Resenha Estudos de Histórida do Pensamento Científico
Por: Júlio Fernandes Ornellas • 21/10/2017 • Resenha • 816 Palavras (4 Páginas) • 713 Visualizações
Resenha: Estudos de História do Pensamento Científico
O texto relata o início do pensamento científico, isto é, da tentativa humana de buscar os fundamentos dos fenômenos naturais, que até então eram simplesmente aceitos e não explicados. Portanto, é de extrema importância analisar as conquistas do pensamento antigo sob o ponto de vista da época, e não do nosso atual.
Dado os avanços da ciência física e do pensamento científico, naturalmente aparenta-se trivial acreditar e entender alguns conceitos - como a gravidade - por alguns motivos, como a consolidação do mesmo em âmbitos sociais há algum tempo e, baseados em nossas experiências cotidianas, nunca termos convivido em épocas a ponto de se considerar “o contrário”. Porém essa convicção nem sempre é fácil de ser obtida. A observação empírica e experimentação são a essência da ciência moderna. A experimentação consiste em interrogar metodicamente a natureza, formulando perguntas e interpretando as respostas obtidas.
Sob a perspectiva de Koyré, a fundação da ciência moderna advém de duas premissas fundamentais da revolução científica do século XVII: a geometrização do espaço e a expansão infinita do universo. O autor destaca a importância da matemática para o desenvolvimento da ciência moderna, mas dá a ela um papel secundário, distanciando-se dos conceitos difundidos da Idade Moderna. A física moderna teria como base o empirismo, utilizando a linguagem matemática apenas como ferramenta para explicações.
Tendo em vista os atuais estudos no campo da física moderna, este é um ponto que há existe um porém, isto é, não necessariamente a física moderna tem como base o empirismo usando a linguagem matemática como ferramenta de explicações. Muitos estudos e pesquisas atuais atrelam-se sob a comunhão entre ciência e tecnologia para obter resultados, isto é, os projetos são desenhados sobre a perspectiva reproduzir os conhecimentos científicos, previamente deduzidos em campo teórico, no campo prático a partir dos conhecimentos técnicos, como forma de prova, investigação e desenvolvimento das teses da ciência.
Um dos pontos que corroboram essa questão é a detecção de ondas gravitacionais nos observatórios Virgo e Ligo - construídos essencialmente sobre extremo aspecto teórico, sem provas práticas e com orçamentos astronômicos - sobre um tema cogitado, simplesmente pensado na segunda década do século XX por Albert Einstein, e comprovado em 2015. Outro ponto é o “encontro” da “partícula de Deus”, a que supostamente deu origem ao universo, após a mega construção de um acelerador de partículas somente para encontrá-la, mas que anteriormente era algo somente do campo teórico e abstrato.
Além disso, o autor evidencia que no âmbito matemático, não há fatos que exijam comparação. Por conta disso, a mesma sempre foi tida como superior e de maior confiança. Apesar disso, no entanto, nem tudo por ela pode ser explicado. Para Aristóteles a geometria era apenas uma ciência abstrata, por isso nunca explicaria o real. E o estudo da geometria não precede o da física.
Estes pontos, entram, então, nas diferenças ideológicas existentes entre Platão e Galileu, esse afirmou que “o livro da natureza está escrito em caracteres matemáticos”, opondo-se radicalmente àquela concepção de uma realidade qualitativa. A ciência de Galileu, Kepler e Newton, é a ciência da precisão e isso só é possível no espaço da geometria.
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