Princípios fundamentais da engenharia econômica
Trabalho acadêmico: Princípios fundamentais da engenharia econômica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: re8231 • 12/6/2013 • Trabalho acadêmico • 2.019 Palavras (9 Páginas) • 899 Visualizações
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ENGENHARIA ECONÔMICA
1 - Não existe decisão a ser tomada considerando-se alternativa única:
Isto significa que, para tomar qualquer decisão, devem ser analisadas todas as alternativas viáveis. As alternativas devem ser no mínimo duas, caso contrário, a decisão já estará tomada. Como exemplo podemos utilizar o caso de um produto e o seu posicionamento no ciclo de vida, se ele começar a apresentar sinais de declínio, como opções, poderemos encontrar pelo menos estas três :
a) Continuar com o produto atual no mercado, sem novas inversões de capital;
b) Remodelar o produto atual, mudando embalagem ou mesmo algumas características técnicas, visando revitalizá-lo;
c) Lançar um novo produto, desde de sua concepção, para substituir o atual.
2 - Só podem ser comparadas alternativas homogêneas, para se poder comparar o seu resultado:
Isto significa que se estivermos analisando alternativas heterogêneas não poderemos assumir qual delas é a melhor, a menos que possamos admitir alguns pressupostos que as tornem comparáveis. Por exemplo, imagine se lhes forem oferecidos dois apartamentos, para que você opte pelo melhor para comprar :
a) Um apartamento em um bairro nobre por $350.000,00
b) Um apartamento em um bairro popular por $90.000,00.
Não será possível a comparação dessas alternativas se não conseguirmos a homogeneidade dos dados. Se pudermos admitir que os dois apartamentos têm a mesma metragem, a mesma qualidade de acabamento, os mesmos cômodos, a mesma disposição, considerando-se ainda que o índice de valorização de ambos os bairros é o mesmo e que não há vantagem em se morar em um bairro nobre ou em um bairro popular, então se pode dizer que a segunda alternativa é melhor que a primeira, de outro modo não.
São também consideradas, ou principalmente consideradas, alternativas heterogêneas para a Engenharia Econômica, as ações que conduzem a vidas úteis diferentes, ou que possuam investimentos iniciais diferentes. No primeiro caso, podemos tomar como exemplo, a situação em que desejamos implementar um novo processo industrial e descobrimos que existem duas alternativas à nossa disposição, uma com vida útil estimada de 5 anos e outra que possibilitará realizar a tarefa que necessitamos com as mesmas condições técnicas e que possui vida econômica de 7 anos.
No exemplo proposto fica evidente que ao se esgotar a vida útil da primeira opção que possui vida útil de 5 anos, a outra alternativa de investimento, que possui vida útil de 7 anos, ainda continuará funcionando por outros 2 nos, consequentemente gerando receitas por um tempo maior, logo, para efeito de uma análise econômica são consideradas como heterogêneas e, portanto, necessitam ser trabalhadas de maneira específica, de tal forma a acomodar esta situação antes de proceder-se a análise. Este tipo de questão será discutida mais adiante no tópico denominado de “Método do Valor Atual para Vida Úteis Economicamente Diferentes”.
No segundo caso, quando estivermos analisando alternativas de ações que possuam investimentos iniciais diferentes também estaremos tratando de alternativas heterogêneas, pois, como poderemos, sem tecnicamente acomodarmos a situação, optar por uma dentre duas alternativas que exijam, por exemplo, investimentos iniciais respectivamente de $100.000,00 e de $138.000,00 mesmo que as receitas e os custos inerentes a cada caso, carreguem receitas líquidas maiores que o primeiro investimento?
Fica também evidenciado nesse exemplo que tratam-se de alternativas heterogêneas de ação, pois a diferença entre elas ($38.000,00) também poderão gerar receitas em outros lugares, em outros processos, em outras aplicações que, portanto, para poderem ser comparadas necessitam ser homogeneizadas . Trataremos da questão de investimentos iniciais diferentes no tópico referente ao“Método da TRI - Taxa de Retorno Incremental”.
3 - Apenas as diferenças de alternativas são relevantes:
Se todas as alternativas que estivermos analisando possuírem séries de custos ou receitas iguais, eles não serão importantes, ou necessárias, para decidirmos qual das alternativas é a melhor, uma vez que, existindo tais séries em todas elas, no mesmo momento, sua diferenças se anulam. Por exemplo, no caso proposto no item 1 acima, onde deve-se optar entre manter o produto atual no mercado como se encontra, substituí-lo pelo produto remodelado, ou lançar um novo produto, se considerarmos que os custos associados a cada alternativa são idênticos, ou seja, que o fato de proceder quaisquer das mudanças não acarretará maiores custos, para efeito de decisão, importarão apenas as diferenças de alavancagem das receitas.
Vale ressaltar que embora sejam desnecessários os custos ou receitas idênticos para a tomada de decisão, se necessitarmos saber qual o valor total do investimento, evidentemente que todos os custos e receitas devem ser incluídos, mesmo os idênticos.
4 - Os critérios para decisão de alternativas econômicas devem reconhecer o valor do dinheiro no tempo:
Se estivermos analisando duas alternativas de ações, ou duas opções de investimentos : Uma que chamaremos de “A” que pressupõe um investimento inicial de $100.000,00 para que possamos receber em dois anos $220.000,00; e outra que chamaremos de “B” onde o investimento inicial proposto é de $200.00,00 prevendo um recebimento futuro de $400.000,00 em 5 anos.
Neste caso, não se pode afirmar que a alternativa “A” é melhor ou pior que a alternativa “B”, isto porque existe uma defasagem de tempo entre as alternativas de ações. Dessa forma, é como afirmamos no item 2, não se pode simplesmente escolher a alternativa “B” porque $400.000,00 é maior que $220.000,00. Para fazer a comparação, tem-se que igualar o tempo de vida, ou de utilização das alternativas. No exemplo, não se deve esquecer também, como comentamos no item 2, que os $220.000,00 resultantes do investimento “A” poderão ser reaplicados a uma taxa qualquer por mais 3 anos. Só dessa forma é que poderá ser reconhecida como lógica a analise das duas alternativas.
5 - Não devem ser esquecidos os problemas relativos ao racionamento
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