Multinacionais brasileiras
Tese: Multinacionais brasileiras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bigato • 30/6/2014 • Tese • 1.300 Palavras (6 Páginas) • 263 Visualizações
Há cerca de 30 anos, a Gerdau iniciou o processo de internacionalização, acentuado – como na maior parte das multinacionais brasileiras – entre os anos de 2006 e 2008, na onda do bom cenário da economia mundial. Passado o baque de 2009, o ano da maior crise das últimas oito décadas, a siderúrgica brasileira volta a olhar para o exterior, embora o foco maior ainda esteja no mercado interno.
Em entrevista por email ao iG, o diretor-presidente da companhia, André Gerdau Johannpeter, avalia o processo de internacionalização da empresa e fala dos projetos em andamento nos mercados asiático e europeu.
Divulgação
André Gerdau: internacionalização gerou sinergias à empresa
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Amante do hipismo, assim como o pai Jorge Gerdau Johannpeter (André, por sinal, ajudou o Brasil a trazer duas medalhas de bronze no hipismo nas Olimpíadas de Atlanta e Sidnei), o diretor-presidente da Gerdau se mostra otimista com as projeções para o setor em 2010. “A tendência é de contínua recuperação dos volumes, em níveis distintos, dependendo da região geográfica.”
Confira a íntegra da entrevista de André Gerdau Johannpeter ao iG:
iG: Entre 2006 e 2008, a Gerdau acentuou o movimento de internacionalização, ampliando as operações de nove para 14 países. Como se deu esse processo?
André Gerdau Johannpeter: O plano de internacionalização da Gerdau teve início no ano de 1980 e o processo de expansão da atuação da empresa no exterior foi uma consequência natural. A expansão para 14 países seguiu um plano estratégico estruturado, buscando a participação em mercados-chave para o crescimento da empresa. Dessa forma, conseguimos consolidar nossa presença nas Américas e ampliar nossa atuação para Europa e Ásia.
Até hoje, quanto a Gerdau investiu no processo de internacionalização?
Desde 1980, a Gerdau tem investido pesadamente no processo de internacionalização. Como resultado, os ativos no exterior representaram 54% do total em 2009. No ano passado, em razão do impacto da crise mundial nos níveis de consumo de aço, o foco principal da Gerdau foi a obtenção de sinergias entre as operações já existentes. No mesmo período, foi investidos R$ 1,4 bilhão na modernização tecnológica e expansão de nossas plantas industriais, nos distintos países.
Como a internacionalização beneficiou o desempenho da Gerdau?
A internacionalização dos negócios da empresa trouxe sinergias importantes para a Gerdau, reduzindo a estrutura de custos, auxiliando na diluição de riscos associados à participação em um só mercado e permitindo a ampliação do atendimento de clientes globais, especialmente no segmento automotivo.
Além disso, também gerou oportunidades de aprendizado entre as operações, contribuindo de forma expressiva para a eficiência das nossas unidades.
Para 2010, há projetos de ampliação nas operações fora do País?
A Gerdau irá investir R$ 9,5 bilhões entre os anos de 2010-2014, destinados à modernização de suas plantas industriais e à agregação de valor aos produtos e serviços prestados. Em razão da recuperação gradual dos mercados após a crise econômica mundial, 80% dos investimentos estão voltados para o Brasil.
Entretanto, na Índia, por exemplo, estão sendo realizados R$ 88 milhões em investimentos em 2010. Esse investimento reforça a estratégia da companhia de atuar no mercado asiático, atendendo os segmentos da indústria automotiva e da construção civil. Para essa operação, está programada a instalação de um laminador, voltado à produção de aços especiais e vergalhões, o qual terá capacidade instalada de 300 mil toneladas por ano. A previsão é que o equipamento entre em operação no ano de 2011.
Além disso, a Gerdau irá investir, entre 2010 e 2012, 55 milhões de euros em suas unidades na Espanha, os quais serão destinados para a modernização e o aumento da competitividade das plantas industriais.
Novas unidades podem ser inauguradas nos próximos anos?
O setor do aço está em recuperação após a queda da demanda e, portanto, o foco está na consolidação das operações já existentes.
Em 2009, tivemos um ano atípico, por conta da crise. Como a Gerdau se posicionou do ponto de vista da internacionalização?
Com o empenho de nossas equipes, conseguimos reduzir o capital de giro, custos e endividamento, mantendo forte posição de caixa ao longo do ano de 2009. Esse conjunto de iniciativas, sem dúvida, ampliou a competitividade e a flexibilidade da Companhia no mercado mundial de aço. Conseguimos chegar aos 108 anos de existência com lucro em todos os exercícios.
Quais as projeções para as operações da Gerdau fora do País em 2010?
Para 2010, as perspectivas se mostram bastante promissoras, com expectativa de aumento no consumo mundial de aço. Estimativas recentes da Worldsteel Association apontam para crescimento de 10,9% em 2010, para 1,2 bilhão de toneladas de aço. A tendência, portanto, é de contínua recuperação dos volumes, em níveis distintos, dependendo da região geográfica.
Texto:
Leia tudo sobre: gerdau • internacionalização • siderurgia • multinacional
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