O Capital: Crítica da Economia Política de Karl Marx
Por: inglidyoliver • 29/6/2016 • Trabalho acadêmico • 2.201 Palavras (9 Páginas) • 656 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CAMPUS MACAÉ – RJ
ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO E SOCIEDADE: ANS.
INGLIDY OLIVEIRA DE SOUZA
(DRE: 114167548)
PORTFÓLIO REFERENTE AO MÓDULO DO PROFESSOR RESPONSÁVEL GUSTAVO CAMARGO
MACAÉ – RJ
Maio/2016
Texto: O Capital: crítica da economia política de Karl Marx.
Marx inicia abordando os aspectos da riqueza da sociedade capitalista, o que chamamos de “Mercadoria”. Para ele, esta riqueza é determinada por uma imensa coleção de mercadorias, isto é, a mercadoria apresenta-se como uma forma elementar da sociedade burguesa moderna. Primeiramente, é necessário saber que a mercadoria é um objeto externo, uma “coisa” sem definição. Além disto, suas propriedades nos proporcionam elementos fundamentais como a saciedade de certas necessidades humanas. Marx também explica que a mercadoria possui um duplo fator, que é: Valor de uso e Valor (ou substância do valor, grandeza do valor) e concluiu-se que a mercadoria possui um valor de uso o que quer dizer que tem uma utilidade, uma qualidade.
Os valores de uso segundo Marx é permanentemente uma determinação quantitativa como uma dúzia de relógios, vara de linho, tonelada de ferro, entre outros. Dentre estes exemplos dados por Marx o que ele quis ressaltar é a utilidade destes elementos, pois para ele “é a utilidade de uma coisa que faz dela um valor de uso”, que é exatamente o que ocorre com o consumo humano. O valor de uso é o conteúdo material da riqueza, isto quer dizer que é independente da formação social em que o indivíduo se enquadre ele terá um valor de uso. Um exemplo de valor de uso ocorreu com a evolução humana, quando os nossos ancestrais passaram a transformar a natureza e consequentemente se produziu valores de uso. Os primitivos trabalhavam e com isso produziam valor de uso, como ferramentas de caça que marcaram nossa evolução.
Outro fator abordado pelo autor foi o valor de troca, “onde valores de uso de uma espécie se trocam contra valores de uso de outra espécie, numa relação que muda constantemente no tempo e no espaço”, isto é, o material da riqueza social que neste caso é a mercadoria possui um valor de troca. O mesmo também ressalta que os valores de uso das mercadorias possuem diferentes quantidades e afirma que os valores de troca só podem ser de quantidades diferentes, pois se possuem os mesmos requisitos como quantidade e qualidade os mesmos não poderiam passar pelo valor de troca.
As mercadorias são oriundas do trabalho humano, estes dependem de inteligência, manuseio e mão de obra do homem. Segundo Marx “A grandeza do valor contido nas mercadorias é medida pelo quantum de trabalho” que nada mais é que a substância que criadora de valores. Isto quer dizer que o que gera valor é único e exclusivamente o trabalho humano. Enquanto isso, ele resgata a teoria em que se descobre o trabalho como um parâmetro de formar valor.
Depois de definir e exemplificar o valor de uso e de troca, Marx analisa o tempo de trabalho socialmente necessário para se adquirir valores. Ou seja, para Marx o trabalho socialmente necessário é “Aquele requerido para produzir um valor de uso qualquer (como matérias primas como ferro, linho, alimento, entre outros), nas condições dadas de produção socialmente normais e com o grau social médio de habilidade e de intensidade de trabalho”, ou seja, “O quantum de trabalho socialmente necessário para a produção de um valor de uso é o que determina a grandeza de seu valor” (MARX, 1988).
Marx também analisa a Força Produtiva de Trabalho, no qual para ele “A força produtiva de trabalho é determinada por meio de circunstâncias diversas, entre outras pelo grau médio de habilidade dos trabalhadores, o nível de desenvolvimento da ciência e sua aplicabilidade tecnológica, a composição social do processo de produção, o volume e a eficácia dos meios de produção e as condições naturais” Ou seja, “Quanto maior a força produtiva do trabalho exigido para a produção de um artigo, tanto menor a massa de trabalho nele cristalizado, tanto menor o seu valor” (MARX, 1988)
Texto: A Fome de Josué de Castro.
Segundo Josué de Castro, a fome é a expressão biológica de males sociológicos, isto é, a mesma está unidamente ligada ás distorções econômicas que o mesmo chama de “Subdesenvolvimento”. Para o autor, a fome é um fenômeno universal, no qual nenhum país é capaz de escapar. Através disso, a humanidade sofre de maneira epidêmica ou endêmica os efeitos que a fome proporciona.
É sabido que a fome não é decorrente da superpopulação, pois ela já existia antes mesmo da explosão demográfica depois da guerra, entretanto ela era mantida sobre sigilo. Com base nesse acontecimento, levanta-se uma questão: quais os fatores que proporcionaram o silêncio referente à fome? O que ocorreu foi que esse silêncio foi estabelecido através da própria alma cultural, onde os interesses e os preconceitos de ordem moral, política e econômica que constituíam a civilização ocidental transformou a fomo em um assunto proibido. Ainda sim, os mesmos foram acompanhados concomitantemente dos preconceitos morais e econômicos dos dominantes da época que também trabalhavam para esconder o fenômeno da fome da observação moderna.
A apetência é uma temática que possui pouco conhecimento problema quanto em conjunto e isso se tornou um obstáculo a se vencer. Neste caso, foi-se necessário um estudo dos seres vivos mediante ás influências do meio, pois ao estudar a natureza ecológica, procurava-se analisar os hábitos alimentares de diferentes grupos, no qual notam-se as possíveis causas naturais e sociais que proporcionam aos diferentes tipos de alimentações e que posteriormente esses dados vão ser verificados observando de que forma esses defeitos influenciam a estrutura econômico-social das diferentes populações estudadas.
O objetivo desse estudo consiste na análise do fenômeno da fome coletiva, pois para Josué de Castro existem duas maneiras de se morrer de fome: não se alimentar ou se alimentar de maneira inadequada. E enfatiza além da fome aguda ou total, tem-se pior ainda a fome crônica e parcial que atinge silenciosamente diversas populações no mundo todo. Josué de Castro diz que “A fome não age apenas sobre os corpos das vítimas da seca, consumindo sua carne, corroendo seus órgãos e abrindo feridas em sua pele, mas também age sobre seu espírito, sobre sua estrutura mental, sobre sua conduta moral”. Por fim, conclui-se que a fome é uma circunstância que se submete ao mundo como um todo, não escolhe etnia, sexo, idade ou local. É uma “sombra” que se alastra silenciosamente deixando vestígio de seu malicioso dano, atinge graus inenarráveis de dor e sofrimento, alveja cada setor excepcionalmente sem qualquer distinção, é um mal a ser vencido pela humanidade que resistiu á esse efêmero fator.
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