O SETOR TERCIÁRIO SEGUE EM CRESCIMENTO NO BRASIL, MAS NÃO RETOMA AS PERDAS DA PANDEMIA

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SETOR TERCIÁRIO SEGUE EM CRESCIMENTO NO BRASIL, MAS NÃO RETOMA AS PERDAS DA PANDEMIA

A pandemia causada pelo vírus da COVID-19 causou um desequilíbrio enorme em muitos setores da economia brasileira, principalmente o setor terciário. De acordo com dados emitidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de serviços prestados no Brasil despencou 7,8% em 2020, é a queda mais intensa da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2012. Até então, a maior queda anual tinha sido registrada em 2016 (-5%).

O setor, que possui a maior participação no PIB (Produto Interno Bruto), tem sido o mais afetado pela pandemia e é o que apresenta a recuperação mais lenta por conta de diversos fatores como: o isolamento social, o fechamento de diversos estabelecimentos considerados não essenciais (parcial ou integralmente), o receio de contágio da população, as medidas restritivas, a alta taxa de desemprego, as ondas de contaminação, as incertezas sobre a imunização etc. A queda histórica do setor em 2020 foi puxada, principalmente, pelos serviços prestados às famílias, especialmente, pela queda nas receitas de restaurantes, hotéis, outros serviços de comida preparada e atividades de condicionamento físico.

Ao contrário da indústria e do agronegócio, que podem se voltar para as exportações, os serviços e comércio dependem do mercado interno. O setor de serviços começou 2021 com alta de 0,6% e segue em recuperação gradual. Ainda abaixo dos índices pré-pandemia, mas com o fim das restrições e o avanço da vacinação no país, as pessoas voltaram a circular e esses setores, mesmo sofrendo os efeitos da inflação, que prejudica o poder de compra das famílias, devem apresentar números superiores no restante do ano. Entretanto, o setor de comércio varejista vem perdendo importância e receita pela substituição das lojas físicas pelas digitais, entre outras mudanças tecnológicas. Há, no entanto, o temor, que não é apenas do setor, de que a inflação e a crise hídrica retardem um crescimento mais robusto, o que pode colocar o crescimento do setor, sobretudo no quarto trimestre e ao longo de 2022, sob risco.

As 10 atividades econômicas mais impactadas pela pandemia são:

1 - Atividades artísticas, criativas e de espetáculos;

2 - Transporte aéreo;

3 - Transporte ferroviário e metroferroviário de passageiros;

4 - Transporte interestadual e intermunicipal de passageiros;

5 - Transporte público urbano;

6 - Serviços de alojamento;

7 - Serviços de alimentação;

8 - Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias;

9 - Fabricação de calçados e de artefatos de couro;

10 - Comércio de veículos, peças e motocicletas.

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