Investimento Externo e comércio internacional no ciclo do produto
Por: Evandro Vieira Cunha • 14/5/2017 • Trabalho acadêmico • 899 Palavras (4 Páginas) • 448 Visualizações
Resumo Capítulo do Vernon (1966) intitulado: “Investimento Externo e comércio internacional no ciclo do produto”
O capítulo se propõe a tratar sobre, principalmente, o ritmo do fluxo de inovações, os efeitos das economias de escala e os papéis da ignorância e da incerteza sobre a determinação dos padrões do comércio, dando uma menor ênfase ao custo comparativo.
As empresas, nos países avançados, são parecidas quando se trata de acesso ao conhecimento científico e de sua capacidade para compreender princípios científicos. Entretanto, é um engano pensar que igual acesso a princípios científicos em todos os países adiantados significa igual probabilidade de aplicação na geração de novos produtos. Comumente há um hiato entre o conhecimento de um princípio científico e sua incorporação em um produto suscetível de comercialização. Usualmente um empresário tem de intervir para aceitar os riscos envolvidos em testar a possibilidade de eliminar o hiato. O texto traz que existe uma boa razão para acreditar que a consciência e a responsividade do empresário à oportunidade é uma função da facilidade de comunicação; e, além disso, que a facilidade de comunicação é uma função da proximidade geográfica. Por isso, abandonamos a poderosa noção simplificadora de que o conhecimento é um bem universalmente livre e o introduzimos como uma variável independente na decisão de comerciar ou investir.
Pelo motivo exposto, o capítulo explica que provavelmente os produtores americanos serão os primeiros a ver uma oportunidade em novos produtos que visem à alta renda ou à economia de mão-de-obra. E vai adiante dizendo que as primeiras instalações produtoras para esses produtos serão localizadas nos Estados Unidos. Sob o cálculo do custo mínimo, não é necessário que a produção ocorra automaticamente próxima ao mercado, salvo se o artigo puder ser produzido e entregue, a partir de tal localização, a partir de tal localização ao custo mais baixo. Mesmo assim, um produtor que vê um mercado para algum novo produto nos Estados Unidos pode ser levado a escolher uma localização nesse país baseando-se em considerações nacionais de localização que se estendem bem além das considerações simples de análise de custo de fatores e transporte.
Em relação ao produto em maturação, a demanda dele pode se expandir, em geral ocorrendo uma certa padronização. Para evitar o ímpeto da concorrência de preços, os produtos tendem a se diferenciarem, ou pode ocorre especialização. Uma vez mais, a mudança tem implicações quanto a localização. O comprometimento para com certo conjunto de padrões de produto abre possibilidades técnicas para a consecução de economias de escala através de produção em massa e encoraja os comprometimentos de longo prazo em relação a algum dado processo e um certo conjunto fixo de instalações. Segundo, a preocupação a respeito do custo de produção começa a tomar o lugar da preocupação com as características do produto. Mesmo que ainda não haja concorrência crescente de preço, a redução das incertezas que cercam a operação aumenta a utilidade das projeções de custo, e a atenção a este dedicada.
Suponha um produto produzido nos Estados Unidos da América e vendido para todo o mundo. Se o produto tiver uma alta elasticidade-renda da demanda, ou se for um substituto satisfatório para mão-de-obra de alto custo, com o correr do tempo a demanda começará a crescer rapidamente nos países relativamente adiantados, com os da Europa Ocidental. Uma vez que o mercado se expanda em tais países adiantados, os empresários começarão a perguntar a si próprios se já chegou o momento de assumir o risco de estabelecer também já uma instalação produtiva.
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