Teoria e Pratica Cambial
Por: Paul819Russ • 30/4/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 2.485 Palavras (10 Páginas) • 376 Visualizações
Teoria e Prática cambial
Moeda
A moeda tem a função de intermediar trocas, definir valor e representar riqueza, com aceitabilidade, disponibilidade, resistência, divisibilidade, homogeneidade e fácil locomoção.
Nos dias atuais, são utilizados papeis moedas emitidas e garantidas pelo governo e o dinheiro virtual, devido ao avanço tecnológico, segurança, grande portabilidade e facilidade de utilização.
Taxa de câmbio fixa
A taxa de câmbio é fixada pelo governo, através de autoridades monetárias do país e não varia sua cotação, porém quase esse regime quase não é utilizado, devido a distorção de economia do país causada pela não variação do câmbio.
Taxa de câmbio flutuante
A taxa de câmbio é variável, sendo a variação controlada pelo mercado de acordo com a oferta e a demanda, porém é muito criticado por facilitar a desvalorização da moeda.
Em 1999, o Brasil mudou o sistema de câmbio de fixo para flutuante e dando inicio a uma forte desvalorização do Real, por conta da falta de estrutura dos planos de combate a inflação adotada no país.
Taxa de câmbio flutuante com flutuação suja
O sistema tem sua variação definida pelo mercado, porém com interferências do governo, através do Banco Central, dessa forma o mesmo controla a desvalorização e a valorização da moeda a índices considerados prejudiciais a saúde econômica do país e dessa forma mantendo os níveis de produção, investimentos e comércio.
Taxa de câmbio semifixa
É definido um limite máximo e mínimo para as taxas de câmbio, o grande problema desse regime são os riscos, a falta de investimento e constates prejuízos, perante as variações dos mercados internacionais.
1997 e 1998 - Crise financeira asiática e Russa
Tudo corria bem para os "Tigres Asiáticos" (apelido dos países do Sudeste Asiático), cuja economia vinha apresentando impressionante desempenho desde os anos 60. O sucesso, primeiramente, de Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura, seguido pelo de Tailândia, Indonésia, Malásia e, em seguida, Filipinas e Vietnã, se refletia no aumento das exportações de bens de consumo para a América do Norte, Europa e o resto da Ásia, com ênfase em roupas, produtos eletrônicos e computadores em particular. Os ingredientes mais importantes eram as elevadas taxas de poupança e investimento, mão de obra qualificada resultante da alfabetização em massa e salários baixos. Porém, na década de 90 os salários haviam aumentado a ponto de prejudicar a competitividade. A China, com salários menores, logo entrou no páreo, abocanhou boa parte do mercado, e as exportações dos "Tigres" caíram. Com a globalização, a situação se agravou: os crescentes déficits comerciais causaram a fuga de capitais externos, a especulação aumentou, o sistema bancário balançou e a economia entrou em crise. A partir de julho de 1997, os "Tigres" foram obrigados a desvalorizar as suas moedas.
Em outubro, como consequência, a Bolsa de Valores de Hong Kong despencou. A crise já afetava até a economia do Japão, onde aumentou o número de falências, mesmo de grandes empresas. Taiwan, Indonésia e Coreia do Sul precisaram recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), e por toda aquela parte da Ásia as economias foram fortemente abaladas. Fábricas diminuíram a produção ou foram fechadas, a quantidade de falências cresceu assustadoramente, bancos perderam bilhões de dólares em depósitos e a inflação disparou em alguns países. O desemprego virou uma realidade, com prejuízo maior para os mais de três milhões de trabalhadores de Índia, Bangladesh e Mianmar, entre outros.
A crise bateu forte no Brasil, o país latino-americano mais afetado por ela. Para evitar a mesma fuga de recursos externos, o governo elevou os juros para mais do dobro, o que, no entanto, acabou provocando forte desaceleração da economia brasileira. Um ano após a turbulência asiática, estourou a crise financeira da Rússia, contaminada pelos efeitos do enfraquecimento das economias dos tigres asiáticos, em meio à redução do crédito no mercado internacional.
A escassez de crédito provocou os efeitos mais imediatos. Sem conseguir novos empréstimos para pagar as dívidas com vencimento de curtíssimo prazo, que ultrapassavam os US$ 40 bilhões, nem as de curto prazo, que chegavam a US$ 80 bilhões (até o fim de 1999), a Rússia decretou uma moratória da sua dívida externa e simultaneamente desvalorizou sua moeda, o rublo.
Ao mesmo tempo, a crise asiática provocou uma curta recessão global, que reduziu a demanda por commodities no mundo todo. O preço do petróleo chegou a cair abaixo de US$ 10,00 durante algumas semanas de 1998 e se manteve abaixo de US$ 15,00 até 1999. Isto reduziu sensivelmente o valor das exportações russas.
A crise asiática, de 1997, aconteceu em meio a um cenário de fuga de capitais e deflação dos ativos financeiros.
Durante a Crise Asiática, o mundo deparou-se com uma nova conjuntura de instabilidade econômica, que resultou da crise financeira e cambial que se estabeleceu na Ásia, trazendo, por sua vez, os seguintes reflexos ao desempenho comercial do Mercosul: uma redução da corrente de comércio tanto intra quanto extra-bloco. A única exceção foi para o comércio de bens intra-bloco, pelo lado das importações do Mercosul, que permaneceu inalterado de 1997 para 1998.
2001 – Crise da Turquia
A Turquia sofre com a rápida corrosão de sua moeda, levando a forte especulação e aumento de preços.
No caso da Turquia, dúvidas em relação à viabilidade do seu sistema bancário e à sustentabilidade da dívida pública contribuíram sobremaneira para a manutenção de uma taxa de juros real elevada e para maxidesvalorizações da lira. Mesmo com o suporte do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia turca sofreu a sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial, chegando a ter uma queda no PIB de 7,5%.
Com a aplicação de reformas a nível fiscal, monetário e institucional, a Turquia encontrou o caminho para sair de crise. Entre 2002 e 2007 registou uma taxa de crescimento médio de 7%. A inflação desceu de 29.7% em 2002 para 8.4% em 2007. Aumentou a criação de emprego no sector industrial e serviços. A dívida pública atingiu um valor estável.
Argentina
Quebra do sistema bancário, dando origem a uma carestia de proporções imensas, que evolui para o caos nas ruas das principais cidades. O presidente na época, Fernando De La Rua, é forçado a renunciar, e o país entra em virtual falência, da qual só recentemente se recupera, após abandonar tardiamente o receituário de economia neoliberal.
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