O Plano Real
Por: João Paulo Rodrigues • 11/2/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 487 Palavras (2 Páginas) • 127 Visualizações
A Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) tem uma unidade de produção no município de Itajubá, Minas Gerais. Esta unidade é responsável por produzir fuzis, carabinas, pistolas e facas. Os processos de produção destes produtos utilizam recursos estudados na matéria de Sistemas de Manufatura.
Uma das técnicas utilizadas na IMBEL de Itajubá é a tecnologia de grupo, que é um conjunto de métodos e técnicas que buscam obter famílias de peças com base em algum tipo de similaridade, ou seja, agrupa-se em locações distintas peças que são realizáveis por um conjunto determinado de máquinas, melhorando o tempo total de elaboração do projeto e a quantidade ferramental da linha de produção. Nota-se que a configuração da fábrica é dada por um leiaute em Grupo (Celular), buscando o rendimento do leiaute em linha e a agilidade do leiaute funcional.
Outro método utilizado é a aplicação do CAD nos produtos a serem fabricados, a fim de aumentar a produtividade do projetista e o aumento da qualidade do projeto, tendo em vista a se obter mais precisão do que nos desenhos técnicos antigos. Como constatado pelo engenheiro responsável pela parte de CAD, as folgas presentes nas indústrias bélicas devem ter grandeza perto de milésimos de milímetros, tornando a aplicação de CAD uma forma de se obter projetos mais refinados, com maior estudo e com segurança nas informações.
Também é de constatação do engenheiro responsável que a aplicação do CAE, para simulação do comportamento da peça em situação real de operação, é de difícil obtenção por não ter softwares capazes de simular, de forma acurada, a utilização de uma arma de fogo em uma situação real.
Observa-se que, no que tange ao maquinário presente na fábrica, existem múltiplos tornos mecânicos e máquinas CNCs na linha de produção. As máquinas CNCs fazem os perfis mais complexos seguido então de múltiplas etapas de usinagem nos tornos mecânicos. A maior parte dos tornos requerem intervenção humana em seu funcionamento, porém a fábrica conta com tornos de controle mecânico eliminando a intervenção excessiva que existe nos tornos convencionais. Múltiplas ferramentas de conformação mecânica também foram vistas na fábrica, as de maior evidencia foram as prensas e os martelos para o processo de forjamento.
É notável a utilização de um sistema de comunicação entre as diferentes etapas do processo produtivo, a fim de controlar o estoque, a localização das peças, o tempo de movimentação das peças em cada etapa e o uso das máquinas. Desta forma é possível obter um diagnóstico total da fábrica, diminuindo os gargalos de produção.
Além de inúmeros processos químicos inerentes à produção bélica, constatou-se o sistema de inspeção de qualidade das armas produzidas. Este sistema baseia-se em equipamentos de inspeção capazes de verificar as irregularidades, estruturais e faciais das peças produzidas, estes tipos de equipamentos podem ser observados em diversos pontos da linha de produção. Por fim é feito um controle de qualidade balístico utilizando alvos e balanças, a fim de garantir a padronização dos produtos.
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