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Resumo do Livro Conversando com Economia com a Minha Filha

Por:   •  8/11/2018  •  Resenha  •  821 Palavras (4 Páginas)  •  1.066 Visualizações

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cap8: conversando sobre economia com a minha filha

Por volta de 1841 prisioneiros de Radford já viram a oportunidade de lucrar praticando o comércio de chá e café entre

os prisioneiros. Os primeiros que viram nisso uma oportunidade de ganhar algo estabelecendo trocas sistemáticas de bens

entre os prisioneiros de diferentes nacionalidades foram alguns franceses espertos. Na linguagem dos economistas, o que os

"comerciantes" franceses faziam chama-se arbitraje (arbitragem), ou seja, comprar mais barato do que se vende. Obviamente,

quanto mais comerciantes se dedicassem a essa troca, maior seria a concorrência entre eles e, assim como nas bolsas de valores,

a concorrência entre os intermediários reduz a margem de arbitragem.

Não tardou muito para que as transações no campo de prisioneiros se estendessem a outros bens. Com o desenvolvimento do comércio

entre os companheiros de prisão os preços relativos se equipararam em todo o campo, isso aconteceu devido a transparência dos

valores obtida graças a bilhetes escritos à mão afixidos na parede. Nenhum prisioneiro queria comprar a um preço superior ao mínimo

oferecido, assim os preços dos bens se estabilizaram. Como as transações incluíam muitos bens diferentes, tornavam-se cada vez mais

complicadas. Não demorou a surgir uma unidade monetária que simplificou as transações. Um dos bens que mais êxito tinha no campo eram

os cigarros, os fumantes davam tudo o que tinham para conseguir cigarros, por outro lado, os não fumantes trocavam-os por outra coisa,

e assim os cigarros adquiriram o mesmo valor de troca para todos.

Foi apenas uma questão de tempo até que por todo o campo os cigarros se estabelecessem como unidade de medida dos valores de troca,

ou dos preços relativos. Era mais fácil que o vendedor de café expressasse o preço relativo, ou seja, o valor de troca, que oferecia em

termos de outro produto que fosse resistente, fácil de transportar, clara e facilmente divisível e tivesse valor de troca estável em todo

o campo. Além disso, não é por acaso que os cigarros se destacam como unidade monetária extraoficial em todas as prisões do mundo. Os

cigarros servem como meio de poupança, como uma ferramenta para acumulo de valor de troca.

Isso é importante porque com a introdução do dinheiro em uma economia, criam-se novas oportunidades, mas também há riscos. Além da

possibilidade de poupança há a possibilidade de emprestar e de criar dívida. Dessa forma, a criação da moeda facilita as transações, mas

exige confiança.

No caso dos cigarros, quanto mais cigarros nos pacotes, mas nunca mais chocolate, café ou chá. Cada cigarro "comprava" menos chocolate, café

ou chá; quanto mais escassos fossem os cigarros em relação ao restante dos bens, maior seria o valor de troca. Essa analogia serve para explicar

a deflação, ou seja, um aumento do valor de troca das unidades monetárias provocado pela redução da proporção da quantidade de dinheiro em relação

a quantidade de bens restantes (o

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