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Resumo Transição do Feudalismo para o Capitalismo Debate entre Mauice Dobb e Paul Sweezy

Por:   •  13/4/2019  •  Resenha  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  540 Visualizações

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Resumo do livro: A Transição Do Feudalismo Para O Capitalismo

Paul Sweezy, acredita que estamos vivendo uma transição do capitalismo para o socialismo, então a importância de estudar a transição do feudalismo para o capitalismo, entre outras transições, se dá pela necessidade de compreender a transição atual.

Para Maurice Dobb, o feudalismo é sinônimo de servidão. Onde o servo é obrigado, através da força, a satisfazer as exigências do senhor feudal, como serviços ou pagamento de tarifas. Sweezy considera essa definição muito superficial, com a justificativa que a servidão pode ocorrer em qualquer tipo de sistema econômico, independente de época ou região. E que esta definição é mais plausível, se usada para explicar um grupo de sistemas sociais baseados na servidão, e quando se for analisar os problemas históricos, saber qual ‘membro’ desse grupo é o objeto de estudo.

O livro de Dobb tem como foco o feudalismo da Europa ocidental, berço do capitalismo. Mas ele não deixa isso claro em sua obra, assim como não especifica as características principais do feudalismo, naquele contexto e região, para fazer sua análise a partir disso. O que gera, segundo Paul, um estudo que mistura fatos auferidos de outras circunstâncias, que não se aplicam ao cenário da Europa ocidental.

Dobb reconhece o sistema da Europa ocidental como o feudalismo clássico, e apesar de admitir em seu texto, que o modo de produção feudal não se restringia a essa forma, ele não se dispôs a aprofundar seus estudos nos modos não ‘tradicionais’.

A partir da definição de Maurice, entende-se que, a organização da produção ocorre em torno da propriedade do senhor feudal. O que não significa, que não há transações ou cálculos com moedas. Está subentendido que essas relações comerciais, tanto locais, quanto a distância, existem, mas não são tão significantes. Pois o objetivo principal do feudalismo, nesse contexto, é manter o sistema para subsistência, a produção é feita de acordo com as necessidades da população.

Sweezy concorda com Marx que, no sistema econômico feudal, não existe a pressão que há no capitalismo para aumentar e otimizar os métodos de produção, portanto o trabalho excedente é limitado pelo que é primordial.

No entanto, isso não significa que o sistema fique estagnado ou seguro. Um dos fatores da insegurança, é a constante disputa por terras e vassalos. Essa insegurança instaurada pelas disputas incomodam a sociedade, mas não propendem revolucionar o sistema.

Outro fator de instabilidade é o crescimento populacional. Pois como já foi dito, o sistema não tem facilidade de expansão, portanto o aumento da população é maior que o aumento da produtividade. Com o objetivo de diminuir as despesas, o senhor expulsa os filhos mais novos de seus servos, o que marginaliza esses filhos e estabelece uma população de pedintes e bandidos. E apesar da insegurança instaurada por esse excesso, não há influência revolucionaria sobre a sociedade.

Dobb faz uma crítica, a justificativa mais aceita sobre a decaída do modo feudalista, a qual diz que, a queda foi devido ao impacto do comércio, que precisava estar fora do sistema para se desenvolver, e que a economia natural e a de troca não são miscíveis. Ele não nega a importância deste processo de expansão comercial, na transição para o capitalismo, porém considera essa justificativa inadequada, por ser rasa na explicação sobre o impacto do comercio no feudalismo.

Maurice especula que, se o único fator fosse a ascensão comercial, o resultado poderia ter sido o contrário e o feudalismo ter se intensificado. Desse modo provavelmente houveram outros fatores que levaram ao fim do sistema feudal.

Apesar de não haverem provas conclusivas, ele acredita que foi a inaptidão do feudalismo como sistema de produção, junto ao crescimento da necessidade de produtos, que elevou a pressão sobre o produtor e como consequência muitos servos abandonaram as propriedades senhorais, e os que ficaram não eram suficientes para suprir a demanda.

Paul Sweezy diz, que a desconsideração para com os interesses dos servos e o banditismo, existiram todo o período, e se foi intensificado no decorrer do tempo, é necessário estudar qual a causa, não simplesmente aceitar como característica inerente ao feudalismo.

Sweezy também analisa que independente de quão tiranos fossem os senhores, os servos não o abandonariam, a não ser caso tivessem para onde ir. Pois os excedentes populacionais viviam como escória da sociedade, e não seria razoável para os servos largarem a senhoria para viver marginalizados.

E mais crível que os servos largaram

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