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Resenha do capítulo: A diferença entre os problemas econômicos cruciais das economias capitalistas desenvolvidas e subdesenvolvidas

Por:   •  26/9/2018  •  Dissertação  •  509 Palavras (3 Páginas)  •  334 Visualizações

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Resenha do capítulo “A diferença entre os problemas econômicos cruciais das economias capitalistas desenvolvidas e subdesenvolvidas”

Matheus Lara Santana Barbosa

O autor inicia o capítulo por meio de uma análise de uma situação de pleno emprego. Nesse caso, grande parte da renda nacional será utilizada para consumir, e o excedente será convertido em poupança. Se o investimento é suficientemente elevado, ao ponto de compensar essa poupança, o pleno emprego será mantido, pelo fato de não haver estoque de dinheiro. Caso contrário, isso é, o investimento for a quem da poupança, o produto permanecerá não vendido e a formação de estoque irá acontecer. Nesse tipo e contexto a então a economia se desacelelaria, até o momento em que o investimento e a poupança se equivalessem, o que geraria desemprego.

Nessa última situação portanto, para-se suprir a falta de investimento, seria dever do Estado fomentar o investimento por meio de despesas governamentais, sem reduzir a renda. Esse aumento das despesas públicas, se suficientemente elevado pode, portanto, assegurar o pleno emprego. Resumindo, quando existe uma lacuna entre poupança e investimento, essa lacuna é coberta pelas despesas governamentais.

Contudo, o financiamento do pleno emprego, por parte das despesas públicas, não é a única maneira de assegurar o pleno emprego. Caso o governo, ao invés de gastar dinheiro, tributar o lucro dos capitalistas, o pleno emprego seria mantido, uma vez que essa reserva de capital seria retida pelo governo. O que seria de diferente, no caso, seria as consequências dessa mudança. No caso do financiamento por meio do déficit orçamentário, os lucros dos capitalista seriam revertidos, também, em consumo, além de aumentar o investimento privado.  Quando a despesa governamental é financiada pelos impostos sobre os lucros, tanto o consumo dos capitalistas, quanto o investimento privado mantêm-se inalterados.

Após a discussão da maneira com que o governo deve se comportar para aumentar a demanda efetiva, Kalecki inicia uma discussão entre se gerar demanda efetiva nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

No caso dos países desenvolvidos, ao governo gastar dinheiro, e assim aumentar o déficit orçamentário, o Estado estaria necessariamente gerando demanda efetiva, uma vez que os meios de capital estariam empregados na sua capacidade máxima. No caso dos países subdesenvolvidos, isso não seria necessariamente verdade, o aumento do investimento, mas para acelerar a expansão da capacidade produtiva indispensável para o rápido crescimento da renda nacional. Logo, para-se aumentar a taxa de emprego, deve-se necessariamente equipar os meios de produção com o tamanho da população produtiva.

Nesse sentido, os países subdesenvolvidos:

  1. A dificuldade de se conseguir investimento privado
  2. A capacidade produtiva desses países é limitada
  3. O investimento nesse tipo de situação geraria uma pressão inflacionária

Por fim, o autor impõe alguns obstáculos políticos para a manutenção do pleno emprego. A planificação econômica; assegurar a oferta de bens de consumo essenciais; a tributação adequada dos ricos. Portanto, os três problemas discutidos, de fato apresentam questões muito difíceis de se solucionar, contudo ações firmes, mas graduais e equilibradas, o que por sua vez driblaria, sobretudo a questão inflacionária, mas, ao mesmo tempo, isso acarretaria mudanças mais lentas.

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