RESENHA DO ARTIGO: INDÚSTRIA EM MINAS GERAIS
Por: Gabriel Costa • 29/8/2018 • Resenha • 554 Palavras (3 Páginas) • 217 Visualizações
RESENHA DO ARTIGO:
INDÚSTRIA EM MINAS GERAIS: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
Ricardo Zimbrão Affonso de Paula
Gabriel Rodrigues Costa
O texto Indústria em Minas Gerais: Origem e desenvolvimento de Ricardo Affonso de Paula, aborda elementos sobre a maneira como ocorreu a introdução da atividade industrial na província de minas gerais do século XVIII ao início do século XX.
O autor inicia o texto, abordando elementos gerais do contexto socioeconômico da província, e pavimenta o caminho para abordar o início da industrialização do estado. Com o declínio da exploração do ouro de aluvião na província, a economia mineira se reorganizou tornando-se heterogênea e diversificada. Conforme o autor, o estudo é bastante complexo, devido a elementos que fundamentaram a formação regional de minas gerais, com uma longa história de crescimentos desarticulados, e conforme Wirth concentrados em um mosaico de microrregiões que dificilmente se interligavam entre si, e descontínuos.
Conforme o autor, a economia mineira por volta dos primeiros anos do século XIX, se desenvolvia em três ramos, sendo a atividade mercantil, em especial de gêneros alimentícios. Com a crise do ciclo do ouro, a cafeicultura introduzindo-se pela zona da mata, se tornou a principal atividade exportadora mineira, Apesar de ainda não ser relevante diante dos números expressivos fluminenses do vale do paraíba.
A origem da produção industrial de MG, incialmente concentrada na região central, próximo as minas auríferas, se deu em atendimento as demandas do setor minerador. Com o declínio da exploração do ouro de aluvião, iniciou-se um novo ciclo de exploração do outro subterrâneo. Esse processo, obteve grandes investimentos, sobretudo ingleses, e necessitou de altas tecnologias para implementação. Devido ao isolamento geográfico, e a alta demanda por ferro, e os altos custos para importação,0 desenvolveu-se o setor siderúrgico. Este setor, tinha como mão de obra, a força escrava, e reunia conhecimentos técnicos europeus e africanos. Após a segunda metade do século XIX, o setor entra em crise, devido ao alto custo para se obter mão de obra.
Outro setor que se desenvolveu industrialmente foi o setor têxtil. Essa indústria, surge para atender a demanda do mercado interno, da produção doméstica e fabril (armazéns de café). Uma das características, foi a introdução de pequenas unidades fabris, sobretudo de argumentos familiares. A dificuldade na importação de bens de capital e maquinários, dificultou a expansão destas unidades, sendo viabilizada somente no fim do século em Juiz de Fora.
Com o início da segunda metade do século XIX, o estado viu o desenvolvimento do sistema viário, interligando a província ao porto do rio de Janeiro, o que melhorou as condições de transporte consolidando o processo de incorporação produtiva. Juiz de fora, torna-se assim, um centro comercial de importância para a região, e posteriormente o principal centro armazenador de café da região.
Conforme exposto empiricamente pelo autor, o capital acumulado da atividade cafeeira, possibilitou diretamente e indiretamente o favorecimento de um surto de industrialização local entre 1890 e 1930.
A urbanização e adensamento
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