Resumo Livro Conversando Sobre Economia Com Minha Filha
Por: Launita Rodrigues • 16/9/2021 • Resenha • 578 Palavras (3 Páginas) • 437 Visualizações
Buscando explicar o porquê de vivermos em um mundo cuja estrutura social parte da
premissa da desigualdade, o autor faz um questionamento: “Por que os aborígenes
australianos não invadiram a Inglaterra?”. Primeiramente, é necessário voltar aos
primórdios, para se entender como certas noções surgiram e consequentemente, como se
deu origem a estrutura socioeconômica que vivenciamos.
Antigamente, nossos antepassados sobreviviam por meio da matéria prima obtida na
natureza (caças de animais, pesca, colheitas de frutas), e pela sua troca. O que, ao se
analisar, já constituía um conceito mais arcaico de mercado e moeda de troca.
Posteriormente, surge a ideia de economia com o início do cultivo. Esse, se fez necessário
uma vez que, em alguns lugares houve um crescimento populacional exacerbado e os
recursos naturais deixaram de ser suficientes. A partir disso, surgem conceitos que se
correlacionam, são eles: linguagem, superávit, escrita, dívida, dinheiro, Estado,
burocracia, exércitos, Clero, tecnologia e guerra bioquímica.
A linguagem foi o primeiro salto para o desenvolvimento humano, seguido da capacidade
de produção agrícola e como consequência, do superávit. Esse, consiste no acúmulo do
que já foi produzido para uso posterior. Em função disso, a escrita aparece como meio de
registro dos grãos, a serem armazenados, pertencentes a cada indivíduo. Posteriormente,
o aumento da produção e comercialização do superávit levou a necessidade de se criar
uma moeda (dinheiro), para que os trabalhadores pudessem cobrar dos senhores de terra
pelos serviços prestados (dívidas). O que implicou na implementação do Estado, uma
instituição capaz de demandar e garantir que tais compromissos fossem honrados,
atribuindo valor ao dinheiro. Entretanto, só existe Estado em meio a uma burocracia que
contenha burocratas (para administrarem os assuntos públicos), policiais (para defender
os direitos de propriedade), governantes (para governar) e um exército organizado (com
intuito de garantir e impor o poder). Historicamente sabe-se que, para que a sociedade
fosse estruturada de tal forma sem que houvessem grandes conflitos, foi preciso que
coexistisse uma ideologia legitimadora, nesse caso, o clero.
O superávit agrícola ainda, impulsionou o desenvolvimento tecnológico. Uma vez que,
para que houvesse o plantio e a colheita se fez preciso a criação de ferramentas, arados,
sistemas de irrigação, etc.; para os soberanos, surgem adornos e joias; para se manter o
poder,
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