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O Novo ensino médio e a produtividade do trabalhador brasileiro

Por:   •  9/12/2017  •  Ensaio  •  611 Palavras (3 Páginas)  •  304 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Curso de graduação em Ciências Econômicas

PETER DE SOUZA LIMA

O novo ensino médio e a produtividade do trabalhador brasileiro

Belo Horizonte

2017

Introdução

O novo ensino médio, na proposta do Governo Federal, vem para suprir falhas do sistema vigente, como por exemplo: baixos resultados de rendimento, pouca mobilidade para o aluno e talvez a mais importante, formar um aluno do ensino médio com conhecimento técnico, dessa forma, possibilitando que ele possa ser integrado ao mercado de trabalho.

O Brasil sofre com a baixa produtividade do trabalhador nacional, segundo o grupo de pesquisa Conference Board, o trabalhador norte-americano equivale a quatro brasileiros. Pode-se atribuir essa falha como consequência da ineficácia do sistema de ensino de oferecer, aos alunos de baixa renda, a oportunidade de se desenvolver, como por exemplo, nas escolas particulares.

Outro fato que vem sendo discutido recentemente, principalmente pelo Governo Federal, é a necessidade de o aluno de ensino médio sair da escola com um diploma técnico, para que este trabalhador não se incorpore ao mercado de trabalho sem uma formação especializa e seja mais um trabalhador “improdutivo”.

Para solidificar essa tese usarei dois gráficos, ambos do Relatório Educação Para Todos No Brasil 2000 – 2015.

Gráfico 01: Brasil – Matrícula no Ensino Fundamental 2000 - 2013

[pic 1]

Gráfico 02: Brasil – Matrícula no Ensino Médio 2000 - 2013

[pic 2]

De acordo com o gráfico 01, em 2007, 32,5 milhões de adolescentes se matricularam no ensino fundamental, enquanto que, em 2013 - contando o tempo regular para a conclusão do ensino fundamental (5 anos) + 1 ano – 8,3 milhões se matricularam no ensino médio. Uma perca de 24 milhões de adolescentes para o mercado de trabalho, além de no caso das mulheres a gravidez, ou a própria geração “nem-nem”, que não estuda nem trabalha.

Considerando que a maioria desses adolescentes sai da escola por já assumir responsabilidades financeiras e, dessa forma, ingressar no mercado de trabalho, nota-se que faz sentido culpar a falta de educação como um dos fatures para a baixa produtividade.

Para comparar, os dados da Finlândia – líder do Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (Brasil fica em 37º/38) – apontam que:

  • 88% dos adultos de 25 a 64 anos concluíram o ensino médio.
  • 80% dos estudantes que concluem o ensino médio optam pelo ensino profissionalizante, chamado de ensino vocacional.
  • “80% dos jovens que vão para o ensino vocacional já seguem para o mercado de trabalho”, afirma Matti Haapanen, da delegação da Finlândia, um dos 51 países que participam da 41ª edição da World Skills, em Londres

Dessa forma, nota-se que a maioria dos jovens finlandeses escolhe integrar-se mais cedo ao mercado de trabalho, assim como no Brasil, porém os europeus se qualificam, aumentando a produtividade. O empenho do Governo da Finlândia para promover uma educação de qualidade proporciona ao pais um IDH de 0,895, e PIB per-capta de US$40,044, invejáveis a qualquer nação em desenvolvimento.

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