Trabalho de Participação Individual
Por: biankaprata • 12/1/2021 • Resenha • 1.004 Palavras (5 Páginas) • 159 Visualizações
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Matriz de
Trabalho de Participação Individual
(TPI)
Elaborado por: Bianka Sofia Vieira Prata
Disciplina: Economia Empresarial
Turma: Economia Empresarial-1220-0_5 - PGO_ECNPOSEAD-36_07122020_5
Introdução
Este trabalho busca discutir os fundamentos e as consequências mercadológicas da maximização dos lucros das empresas em um ambiente econômico de concorrência perfeita. Ou seja, será feita uma analise de como as empresas conseguem atingir o lucro econômico nulo em um contexto que não têm poder para fixar os preços.
Desenvolvimento
Antes de tratar da maximização do lucro em mercados competitivos, é importante estabelecer os conceitos de “lucro” e de “mercados competitivos”. Entende-se lucro como o lucro econômico, aquele que é suficiente para cobrir os custos fixos e que remunera adequadamente os fatores de produção, ou seja, é a diferença entre as receitas e os custos (GONÇALVES,2018). A sustentabilidade das atividades de uma empresa está diretamente relacionada a ele, seja obtido no presente ou sobre a expectativa de lucro. Existe inclusive a possibilidade de a empresa tolerar certo prejuízo caso haja expectativa futura de reversão do quadro (PINDYCK, R.S.; RUBINFELD, D.L., 2013).
Por mercados competitivos, pensando nas empresas (ofertantes), entende -se como aqueles em que o número de ofertantes é tal que as decisões de produção de uma única empresa não são capazes de afetar o preço de mercado (PINDYCK, R.S.; RUBINFELD, D.L., 2013). Além disso, estes mercados não apresentam obstáculos à novos entrantes e o fluxo de informações é livre entre os agentes. Cumpre ressaltar que esta definição de mercados perfeitamente competitivos é teórica, uma vez que na realidade, sempre haverá alguma falha nestes preceitos, especialmente no que tange o fluxo de informações. No entanto, estas reflexões ainda são relevantes para mercados reais, com um grande número de ofertantes (GONÇALVES,2018). Por exemplo, segundo dados do Governo Federal, a safra de soja 2020/2021 deve atingir a sua máxima histórica na marca de 113,7 milhões de toneladas (GOVERNO DO BRASIL, 2020). Esta safra gigantesca é proveniente de diversos produtores, e considerando as peculiaridades do mercado de commodities, mesmo que um único produtor decida por reduzir ou ampliar sua produção, a cotação de preços não será afetada dado que sua participação no mercado é ínfima quando comparada ao todo.
Dado que a definição do preço depende apenas da oferta e da demanda, sem influência das empresas, cabe a elas apenas estabelecer a quantidade produzida. Para isso, as empresas, formadoras da oferta, devem posicionar-se dentro das possibilidades da curva de demanda do mercado. Pindyck, em Microeconomia, propõe que o estudo da maximização dos lucros deve ser feita partindo de duas curvas de demanda: a curva de demanda de mercado, negativamente inclinada, em que a quantidade demandada decresce a medida que os preços aumentam; e a curva de demanda da empresa, que por ser tomadora de preços, apresenta curva de demanda horizontal (ou seja, independente da quantidade ofertada, os preços serão os mesmos).
O lucro é dado pela diferença entre receitas e custos. Neste panorama, e no curto prazo, a receita marginal da empresa (acréscimo de receita pela venda de uma unidade a mais) é constante em decorrência da invariabilidade dos preços. O custo marginal (acréscimo de custo ao se decidir produzir uma unidade a mais) varia conforme quantidade produzida. Para que a empresa atinja o lucro máximo, a receita marginal deve se igualar ao preço de mercado, que também deve ser igual ao custo marginal. Caso a receita marginal seja superior ao custo marginal, é possível que a empresa amplie sua produção e obtenha mais receita. Caso o custo marginal seja superior ao preço e à receita marginal, a empresa deve reduzir sua produção pois a receita não é suficiente para cobrir os gastos (PINDYCK, R.S.; RUBINFELD, D.L., 2013).
No longo prazo, a maximização dos lucros segue os mesmos fundamentos. A diferença seria o acréscimo dos rendimentos de escala. O que significa dizer que ao se aumentar a quantidade de fatores empregados na produção de um bem, o aumento da produção será mais que proporcional. Por uma outra perspectiva, o aumento dos custos para ampliar a produção no longo prazo, deve ser menor que o ganho de receita gerado pelo aumento da quantidade produzida (VARIAN,2012). Por exemplo, caso uma empresa decida dobrar sua infraestrutura, a quantidade deve mais que dobrar. Este fundamento garante que os custos marginais não extrapolem a receita marginal no longo prazo.
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