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MATEMATICA ELEITORAL

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Por:   •  18/8/2014  •  Seminário  •  373 Palavras (2 Páginas)  •  238 Visualizações

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Professor, após a realização da pesquisa, discuta com seus alunos os elementos pesquisados orientando que para entender a matemática das eleições, é necessário compreender conceitos específicos dessa organização. Ao contrário do que se imagina, nem sempre os candidatos mais votados para cargos como deputados federais, distritais e estaduais são os eleitos. Para Presidente da República e Governador, o candidato que recebe mais votações é considerado eleito e, quando não atinge o percentual de 50% mais um, os dois mais votados disputam o segundo turno. Para os cargos proporcionais, entretanto, a disputa é mais complexa, pois envolve cálculos matemáticos feitos por partidos e coligações, para saber quantos representantes de cada legenda estarão no Congresso na legislatura seguinte.

No Brasil, a Constituição impõe o limite máximo de 70 deputados por Estado e mínimo de oito, de forma a garantir a representação. São Paulo, o Estado mais populoso, elege 70 deputados federais. Para definir as vagas que caberão a cada partido, utiliza-se um método conhecido como quociente eleitoral para o cálculo das proporções e outro conhecido como distribuição das sobras para ocupar as cadeiras não preenchidas pelo quociente eleitoral.

O quociente eleitoral é definido como o total de votos válidos dividido pelo número de vagas. Cada partido tem seus votos divididos por este quociente e obtém-se, assim, o quociente eleitoral. As vagas restantes são divididas usando-se o método de distribuição das sobras entre as legendas que tiverem atingido o quociente eleitoral. Esses cálculos explicam por que, muitas vezes, candidatos que recebem enormes votações não são eleitos por que a coligação que integram não conseguiu mais votos além dos dele. Daí, apesar do grande número de votos, o partido acaba não conseguindo levar representantes ao Congresso. A votação proporcional explica também a razão de candidatos que obtêm votações muito altas e acabam levando junto com ele para a Câmara outros pretendentes que tiveram número baixíssimo de votações.

Um exemplo disso, foi na eleição de 2002, o candidato da época a deputado Enéas Carneiro (falecido em 2007), do extinto partido Prona, obteve mais de 1,5 milhões de votos. Com isso, ele levou ao Legislativo Federal mais cinco candidatos do seu partido, um dos quais, que teve apenas 275 votos. Vários especialistas criticam o sistema proporcional brasileiro por causa de suas regras.

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