RESENHA: A LINGUAGEM E O PENSAMENTO DO PONTO DE VISTA GENÉTICO
Por: Roberta Da Silva • 25/6/2015 • Resenha • 459 Palavras (2 Páginas) • 1.737 Visualizações
RESENHA: A LINGUAGEM E O PENSAMENTO DO PONTO DE VISTA GENÉTICO
Piaget explica a forma como o indivíduo conhece e fornece explicações cada vez mais objetivas e mais abrangentes sobre o mundo. Suas teorias têm comprovação em pesquisas científicas, ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência, mas experimentalmente, comprovou suas teorias.
A linguagem e o pensamento são construídos a partir dos limites do campo perceptivo, pois as conquistas da primeira fase (sensório-motora) serão incorporadas em acontecimentos mais complexos em função de novas descobertas. A linguagem e o pensamento são construídos a partir de toda uma elaboração desde os primeiros esquemas do recém-nascido até as primeiras formas de representação da criança.
Ao comprarmos uma criança de 2/3 anos, se comunicando, a um bebê de 8 a 10 meses fica evidente que a linguagem modificou consideravelmente a inteligência da criança.
Quando analisamos as mudanças da inteligência produzidas durante a aquisição da linguagem, percebemos que ela não é a única responsável por tais transformações.
A linguagem e o pensamento podem ser considerados o início da esquematização representativa (conceitos) e o começo da representação. As três principais expressões de pensamento da criança acontecem por meio da imaginação, da imitação e do desenho. A criança pequena de 7/8 anos – menos socializada – desenvolvendo a linguagem pode também começar a utilizar a imaginação, visto que podem recordar fatos passados e coisas ou pessoas ausentes. Outra fonte de representação acontece por meio da imitação, quando uma criança repete a ação de outra criança ou de um adulto que o serviu de modelo. A imagem é o símbolo de um objeto, que ainda não aparece no nível da inteligência senso-motora, mas que pode ser classificada como mais uma alternativa para representação. Entendemos então que existe uma alternativa de representação mais ampla que a linguagem.
A primeira informação referente a formação das operações lógicas na criança é que estas não se constituem em bloco e que acontecem em duas etapas. O primeiro conjunto de operações, que chamaremos as “operações concretas”, consiste apenas em operações aditivas e multiplicativas: agrupamentos. O segundo são as operações proposicionais, onde surgem às operações combinatórias (utilização algébrica, ou introdução das incógnitas, tais como, x e y), ficando cada vez mais necessário que se abstraia e onde a abstração é essencial.
Segundo Piaget, a lógica ligada à linguagem, além de ser um fator fundamental de aprendizagem da lógica pela criança, é fonte de toda a lógica da humanidade. Antes da aquisição da linguagem existe um desenvolvimento das formas que o sujeito possui para se relacionar com as coisas. Para Piaget, a linguagem amplia, significativamente, o poder de percepção da criança, contribuindo com a mobilidade e a generalidade que não possuiriam sem ela, mas a ela não é a origem de tais coordenações.
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