Visão Baseada em Recursos
Por: diogo.economia2 • 6/2/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 366 Palavras (2 Páginas) • 417 Visualizações
Introdução
A desregulamentação do setor sucroalcooleiro, a partir do final da década de 1990, alterou a gestão industrial e estratégica de suas empresas. Para Vian (2002), houve diversificação da produção, formação de grupos comerciais e terceirização dos processos.
Entretanto, novas perspectivas estratégicas foram traçadas nos últimos cinco anos e outras estratégias começam a se desenvolver. Existe crescente preocupação com o escoamento do açúcar no Brasil. O setor sucroalcooleiro busca diversificar sua matriz de transporte para maior eficácia no transporte de seus produtos.
Segundo Penrose (1959), a compreensão que o conjunto de recursos da empresa a torna única tem sido foco de diversos estudos para análise do ambiente interno das firmas. A empresa é uma combinação de recursos, sendo esta combinação o que a diferencia de seus concorrentes, podendo resultar em vantagem competitiva. A VBR busca identificar os motivos pelos quais as empresas se diferenciam e como alcançam e sustentam a vantagem competitiva.
A combinação distinta dos recursos que a empresa usa para elaboração e disponibilização de um produto ou serviço ao mercado garante a heterogeneidade entre as empresas de um mesmo setor. Esta heterogeneidade sustenta a vantagem competitiva das empresas, quando estes recursos organizados criam capacidades dinâmicas (WERNERFELT, 1984). Recursos são bens físicos que a empresa compra, aluga ou produz e as pessoas contratadas de forma semipermanente (BARNEY, 1991).
Barney (1991) defende a sustentabilidade da vantagem competitiva quando os benefícios da estratégia não podem ser replicados por outras empresas. O autor define quatro critérios para que os recursos da empresa propiciem vantagem competitiva. O valor, que permite que a estratégia eleve a eficiência e a eficácia da empresa. A raridade, que torna a empresa única. A dificuldade em imitar, para que recursos não possam ser copiados. E, a difícil substituição, que evita que seus rivais possam adotar recursos similares.
Segundo Teece et al. (1997), o caminho percorrido pela empresa define suas competências centrais, baseadas na capacidade dinâmica de combinação de seus recursos. Para que a empresa responda de forma inovadora, ela deve desenvolver sua habilidade organizacional em manter suas capacidades dinâmicas. A integração dos ativos da empresa e a capacidade de construir e reconfigurar novos recursos, aumentam a capacidade de respostas ao ambiente turbulento, pela geração de conhecimento.
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