Trabalho de Economia I - Karl Marx
Por: pitervasques • 28/2/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 6.459 Palavras (26 Páginas) • 518 Visualizações
Sumário
INTRODUÇÃO
1. BIOGRAFIA DE KARL MARX
2. ESTADO DA ARTE
2.1. Ótica Dialética
2.2. Materialismo
3. FENÔMENOS NÃO ECONÔMICOS DO PENSAMENTO DE MARX
3.1. A Alienação Religiosa no Pensamento de Karl Marx
3.2. Pensamento Sociológico do Alemão Karl Marx
3.3. O Estado e o Direito na Visão de Marx
4. FENÔMENOS ECONÔMICOS DO PENSAMENTO DE MARX
4.1. A Burguesia e o Capitalismo
4.2. Revolução Industrial e o Proletariado
4.3. Teorias Econômicas de Marx
4.3.1. Teoria do Valor de Marx
4.3.2. Teoria da Mais Valia
CONCLUSÃO
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
INTRODUÇÃO
Karl Heinrich Marx foi indiscutivelmente uma das maiores influencias sobre a história da humanidade no pensamento filosófico, social, político e econômico de todos os tempos.
Como cientista social, historiador e revolucionário desenvolveu ideias sociais, políticas e econômicas que servem ate os dias de hoje como referencia para grandes pensadores estudiosos que buscam compreender o desenvolvimento do pensamento socioeconômico.
O conjunto de ideias visionárias e revolucionarias, não foram bem aceitas no meio acadêmico da época e infelizmente somente após sua morte em 1883 é que começou a conquistar a aceitação do movimento socialista.
Embora a ideia original seja o objetivo dos regimes marxistas, sua fidelidade não tem sido real. As tentativas de adaptação as circunstância políticas acabam distorcendo alguns pontos. Outro fator agravante foi à demora na publicação de seus escritos que somente a bem pouco tempo vieram a fazer parte das discussões acadêmicas e intelectuais.
1. BIOGRAFIA DE KARL MARX
Karl Heinrich Marx nasceu na Alemanha, em 15 de maio de 1818, na pequena cidade de Treves, filho de um advogado de origem judaica, Heinrich Marx, e de uma dona-de-casa, Henriette Pressburg.
Marx iniciou os estudos na cidade de Treves na Alemanha. Posteriormente seguiu para Boon onde cursou Direito por incentivo intelectual do pai. Sobre influencia do romantismo idealista Schelling, Goeth e outros, Marx mergulhou no clima boêmio da cidade. Em 1836, a transferência para uma universidade mais disciplinada em Berlim foi à alternativa encontrada pelo pai para manter o foco na seriedade dos estudos.
No mesmo ano Marx se apaixona e noiva secretamente a jovem e idealista Jenny von Westphalen, cujo irmão, Ferdnand, seria ministro do Interior da Prússia posteriormente. Marx casou-se com ela em 1843.
Marx seguiu com destaque os cursos disciplinares e freqüentou o "Doktor-Club", círculo de jovens e brilhantes intelectuais hegelianos. Lá eles discutiam a filosofia de Hegel e outros filósofos românticos. Em 1841, Marx encantou-se por filosofia. Depois de formado, tentou seguir a carreira acadêmica na universidade de Bonn com a ajuda de seu amigo, o teólogo Bruno Bauer que era considerado um teólogo progressista e ousado, foi logo afastado da universidade, frustrando seus anseios . Sem poder seguir seu sonho, Marx se dedica ao jornalismo, sendo o redator da "Gazeta Renana", órgão de concentração dos intelectuais da região. Sendo promovido a redator-chefe. Como sempre, a força intelectual do jornal acabou por incomodar muitos 'poderosos' (o jornal não era governista nem mercantilista como boa parte da mídia popular do Brasil) e, após inflamar os ânimos da burguesia latifundiária tradicionalista de parte da Prússia, foi oficialmente interditado em janeiro de 1843.
Nesse mesmo ano Marx escreve a Crítica do Direito Público de Hegel, da qual a introdução foi publicada em Paris no ano seguinte por Ruge, nos "Anais Franco-Alemães", do qual Marx seria, a convite de Ruge, co-diretor.
Em Paris Marx entrou em contato e foi bem recebido por vários grandes intelectuais como Proudhon, Blanc, Heine, Denizard Rivail, George Sand, Bakunin e, sobretudo, o seu grande amigo e colaborador de toda a vida, Friedrich Engels. Porém, mais uma vez, a ousadia e o impacto dos "Anais" acabaram por decretar o seu próprio fim, tendo sido publicado apenas um volume. Marx, porém, com a ajuda de amigos da cidade alemã de Colônia, prosseguiu sua incansável pesquisa em filosofia e economia política. Foi nesta época que ele escreveu talvez a sua obra mais importante antes de O Capital e, em muitos pontos, mais transparente e acessível ao pensamento de Marx que sua obra irmã posterior: Os Manuscritos Econômico-Filosóficos.
Karl também contribuía com artigos políticos para o jornal dos artesãos alemães, o Vorwärts. Como este jornal tinha uma linha crítica - socialista e os artigos de Marx eram muito brilhantes, e como o jornal era lido por várias outras pessoas além dos artesãos a quem se dirigia, especialmente estudantes, a colaboração de Marx acabou por inflamar mais uma vez os ânimos farisaicos dos poderosos de todos os tempos, e Karl foi expulso da França em janeiro de 1845. Passando a residir na Bélgica, Karl e Engels passam a aprofundar ainda mais seus estudos, com o apoio terno de Jenny. Em janeiro de 1848, Marx e Engels redigem o famoso e ainda altamente atual - em sua visão crítica do capitalismo - Manifesto Comunista, a pedido dos membros da "Liga Comunista" de Bruxelas.
Com os movimentos sociais de 1848 na França Marx volta a Colônia, na Alemanha, onde tenta novamente o jornalismo. Posteriormente, depois de lhe ser negada permanência em Paris, Marx vai para Londres, em 1849, onde permanecera até sua morte. Na capital do Reino Unido, Marx passa por toda sorte de dificuldades, mas com a ajuda de Engels e de seus artigos para vários jornais, Karl consegue se dedicar e aprofundar-se nos estudos de economia política, sociologia e história de tal modo que seu conhecimento e argumentação impressionam a todos os que o conhecem. Desta são as sementes que mais tarde iriam eclodir em O Capital, cujo primeiro volume, redigido por Marx, veio à luz em 1867, sendo os outros dois compilados por Engels a partir das notas originais e publicados após a morte de Marx em 1883.
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