Politica monetaria

O saldo total das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$3.160 bilhões em setembro, com expansões de 0,8% no mês e 9,1% em doze meses, comparados a agosto do mesmo ano. A variação mensal elevou cerca de 1,2% e 0,4% na distribuição entre pessoas jurídicas e a pessoas físicas, que somaram R$1.676 bilhões e R$1.485 bilhões, respectivamente.

O crédito com recursos livres alcançou R$1.609 bilhões (50,9% do total da carteira do sistema financeiro). Nos créditos concedidos às empresas, gerou saldo de R$813 bilhões, com destaque nas expansões em descontos de duplicatas, aquisição de recebíveis e repasses externos. O saldo de crédito livre concedido às famílias ficou estável em R$796 bilhões, com redução nas compras de veículos e outros bens, tendo crescimento em crédito consignado e outros créditos.

Os financiamentos com recursos destinados alcançaram saldo de R$1.552 bilhões (+1,1% no mês e +13,8% em doze meses). Sendo que as operações realizadas por pessoas físicas totalizaram 44% de utilização, devido à queda no uso de credito imobiliário (recuo de 19,8% em doze meses). Já na utilização de financiamentos relativa a empresas, o saldo teve expansão mensal de 1,4%, num total de 56% ou R$863 bilhões, sendo estes divididos entre os investimentos com recursos do BNDES, refletindo e efeito do aumento da taxa de câmbio nominal (aumenta-se o número de reais necessários para se adquirir um dólar), e o crédito rural.

Entre os setores de atividade econômica, os créditos destinados à indústria de transformação, cresceram 1,3% no mês, com destaque no ramo de petróleo e combustíveis. Os empréstimos feitos ao comércio registraram recuperação, alcançando saldo de R$301 bilhões, enquanto os saldos destinados aos setores de administração pública e transportes totalizaram R$117 bilhões e R$167 bilhões, respectivamente.

Considerando as operações acima de R$1 mil, o crédito destinado à região Sudeste, alcançou saldo de R$1.698 bilhões, com crescimento de 1,1% no mês, tendo destaque nas operações para pessoas jurídicas, que respondem por 60% do crédito na região. Nas outras regiões onde a destaque para os empréstimos a pessoas físicas, o crédito obteve expansões de 0,6% na região Sul (saldo de R$548 bilhões), 0,7% no Nordeste (R$398 bilhões), 0,7% no Centro-Oeste (R$325 bilhões) e 0,7% no Norte (R$117 bilhões).

A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, relacionadas a redução com recursos livres e direcionados, atingiu 29,3% a.a. em setembro, registrando aumentos de 0,3 p.p. no mês e de 5,5 p.p. em doze meses. No crédito livre, o custo médio situou-se em 46,2% a.a. (+0,8 p.p. no mês e 9,4 p.p. em doze meses), enquanto as reduções com recursos direcionados diminuiu para 9,8% a.a. (-0,4 p.p. no mês; + 1,7 p.p. em doze meses). Nas atividades de pessoas físicas, a taxa média subiu 0,4 p.p. no mês e 6,4 p.p. em doze meses, atingindo 37,4% a.a. Na queda das famílias com recursos livres, a taxa média de juros aumentou 1,1 p.p., para 62,3% a.a, destacando-se as elevações em cheque especial (+10,5 p.p.) e cartão de crédito rotativo (+10,8 p.p.). No crédito direcionado, o custo médio declinou 0,1 p.p. no mês, para 9,8% a.a. Nos empréstimos às empresas, a taxa média de juros situou-se em 20,4% a.a., mantendo estabilidade no mês e subindo 4 p.p. em doze meses. Nas operações com recursos livres, a taxa média aumentou 0,6 p.p. no mês,