ESTUDO ECONOMÉTRICO DA MORTALIDADE INFANTIL EM 64 PAÍSES
Por: Stefani Feliciano Rahn • 30/10/2018 • Artigo • 1.789 Palavras (8 Páginas) • 290 Visualizações
ESTUDO ECONOMÉTRICO DA MORTALIDADE INFANTIL EM 64 PAÍSES¹
Bruna Taisa Pereira²
Stefani Feliciano
RESUMO
A taxa de mortalidade infantil tem sido utilizada como um bom indicador das condições de vida, facilmente ser calculado reflete o estado de saúde da parcela mais frágil da população: os menores de um ano. Essa taxa é definida pelo número de óbitos de menores de um ano de idade por cada mil nascidos vivos, em determinada área geográfica e período, e interpreta-se como a estimativa do risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de vida. Valores altos refletem, em geral, níveis precários de saúde, condições de vida e desenvolvimento socioeconômico.
Palavras chave: Mortalidade infantil, Desenvolvimento econômico, Saúde familiar.
1 INTRODUÇÃO:
Esta pesquisa refere-se a uma análise de variáveis socioeconômicas que influenciam o comportamento da taxa de mortalidade infantil em 64 países. Essa taxa é usada mundialmente para demonstrar o desenvolvimento econômico e social de uma país.
As variáveis explicativas utilizadas foram: taxas de alfabetização feminina; índices de produto nacional bruto e as taxas total de fertilidade, utilizando-as para explicar a variável explicada: taxa de mortalidade infantil.
2 REFERENCIAL
2.1 MORTALIDADE INFANTIL
É um indicador social sendo representado pelo número de crianças que vieram a óbito antes de completar seu primeiro ano de vida. “Na maioria dos países desenvolvidos, predominam as mortes que ocorrem durante os primeiros dias de vida da criança, provocadas, sobretudo, por assistência ao pré-natal inadequado e por fatores relacionadas às más condições do parto...” (ORTIZ, 2002). É importante a ser calculado pois representa a qualidade dos serviços de saúde, saneamento básico e a educação de um país. A Organização da Saúde (OMS) considera aceitável uma média de dez mortes a cada mil nascimentos, valores maiores são considerados alarmantes.
O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) tem sido, ao longo do tempo, utilizado como um bom indicador das condições de vida. É simples de ser calculado e reflete o estado de saúde da parcela mais vulnerável da população: os menores de um ano. É definido pelo número de óbitos de menores de um ano de idade por cada mil nascidos vivos, em determinada área geográfica e período, e interpreta-se como a estimativa do risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de vida. Valores altos refletem, em geral, níveis precários de saúde, condições de vida e desenvolvimento socioeconômico. (DUARTE; CRISTINA RABELAIS, 2006, p. 2).
2.1.2 MÉTODO DE CÁLCULO
número de óbitos de residentes com menos de um ano de idade |
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x 1.000 | |
número total de nascidos vivos de mães residentes |
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2.2 ALFABETIZAÇÃO FEMININA
A alfabetização é um processo de aprendizagem onde se desenvolvem as habilidades de ler, escrever e interpretar de maneira adequada. De acordo com Soares citada por Morais e Albuquerque (2007, p. 47): “Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse ao mesmo tempo alfabetizado e letrado. ”
Alfabetização – processo de aquisição da “tecnologia da escrita”, isto é do conjunto de técnicas – procedimentos habilidades - necessárias para a prática de leitura e da escrita: as habilidades de codificação de fonemas em grafemas e de decodificação de grafemas em fonemas, isto é, o domínio do sistema de escrita (alfabético ortográfico) (MORAIS; ALBUQUERQUE, 2007, p. 15).
A alfabetização feminina é com o empoderamento das mulheres que a Unesco vem há muito tempo trabalhando, pesquisando diferentes grupos de mulheres e mapeando formas de governabilidade na sociedade pública e civil. Segundo uma pesquisa de dados feita pela Revista Estadão em 2013 afirma que nenhuma outra das 232 variáveis testadas influi mais nas mortes na infância do que a falta de estudo dos pais. O conjunto dos dados revela que quanto maior o analfabetismo, maior será a taxa de mortalidade infantil, na prática se 1% dos adultos de uma determinada região é alfabetizado, em média, 47 crianças sobrevivem a mais na infância a cada 10.000 nascimentos. “Às vezes, a casa não tem água ou saneamento básico, mas se a mãe tem um pouco de alfabetização, consegue com que o filho tenha acesso aos programas sociais do governo”, afirma o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Celso Simões (2003).
2.2.2 MÉTODO DE CÁLCULO
Segundo IBGE, pesquisas mais recentes no ano de 2000 cerca de 86,5% das mulheres brasileiras eram alfabetizadas.
Número de mulheres residentes de 15 anos ou mais de idade, que sabem ler e escrever um bilhete no idioma que conhecem |
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x 100 | |
população total de mulheres residentes dessa faixa etária |
2.3 PRODUTO NACIONAL BRUTO
Um dos índices econômicos mais importantes e utilizados tanto por economistas quanto por analistas sociais é o Produto Nacional Bruto, ele é considerado o conjunto de riquezas geradas no país com o desconto de toda renda enviada para o exterior e com a soma de toda riqueza enviada para o país por empresas nacionais que atuam externamente, ou seja, a soma de todas as riquezas produzidas por empresas pertencentes a um país, independentemente do local em que elas estejam atuando. “ O produto nacional bruto (PNB) ou as medições das correntes individuais de contaminação ou de recursos, não dão indicações precisas de sustentabilidade” (UNITED NATIONS, 1992). Individualmente o nível de renda é analisado como um fator de influência na mortalidade infantil por possibilitar maior acesso a seus condicionantes diretos da área social: educação e cultura, saúde e saneamento e assistência e previdência.
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