O Comitê de Política Monetária do Banco Central

Com Selic a 4,25% a.a., COPOM sinaliza interrupção do ciclo de cortes.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu em 0,25 p.p. a taxa de juros Selic, levando-a a 4,25% a.a., um novo mínimo histórico. Ao mesmo tempo, o Copom explicitou que irá interromper o ciclo de quedas, indicando que não deve reduzir novamente a taxa de juros na próxima reunião (18/março). Apesar dos dados recentes de atividade terem frustrado as expectativas do mercado, o Banco Central compreendeu que há uma indicação de continuidade na recuperação gradual da economia brasileira.

Inflação de janeiro em 0,21% é menor variação histórica para o mês.

Quanto à inflação, o IPCA de janeiro surpreendeu a expectativa do mercado (0,35% a.m.) e a nossa (0,38% a.m.), avançando 0,21% a.m., o menor valor desde o início da série histórica. A forte aceleração em dezembro vem se deteriorando rapidamente, o que pode ser percebido pela variação negativa de 4,03% em janeiro. Na nossa visão, o desempenho da inflação em janeiro indica uma trajetória de inflação ainda mais baixa para o final de 2020. Assim, deveremos revisar nossa projeção de inflação nas próximas semanas, tanto pela expectativa de números mais baixos para 2020, quanto pela alteração do nosso cenário de juros, de tal forma que as projeções devam ficar abaixo dos 3,5% a.a. em 2020.

EUROPA

Na Europa não houve direção única no fechamento das bolsas. Se, por um lado, certo otimismo quanto à uma desaceleração dos contágios do coronavírus, vista nos últimos dias, ajudou; por outro, a política local pesou negativamente devido a indefinições políticas na Irlanda e quanto a sucessão de Angela Merkel, na Alemanha. Nas commodities, que vêm tendo maiores quedas nos seus preços devido à maior exposição ao mercado chinês, o cobre e o petróleo fecharam em baixa. O petróleo também respondeu a certa indefinição sobre cortes de produção por parte da OPEP+, que não conseguiu chegar a um cronograma após as reuniões da semana