Resumo Capítulo - Como funcionam os mercados
Por: Samuel Alves • 22/4/2022 • Resenha • 465 Palavras (2 Páginas) • 171 Visualizações
Resumo – Como funcionam os mercados: Capítulo 11
Nome: Samuel Sousa de Andrade Alves
Dependendo da época da história, do país no qual um grupo de indivíduos vive, da família na qual uma pessoa nasce, valores morais e estilo de vida são moldados. Assim sendo, o conceito de o que é ou desejável ou repugnante é, muitas vezes, subjetivo. Nesse contexto, sociedades mundo afora formulam leis que, segundo a identidade local, são tidas como a forma ideal de funcionamento da sociedade, mesmo que esse ideal seja reformulado ao longo dos anos.
Tendo em mente a pluralidade de leis existentes na Terra, fica fácil perceber como sociedades diferentes lidam com problemas e questões similares. Todavia, as sociedades não precisam ser tão diferentes para concluírem respostas distintas. Por exemplo, estados de um mesmo país como os Estados Unidos têm regulamentações diversas sobre como lidar com o uso de drogas. Pessoas que moram em uma mesma rua podem discordar sobre a legalidade do casamento homoafetivo.
Da mesma forma que as leis, o mercado também é modificado pelos costumes locais, já que esse é a própria manifestação das demandas de grupos de indivíduos. Portanto, se um povo acha repugnante a cobrança de juros por parte dos bancos, tendo em vista a religião daquele, tais instituições financeiras adaptar-se-ão às preferências e leis locais visando o lucro. No entanto, para a maioria das pessoas do ocidente, o juro é uma cobrança legítima. Em outras palavras, sociedades diversas pensam diferente sobre quais formas são legítimas para a obtenção de lucro, de dinheiro.
Levando essa discussão para o mercado de órgãos, a maioria das pessoas concorda que a ideia de legalizar a venda de órgãos é repugnante, seja por motivos religiosos, seja pela crença de que isso tornaria os pobres ainda mais vulneráveis em relação aos ricos. Outro grupo de pessoas entende que é direito do indivíduo, dotado de razão e consciente das consequências, decidir o que é melhor para a sua vida. Entretanto, buscando uma melhor qualidade de vida para a sociedade, as conclusões não funcionam preto no branco. Qual seria a regulamentação ideal para cada respectiva sociedade sobre o mercado de venda de órgãos? Afinal, existe um problema, hoje, em relação a escassez de órgãos. A demanda por órgãos não é suficientemente suprida pela atual forma de funcionamento do mercado. Deve-se pensar em alternativas que premiem o vendedor/doador de órgãos, não necessariamente no âmbito monetário, para que a oferta de órgãos seja incentivada.
Mercados repugnantes são, muitas vezes, criminalizados, levando à consequências indesejadas, fortalecendo organizações criminosas, por exemplo. O intuito do texto é promover o refino de ideias sobre se de fato é interessante a pura criminalização de mercados repugnantes. Se um mercado é repugnante porque traz externalidades negativas, por que não trabalhar em leis que reduzam essas externalidades ao invés de proibir o mercado em si?
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