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Resumo Formação Econômica do Brasil - Marina Gusmão

Por:   •  7/1/2020  •  Resenha  •  3.100 Palavras (13 Páginas)  •  360 Visualizações

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UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz[pic 1]

 

CAPÍTULO 1 – A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE HISTÓRICO-ECONÔMICA

É comum a negligência dos estudos de História da Economia nos cursos de Ciências Econômicas. Muitas vezes por falta de hábito de leitura, outras vezes pelo desconhecimento da importância que os estudos históricos exercem sobre a atividade de análise econômica.

Há inúmeros questionamentos no contexto econômico que somente serão respondidos a partir de um conhecimento histórico. Por exemplo, questões relacionadas a distribuição de renda desigual, estagnação tecnológica, pobreza entre negros no Brasil só podem ser respondidas de forma razoável por indivíduos que tenham algum nível de domínio sobre os fatos históricos- econômicos do país.

O desconhecimento amplo sobre a análise histórico-econômica não deve ser atribuído somente ao desinteresse dos estudantes pela matéria. A análise é pautada em evidências legítimas, sua metodologia não admite fantasias, o que pode ser desagradável a grupos de poder, governos, entidades de mídia e etc. caso os fatos levados a amplo conhecimento público prejudiquem seus interesses.

  1. As Origens da História Econômica

Na segunda metade do século XIX, por volta de 1940, surge de maneira autônoma como consequência dos movimentos revolucionários francês, inglês, alemão e italiano de 1830 a análise histórico-econômica.

O Materialismo de Marx e Engels, mediado pela obra O Capital, que crítica a exploração da força de trabalho realizada pelo capitalismo e impulsionada pela industrialização pode ser considerado o marco fundador da História Econômica. Os elementos básicos da metodologia de análise histórico-econômica como doutrina econômica e históricas definidas, questionamento da doutrina por modelos específicos, formulação de hipóteses claras a partir do modelo são encontrados na obra e utilizados até os dias atuais. Outras contribuições para a estrutura da análise metodológica foram o keynesianismo e a teoria neoclássica.

A História da Economia busca através do método anexar o processo produtivo ao contexto histórico no decorrer do tempo. O conhecimento da história da economia permite a criação de modelos de desenvolvimento econômico específicos para cada povo ou nação, não há generalizações na abordagem econômica, cada cultura e seus integrantes se comportam de maneira diferente para atender suas necessidades consumo.

  1. Conceitos Básicos da História Econômica.

A atividade do historiador econômico exige o domínio de uma teoria econômica a partir da qual se origina as questões básicas da pesquisa. Paralelo ao embasamento teórico deve-se considerar conceitos fundamentais de tempo e movimento.

Diferentemente de outras ciências a qual o tempo é somente uma medida, na análise histórica-econômica o tempo é a matriz no qual acontecem os fenômenos de estudo. Sua importância dar-se em descrever o mais exato possível o momento em que os movimentos históricos como elevações e quedas na produção e oscilações de preços modificam ou desencadeiam reações históricas.

Das noções de tempo e movimento desenvolve-se o conceito de conjuntura. A conjuntura pode ser social ou econômica e da interação de ambas surge o fato histórico. Ele se caracteriza pela recorrência, como uma sequencia de altas seguidas de baixas nos preços de determinado conjunto de bens. Essa regularidade nos eventos é que torna o estudo histórico econômico possível.

O fato não regular também é de interesse da história econômica na medida em que é identificado como ator estrutural de um evento histórico. Outro conceito importante é o de crescimento, que pode ser quantitativo e/ou qualitativo, referindo-se, respectivamente, a variações dimensionais e mudanças na estrutura econômica. Da observação do crescimento surgem as noções de arrancada (take-off) que explica como se iniciaram os processos e desaceleração, sendo o oposto da arrancada.

Uma análise histórico-econômica ótima considera tantos os aspectos microeconômicos quanto os macroeconômicos do fato em sua abordagem. Quanto maior for a capacidade do pesquisador de relacionar as análises micro e macro, mais próximo do real a pesquisa será colocada.

  1. A importância do Estudo de Formação Econômica do Brasil.

Para realizar um estudo econômico do Brasil seja qual for a vertente de atuação o economista deve estar integrado as condições socioculturais da nação. De maneira geral, já considerando os efeitos da globalização, os estudos econômicos de determinado país são dirigidos por cidadãos.

O brasileiro frequentemente tem dificuldades em se enxergar em outro compatriota. O Brasil é um país muito diverso dos ponto de vista étnico e cultural, o que torna os grupos uma versão diferente do que é o cidadão brasileiro em termos de comportamento, preferências e religiosidade. Entretanto, somos uma nação e nesse sentido devemos possuir um fator unificante.

Cabe aos economistas do agora e do futuro pensarem com particularidade os problemas nacionais, sem a pretensão de incorrer na falha de aplicar métodos generalistas, sejam de autoria nacionais ou estrangeiros, em região que apresentam estruturas organizacionais e culturais distintas.

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Respostas:

  1. O ensino de História na Economia se justifica através do fato histórico, dos processos periódicos que ocorrem nesse campo de atuação. Apreender a história da economia significa estar sob domínio de informações que podem ajudar a resolver problemas da atualidade, uma vez que a história econômica é predominantemente cíclica e fatos antigos podem ocorrer de maneira atualizada.
  2. Doutrina econômica definida; doutrina histórica definida; questionamento da doutrina por modelos específicos, formulação de hipóteses claras a partir do modelo.
  3. Sim. Os fatos históricos tendem a se repetir de maneira atualizada. Quem possuir um conhecimento histórico consistente terá uma ferramenta auxiliadora na tomada da melhor decisão, uma vez que como o conhecimento histórico pode se conhecer versões anteriores do mesmo problema, tornando mais segura a atuação sobre ele.

CAPÍTULO 2 – A EXPANSÃO COMERCIAL EUROPÉIA, A OCUPAÇÃO DA AMÉRICA E OS MODELOS DE COLONIZAÇÃO.

  1. As Cruzadas, a Crise do Feudalismo e o Renascimento do Comércio Europeu

Na sociedade medieval a divisão entre as classes de sacerdotes, nobres, servos e reis eram entendidas como uma determinação divina, algo colocado

juntamente a existência do indivíduo. Não importava qual a sua contribuição individual para a comunidade, a posição social no feudo seria definida a partir da casta a qual se nasceu.

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