Inflação e expectativa do mercado
Por: 10091996 • 21/6/2018 • Trabalho acadêmico • 387 Palavras (2 Páginas) • 159 Visualizações
Inflação e expectativas de mercado
Índice de Preços
O IPCA variou 0,20% no trimestre encerrado em agosto. A evolução do indicador no trimestre repercutiu variações de -0,44% nos preços livres, com destaque na redução dos preços de alimentos, e de 2,18% nos preços monitorados. Considerados períodos de doze meses, a variação do IPCA passou de 3,60%, em maio, para 2,46%, em agosto, menor nível desde fevereiro de 1999.
A diferença entre a inflação no ano passado e a deflação acumulada desse ano dos preços do subgrupo alimentação no domicílio representa mais de dois pontos percentuais de contribuição para a queda da inflação do IPCA.
Os preços monitorados aceleraram no trimestre, evolução associada, em especial, ao impacto do aumento das alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis. Ressalte-se que a desaceleração das tarifas de energia elétrica, que permaneceram com contribuição positiva e têm apresentado elevada volatilidade, contribuiu para reduzir o efeito do aumento nos preços dos combustíveis. A inflação em doze meses dos preços monitorados acelerou de 4,41%, em maio, para 6,26%, em agosto (com a exclusão dos itens gasolina e tarifas de energia elétrica, o indicador registra desaceleração de 7,13% para 6,92%, na mesma base de comparação).
Expectativa do Mercado
De acordo com a Pesquisa Focus, a mediana das projeções para a variação anual do IPCA em 2017 diminuiu de 3,46%, em 30 de junho, para 3,08%, em 15 de setembro. A mediana das projeções para 2018 recuou de 4,25% para 4,12%, no mesmo período. A mediana das projeções para 2019 e 2020 manteve-se em 4,25% e 4,00%, respectivamente. A mediana das expectativas para a inflação doze meses à frente passou de 4,46% para 4,07%, no mesmo período.
As medianas das expectativas para o aumento dos preços administrados ou monitorados por contratos em 2017 e em 2018 atingiram, na ordem, 6,43% e 4,70% em 15 de setembro (5,10% e 4,70%, respectivamente, em 30 de junho). A projeção para 2019 diminuiu de 4,50% para 4,25% e a referente a 2020, de 4,25% para 4,00%, no período considerado.
As projeções constituem outro fator positivo para a diminuição da inflação, uma vez que as expectativas dos agentes quanto ao nível futuro de preços influenciam a inflação corrente. Como a expectativa do mercado aponta recuos da inflação esperada há uma pressão para diminuição da taxa corrente, contribuindo, parcialmente, para o controle do nível dos preços.
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