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Plano de negócios: Lotérica Brasão da Sorte Mozart Mesquita da Costa Júnior

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Por:   •  5/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.838 Palavras (12 Páginas)  •  287 Visualizações

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Plano de negócios: Lotérica Brasão da Sorte Mozart Mesquita da Costa Júnior

1. Resumo executivo Companhia: Lotérica Brasão da sorte é uma companhia que comercializa produtos e oferece serviços relacionados a loterias, bem como presta serviços bancários autorizados pela Caixa Econômica Federal. Estado Atual: Lotérica Brasão da Sorte está na etapa de investigação e desenvolvimento do sistema informatizado da obtenção dos direitos de comercialização junto à Caixa Econômica Federal. Conta já com um plano definido de negócios, projeções financeiras para 4 anos, consultor legal, financeiro e um Diretor Geral. Está em busca de investidores potenciais. Serviço: Lotérica Brasão da Sorte oferece produtos relacionados a loterias autorizados pela Caixa Econômica Federal, bem como serviços autorizados: o recebimento de contas de concessionárias (água, luz e telefone), carnês, prestações, faturas e documentos de diversos convênios, os serviços financeiros como correspondentes da CAIXA autorizados pelo Banco Central e os Pagamentos dos Benefícios da Rede de Proteção Social, com o objetivo de favorecer a população, propiciando maior comodidade. Descrição do Mercado: O Mercado de Lotérica Brasão da Sorte se divide em dois: o de clientes da região em que estará estabelecida a loja para a compra dos mais variados produtos lotéricos, e o da população em geral para prestação de serviços bancários. Estima-se que o tamanho do mercado objetivo inicial, se localizado na região de Betim, é de aproximadamente 2300 clientes locais. Diferenciais: 1. Produtos de qualidade reconhecida e interesse público; 2. Serviços necessários à população, que agilizam o cotidiano das pessoas; 3. Atendimento especializado e de qualidade; Objetivos e metas: O objetivo da Lotérica Brasão da Sorte é converter-se em 2008 na líder de venda de produtos relacionados a produtos lotéricos na região, e em uma das maiores da cidade. Para isto, é necessário cumprir com as metas estabelecidas em relação ao aumento da clientela, vendas mensais, fluxos disponíveis mensais e crescimento do catálogo. Planos de financiamento: o presente projeto requer um investimento de $1.000.000 para cobrir $406.000 de investimento no sistema e $594.000 de capital de trabalho e promoção para os primeiros 6 meses de operações. A TIR do investimento é de 15,07% a.a., tendo um Valor presente líquido de R$ 59.308,00. 2. Conceito do negócio 2.1. Aspectos gerais Características do mercado lotérico brasileiro Se compararmos o setor das loterias brasileiras com o de outros países, podemos observar diferenças muito clara. Em primeiro lugar, os brasileiros têm uma preferência muito especial para jogar em grupos, ou “bolões”; isto é, a compartilhar uma aposta ou comprar uma participação. Em segundo lugar, e mais importante, o Brasil é desde as últimas décadas do século XIX o país com um dos maiores consumos de loterias no mundo. O que começou sendo uma estratégia adaptativa empreendida pelos setores mais humildes da população terminou estendendo-se a finais do século XIX entre todos os setores sociais. Temos muitos exemplos deste fenômeno em a imprensa da época, mas também na literatura, o que mostra a popularidade desta prática social1. Se no Brasil compartilhar os números loteria é algo relativamente usual, em outros países não o é tanto. A razão é simples de entender. A compra em “bolões” depende da confiança inter-pessoal, de modo que sendo possível jogar só sempre é melhor fazê-lo assim que em companhia. Na Áustria e na Itália, por exemplo, o preço da aposta era tão pequeno que não merecia a pena unir esforços e formar uma companhia. Ao contrário, o preço da aposta no Brasil é relativamente alto, especialmente quando se deseja realizar apostas que envolvam um maior número de oportunidades de ganho – como apostar em uma maior quantidade de números na mega-sena, por exemplo. Assim, passou a surgir um mercado ilegal de participações que permitiam jogar individualmente por uma pequena quantia que se pudesse investir. Neste contexto, o que começaram a fazer os brasileiros foi confiar uns nos outros e formar companhias. Este fenômeno possivelmente explica por que diferentemente de outros países aonde o crescimento econômico vai associado a uma perda de interesse pela loteria, no Brasil ocorria exatamente o contrário, como mostra: quanto

mais se enriquece o país mais loteria se consume. Esta tendência se manteve durante todo o século XX, de tal forma que se no século XIX o consumo de loteria representava um pouco mais de 1% do PIB, em 1987 alcançou um pico de 2%2. Existem evidências que sugerem que esta predisposição tão particular dos brasileiros a gastar o dinheiro em loteria (uma conduta, pelo resto, insensata ou irracional segundo as premissas básicas da teoria econômica), pode explicar-se pela forma tão estendida neste país de jogar à loteria: compartilhando a aposta com amigos, familiares ou colegas de trabalho. Em comparação com o jogo individual, esta forma de jogar na loteria incentiva o consumo de várias maneiras. Para aquele que começou a jogar com um grupo de amigos pode ser difícil deixar de fazê-lo, pois sempre cabe a possibilidade de que sejam premiados justamente quando a gente há deixado o “bolão”. Também, os grupos de aposta facilitam o consumo ao multiplicar os “postos de venda”, algo fundamental para um consumo de tipo impulsivo como é o da loteria. Mais importante, jogar com amigos ou colegas de trabalho pode converterse em uma forma de integrar-se em um grupo. 2.1.1. Expansão do mercado brasileiro de loterias Na América Latina se estima que cada cidadão gasta US$ 250 anuais em apostas realizadas através dos jogos de azar. As variantes são muito amplas: loterias, bolões de aposta, bingos, cassinos, cavalos e nos últimos anos com a proliferação das máquinas caça-níqueis4. Enquanto alguns especialistas asseguram que os jogos de azar crescem com as crises econômicas recorrentes da região, os dados mais recentes dão conta de que, ao mesmo tempo da recuperação econômica regional, a paixão pelo jogo se multiplica. A sofisticação de quão ingleses apostam até a cor de roupa que luzirá a rainha em seu próximo aniversário, está longe do que ocorre ainda na América Latina, onde ainda se acostuma a passar pela Casa Lotérica. Em países como a Argentina, Colômbia, Venezuela, Brasil, México e Chile, detecta-se um notável crescimento do jogo e o desenvolvimento de uma indústria que mobiliza US$ 100 bilhões anuais em toda a região, e US$ 500 bilhões em todo mundo. Nos EUA as cifras oficiais falam de US$ 50 bilhões ao ano, mas as estimativas sobre o jogo clandestino elevam a cifra ao dobro. As agências de apostas

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