brilho e textura ao produto.
Um consumo alto de sacarose pode ser proibido pelo médico, já que se considera que concentra muita energia e pouco nutriente. Além disto, um excesso de sacarose na dieta pode ser a causa de cáries dentais, diabete ou obesidade, principalmente se a dieta das pessoas for deficiente.
Apesar dos fatores anteriormente mencionados, a marmelada comum é consumida em grandes quantidades, embora muitas vezes não seja na forma direta, mas incluída em pães ou qualquer outro tipo de massa. Porém, isto não significa que o produtor não tem possibilidades de aumentar as vendas de seu produto se além da marmelada normal, produz variedades especiais para diabéticos ou obesos. É necessário ressaltar que em todos os países desenvolvidos este produto já tem vários anos no mercado. Inclusive se pode pensar na elaboração de marmelada de conteúdo calórico alto, intermediário e baixo.
De acordo com a norma oficial de qualidade para a marmelada de frutas, esta deve ser de consistência pastosa ou gelatinosa, obtida pela cocção e concentração de fruta adequadamente preparada, adicionada de adoçante, com ou sem adição de água; pode-se dizer que os ingredientes básicos de uma marmelada simplesmente são as frutas, o adoçante e a água.
Um adoçante é uma substância que, ao agregar-se, adocica os alimentos; alguns deles são de açúcar comum, açúcar invertido, destrose, xarope de glicose que são produtos naturais. Existem outros adoçantes que são artificiais como manitois, sacarina de amônio, sacarina de cálcio, sacarina de sódio e o chamado espartame. Todos eles já foram aprovados para uso em alimentos para consumo humanos pelo FDA (Administração de Fármacos e Alimentos) dos Estados Unidos.
Para uma marmelada comercial também é permitido adicionar pectina, ácidos orgânicos tais como ácido cítrico, ácido tartárico ou ácido málico, para compensar deficiências de acidez que se apresenta na fruta. Também, podem-se agregar os conservantes como benzoato de sódio, ácido ascórbico ou ácido sórbico. A função dos conservantes é ajudar a prolongar a vida de prateleira do produto.
2.12.3 Marco de desenvolvimento e objetivos do estudo
Um país em desenvolvimento requer a criação de todo o tipo de negócio, sem importar se é micro ou grande indústria. Para gerar uma empresa que agregue valor aos produtos se requer tecnologia, e esta implica em uma série de conhecimentos sobre como fazer determinado produto.
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