Resenha: E.K. Hunt - História do Pensamento Econômico Capítulo 09. Karl Marx
Por: Francielly Souza • 1/5/2019 • Resenha • 1.070 Palavras (5 Páginas) • 582 Visualizações
CE738 - Resenha: E.K. Hunt - História do Pensamento Econômico
Capítulo 09. Karl Marx
O autor de O Capital aos olhos de Hunt, conseguiu formular um sistema intelectual completo e integrado sobre o sistema econômico vivido por ele, em conjunto a uma profunda analise sobre a natureza humana e sociedade. Marx foi muito influenciado pelas teorias de outros autores como Adam Smith e Ricardo, segundo Hunt, sua obra é um refinamento e aprofundamento das ideais desses pensadores principalmente das teorias de valores e lucros. Ele também citava muito Thompson e de Hodgskin e assumiu Mill como seu oponente intelectual, ele se considerava um crítico antagonista e proferiu várias críticas sobre esses autores acreditando que lhes faltavam perspectiva históricas, se dirigindo menos nessa aspectos a Smith.
Enquanto vivo Marx teve apenas o volume I de O Capital publicado em 1867, e logo a pós sua morte, alguns rascunhos feitos por ele antes de escrever o volume I, foram reescritos e organizados para publicação por Friedrich Engels.
Marx em sua obra procura entender como o capitalismo se perpetuou, fazendo uma contextualização sobre o sistema de trocas de mercadorias, definindo valor e preço que envolviam forças de trabalho, e sobre a falsa ideia de mais-valia que rondavam essas circularizações, até ele chegar na esfera de produção, onde o verdadeiro capital produz e é produzido. Através da compra de matéria prima, transformação em novas mercadorias e a volta ao comercio, o capitalismo se proliferou, assim quem possuía dinheiro para investir em mateia prima se tornou capitalista e quem possuía apenas sua força de trabalho como mercadoria se tornou operário.
O capitalismo foi definido quando uma pequena parte da sociedade monopolizava os meios de produção, e os empregados não conseguiam produzir independentemente por não terem recursos. Surgindo assim a classe capitalista rica e a classe operaria, que envolveu retiradas a força dos trabalhadores de suas terras, destruindo os vínculos com o sistema feudal pelo qual era garantido suas terras, as tornando propriedades privada, assim eles eram obrigados a sair de zonas rurais e contribuir com venda da sua força de trabalho para produção.
Segundo Marx, o desenvolvimento da produção se torna necessário para manter o capitalismo, e a concorrência faz com que as leis da produção capitalista seja mantida, obrigando-os a sempre crescer a fim de preserva-los, e podendo aumenta-los atrás de acumulação progressiva, onde os mais fortes sobrevive e os mais fracos é consumido pelo sistema. As consequência da a cumulação de capital se dá através da concentração econômica, tendência a queda de taxas, desequilíbrios, crises, alienação e aumento da miséria da classe operária.
Marx se juntou a Smith, Ricardo e Mill e mais tarde Keynes ao defender de que a acumulação de capital levava uma tendência à queda da taxa de lucro. E isso não significava que haveria uma queda no lucro total, mas sim que o lucro continuaria a aumentar mais devagar. Ele discutiu influencias compensatórias para o aumento do capital, sendo elas o aumento da jornada de trabalho, que deu a origem do taylorismo no século XIX, depressão dos valores dos salários causada pelo crescimento da população, a queda no preço do capital constante, e comercio exterior.
De acordo com Marx e outros pensadores os desequilíbrios e crises econômicas, resultariam salários em níveis subsistências, e essa subsistência se dá culturalmente e não biologicamente, sendo mantida por concorrência da classe trabalhadora, e a medida que o acumulo de capital avançasse e força de trabalho ficasse menor, seria necessário pagamentos mais altos aos trabalhadores, mais isso era resolvido com novas tecnologias que eliminavam mão de obra, assim a produção cresceria sem o aumento de salários, tendo como consequência que os operários não tinham como comprar os produtos que eles mesmos produziam, diminuindo a demanda. Assim Marx dividiu o capitalismo em dois setores, um que produzia bens de consumo e outro bens de capital, afirmando que para economia capitalista se manter em expansão, a troca desses setores teriam que se manter equilibrados, pois se isso não ocorresse a oferta não seria igual a demanda em nenhum dos setores.
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