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O DESENVOLVIMENTO DA GLOBALIZAÇÃO E OS PROCESSOS DE ORDENAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Por:   •  7/10/2015  •  Dissertação  •  951 Palavras (4 Páginas)  •  226 Visualizações

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O DESENVOLVIMENTO DA GLOBALIZAÇÃO E OS PROCESSOS DE ORDENAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

A globalização passa a ser discutida no ultimo quartel do século XX, essa nova orientação por parte das ciências sociais( que também sofreu mudanças no seu desenvolvimento) trouxe profundas modificações na interpretação da totalidade social.

Essa nova etapa da sociedade e o desenvolvimento das ciências sociais são desafiadas a pensar no mundo como uma sociedade global. Para Octávio Lanni essa etapa era o desenvolvimento sócio-historico que é caracterizado pelo processo da realidade redesenhada no interior do próprio estado-nação. Estas mudanças se repercutirão na produção de metáforas que tinha como objetivo esclarecer o processo de globalização.

As metáforas são expressões baseadas em um globo unitário, como: aldeia global, fabrica global e sociedade global, que são movidos por a difusão de inovações no campo eletrônico e na internacionalização do modelo american de desenvovimento econômico e da política e que podem ser interpretados como sendo verdadeiros ícones impressionistas do processo de globalização.

Os principais  traços  da decadência do apogeu da fase gloriosa do capital foram:

 1) queda das taxas de lucro;

2) o esgotamento do padrão de acumulação taylorista/fordista;

 3) hipertrofia da esfera financeira;

4) maior concentração de capitais graças as fusões entre as empresas monopolistas e oligopolistas;

 5) a crise do welfare state e de seus mecanismos de funcionamento;

 6) incremento acentuado das privatizações.

Estes foram os principais vestígios para a conformação de uma grave crise do sistema capitalista. Esta crise segundo a analise de Harvey que considera a incapacidade do fordismo e do keynesianismo diante das contradições do capitalismo devia-se a sua rigidez. Para Harvey, existiam problemas de rigidez nos mercados de trabalho, nos processos de trabalho e nos padrões de consumo. Aliado a estes fatores deu-se uma profunda reestruturação tecnológica e organizacional, bem como o surgimento de setores produtivos inteiramente novos. O combate à rigidez fordista foi substituído por um novo impulso a mundialização do capital que o autor denominou de acumulação flexível.

Essa acumulação flexível é a conformação de uma organização hierárquica das frações do capital, onde quem assumia o topo é quem tem seu alto grau de flexibilidade. Desta forma uma fração de capital que mais tem esse grau de efemeridade é o capital financeiro. É este grau de efemeridade que assume a globalização como mundialização do capital.

Principais características da mundialização do capital

1) poder crescente do capital-dinheiro altamente concentrado;

2) predomínio do investimento e da produção em relação à troca;

3)acirramento do processo de centralização financeira e de concentração industrial no plano nacional e internacional;

4)interpenetração entre os capitais de vários países  

Percebemos então, a importância da esfera financeira.

A onda de fluidez provocada pelos fluxos econômicos do capital financeiro propiciou um novo enfoque, ou mesmo, um novo despertar para a relação espaço-tempo. Neste sentido, Harvey (2006) fala da compressão espaço tempo onde o desenvolvimento dos transportes, das comunicações, bem como das rápidas trocas de fluxos, tanto materiais quanto imateriais, redefinem a idéia da velocidade, do encolhimento das distâncias e, portanto, da maior velocidade de consecução da reprodução do capital.

David Harvey afirmar a importância do espaço no processo de acumulação do capital e foi ele que denominou ser o processo de ajuste espacial ou ordenação espaço-temporal.         

os processos de ordenação espaço-temporal ou de ajuste espacial promovem exatamente a produção de espaços onde o capital se desenvolve continuamente, dando margem à sua expansão para novas porções do espaço

No Brasil esse fenômeno ganha corpo principalmente a partir da adoção das políticas neoliberais iniciadas com maior êxito durante o governo de Fernando Collor no início da década de 1990.

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