Modelo Econômico do Brasil
Por: Yasmi Bracht Juver • 30/3/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 829 Palavras (4 Páginas) • 393 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPel
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA - DECON
HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL - HEG
ACADÊMICA: YASMI BRACHT JUVER
MATRÍCULA: 12101097
ANÁLISE SINTÉTICA DA ECONOMIA DO BRASIL
NO PERÍODO DO MILAGRE ECONÔMICO
Desde a década de 30 o Brasil começou a avançar economicamente graças ao investimento maciço em infraestrutura, que ocorreu devido a teoria desenvolvimentista do governo de Getúlio Vargas e do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. Vargas, a princípio, queria se livrar da dependência do capital estrangeiro, pois encarava as empresas desse segmento como exploradoras, mas o governo de Juscelino buscou nesse capital os investimentos que precisava para equipar as indústrias nacionais e alavancar o setor automobilístico e energético do país.
Até o final de 1961, ainda no governo de Juscelino Kubitschek, a dívida externa do país havia dobrado e a inflação atingiu níveis preocupantes, resultando com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) passasse a intervir na economia brasileira. Os próximos anos foram marcados por crises políticas, além da já instalada crise econômica.
Assim que os militares assumiram a presidência, com o Golpe Militar em 1964, criaram o Programa da Ação Econômica do Governo (PAEG). Os objetivos do PAEG eram acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, atenuar os desequilíbrios setoriais e regionais e aumentar o investimento e consequentemente o emprego. Esperava-se que com esse plano o país atingisse a estabilidade econômica.
Foram realizadas durante o período que ficou conhecido como Milagre Econômico reformas tributárias, monetárias e financeiras e reformas do setor externo. A reforma tributária inseriu principalmente a criação de fundos parafiscais, como por exemplo o FGTS. A reforma monetária e financeira resultou na criação do BACEN e da correção monetária. Por último, as reformas do setor externo buscaram estimular e diversificar as exportações através de incentivos fiscais.
A política adotada pelo PAEG contou com melhoras significativas no desenvolvimento industrial do país, bem como de aumento no nível de empregos proporcionado, principalmente, pelos investimentos no setor de infraestrutura e indústria. Mas, apesar das melhorias a política não alcançou as metas estabelecidas de inflação e houve um aprofundamento na crise devido ao regime de arrocho salarial.
Por volta de 1967, nos primeiros sinais da recessão econômica, o Ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto reiterou a necessidade de investir em infraestrutura nacional, cedendo então capital às estatais de petroquímica, energia e hidrelétrica. Essas medidas logo surgiram efeito e como resultado a classe média, nos anos seguintes, teve um aumento significativo em sua renda, mas embora a economia tenha crescido consideravelmente, não houve distribuição de renda o que aumentou ainda mais as desigualdades sociais no país.
Em 1968, com a política econômica chefiada pela equipe de Delfim Netto, começou a retomada do crescimento econômico, mas vários fatores externos contribuíram decisivamente para tal. A disponibilização de crédito no mercado internacional junto com a baixa taxa de juros criaram uma possibilidade de expansão econômica de uma forma que o país nunca havia previsto.
O fator principal de surgimento de todas as circunstâncias favoráveis foi a criação do mercado de eurodólares no final dos anos 60. Pois, com a progressiva redução dos controles cambiais o mercado do eurodólar se expandiu e os sucessivos déficits da Balança de Pagamentos dos Estados Unidos impulsionaram o desenvolvimento desse mercado. Diante dessas condições, o Brasil pode durante vários anos, ter um crescimento acelerado sem enfrentar os problemas típicos no Balanço de Pagamentos.
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