O que causou a queda do PIB em 2016
Por: Gabriel Kaled • 26/10/2017 • Resenha • 514 Palavras (3 Páginas) • 163 Visualizações
O que causou a queda do PIB em 2016
Pelo segundo ano consecutivo o PIB do Brasil sofreu uma queda, essa sequência, de dois anos de baixa, só foi verificada no Brasil em 1930 e 1931, pela primeira vez, todos os setores se contraíram. A retração dos últimos dois anos foram de 3,8% e 3,6%, superando o recuo dos anos 30 que foram de 2,1% e 3,3% (1930 e 1931 respectivamente). Confirmando assim a pior recessão da história do país, segundo os dados o IBGE. E pela primeira vez em quase duas décadas todos os setores da economia registraram taxas negativas.
O que contribuiu para gerar esse resultado foi a grande recessão que fez com que a indústria sofresse uma queda na demanda e investimentos, o que resultou numa queda na produção que encolheu 6,6% na agropecuária, o que reflete no aumento da taxa de desemprego que voltou a bater recorde negativo(12% no quarto trimestre de 2016) e atingiu mais de 12 milhões de pessoas, sendo considerada a maior taxa da história da taxa do indicador, iniciado em 2012.
Essa taxa elevada de desemprego fez com que a parcela de famílias com contas ou dívidas em atrasos desse um salto de 18,4% em relação a 2015, e os níveis de endividamento chegaram a 23,6%, e a inflação apesar de ter desacelerado em 2016 ainda sim fechou o ano em alta(6,29%) e seguiu corroendo os salários e diminuindo o poder de comprar das famílias.
A dívida pública do governo federal também cresceu 11,42% em 2016, atingindo R$3,3 trilhões, mais um recorde da séria histórica que começa em 2004 segundo dados divulgados pela Secretária do Tesouro Nacional divulgados em março de 2017, e está principalmente ligada com o gastos com despesas com juros, no valor de R$330 bilhões, os números do governo mostram que a dívida só não cresceu mais em 2016 pois houve um resgate líquido(vencimentos de papéis maiores que a impressão de novos títulos públicos.
Com esse ajuste fiscal em curso, a torneira dos investimentos fechou. Os números do tesouro nacional também revela que a participação de investidores estrangeiros na dívida pública interna registrou forte queda no ano passado. Em dezembro de 2016, os não residentes detinham 14,4% do total da d´vida interna contra 18,8% no fim de 2015. Mesmo assim, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores de dívida pública interna, atrás dos fundos de previdência, que assumiram a liderança no ano passado(25% do total), das instituições financeiras(23% do total) e dos fundos de investimento(22% do total).
A soma desses fatores junto com o pior biênio econômico da nossa história, tem como resultado a queda no PIB, são 11 trimestres de queda consecutivos, o Brasil continua com taxas negativas, mas taxas menores. A queda ceio desacelerando segundo Rebeca Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE. Já para Juan Jensen, professor de economia do Insper e Sócia da 4, o resultado deoxa a expectativa ruim para 2017. " Como caímos em todos os trimestres em 2016, a gente parte de um nível deprimido de atividade econômica, mesmo crescendo ao longo de 2017."
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