O Neoliberalismo
Por: Pamela Benicio Oliveira • 28/5/2016 • Trabalho acadêmico • 580 Palavras (3 Páginas) • 227 Visualizações
Neoliberalismo
Na década de 40, o austríaco Friedrich von Hayek tentou resgatar o liberalismo no sentido de acabar definitivamente com a influência do Estado nos mercados, mas as ideias keynesianas, que fortalecem o Estado do Bem-Estar Social, foram promovidas por Roosevelt com o plano diretor New Deal. O projeto consistia em investir em infraestrutura, escolas, hospitais e, ao gerar empregos, o consumo e a produção aumentavam. Os ideais de Keyne provaram ser mais eficientes para a geração de empregos e uma saída mais rápida para a crise provocada pela Grande Depressão de 1929.
Na década de 70, com o fim da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), e com o aumento do petróleo, surge uma nova e poderosa crise do capitalismo. A burguesia detentora dos meios de produção, com o intuito de ampliar os seus privilégios, financia e propaga os princípios liberais de Adam Smith, mas com nova roupagem teórica promovida pela Escola de Chicago e representada por Milton Friedman. O neoliberalismo surge como uma doutrina que prega a participação mínima do Estado reduzindo inclusive, os investimentos nas áreas sociais como a saúde, educação e previdência social. O neoliberalismo estimula também a necessidade de privatizações, a abertura para o capital financeiro internacional sem interferências de regras e a redução de direitos trabalhistas. Enfim, a doutrina perfeita para a prática da usura e da especulação sem escrúpulos.
O primeiro governo a ser testado com os novos ideais neoliberais foi o Chile, logo após a implantação da ditadura de Pinochet apoiada pelos norte-americanos. Os primeiros países democráticos a praticarem o neoliberalismo foi a Inglaterra com Margaret Thatcher e depois os EUA com Ronald Reagan nas décadas de 80 e 90. Outra característica neoliberal é a diminuição dos impostos cobrados aos ricos que acabou por gerar no mundo inteiro uma maior concentração de renda entre os mais ricos e os mais pobres.
No Brasil, o neoliberalismo ganhou força com o Governo de Fernando Henrique que privatizou setores estratégicos, mineradoras, siderurgias, telefonia, tudo a preço de custo e ainda deixou o Brasil com uma dívida astronômica que nos levou três vezes em 8 anos pedirmos empréstimos para o FMI. Vendemos as joias da coroa e ficamos mais endividados e, em 8 anos, mais de 840 mil crianças brasileiras morreram de fome e inanição, um verdadeiro genocídio.
O francês Thomas Piketty escreveu o livro “O Capitalismo no século XXI” e apresenta ideias revolucionárias como a taxação progressiva dos impostos, uma vez que o neoliberalismo concentra renda. Os seus estudos baseados em modelos estatísticos provaram também que o aumento das privatizações promovera mais desigualdades sociais e que caminhamos para um novo feudalismo e destruição da natureza se não revertermos esse ciclo neoliberal devastador.
Como Marx previu, estamos vivendo a autodestruição do sistema capitalista que dará com certeza num futuro médio, espaço para um novo modelo econômico que seja compatível com a economia de recursos naturais e onde os povos passarão a cooperar e não mais competir de forma destruidora. Lembramos que o fosso entre os mais ricos e os mais pobres aumenta inclusive nos países
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