Visão geral do estado do meio ambiente e da economia
Tese: Visão geral do estado do meio ambiente e da economia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: guiolinda • 10/11/2014 • Tese • 511 Palavras (3 Páginas) • 390 Visualizações
Perspectiva Meio Ambiente e Economia
De um ponto de vista sociológico, pode-se apontar perspectivas teóricas que buscam analisar os impactos ambientais provocados pela intervenção antrópica sobre os ecossistemas. A primeira delas, conhecida como abordagem da ecologia humana, aplica princípios ecológicos para compreender as sociedades humanas, afirmando que, embora a capacidade do homem no que diz respeito à organização, tecnologia e cultura o distancie das demais espécies, suas ações são sempre limitadas por condições ecológicas. Em consequência, essa perspectiva enfatiza os fundamentos ecológicos para o entendimento dos fatores de mudanças dos sistemas naturais, mormente aqueles ligados às intervenções humanas, com a expectativa de que variáveis sociais e políticas possam mediá-los, ou mesmo parcialmente contra-arrestá-los, sem, contudo, superá-los.
Uma segunda perspectiva aponta para os efeitos da modernização (ecológica, econômica e institucional) sobre o grau de impacto que as atividades humanas podem ter sobre os ecossistemas, sugerindo que os problemas ambientais globais podem ser resolvidos através de modificações em instituições econômicas e sociopolíticas, sem necessariamente reanunciar ou reforçar o crescimento econômico, o capitalismo e a globalização. Esse otimismo no que se refere à degradação ambiental está em contraste com a chamada perspectiva da economia política, a qual aponta que a causa dos impactos negativos sobre o meio ambiente é, em última instância, a dependência das sociedades em relação à contínua ampliação de sua base produtiva. Segundo essa abordagem, o conflito existente entre sociedade e ecossistemas apenas será resolvido com a reestruturação radical da sociedade e a imposição de limites à hegemonia da produção.
A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo no qual se evidenciamas inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutençãoda vida.
À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza parasatisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao usodo espaço e dos recursos.
Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, alicerçado naindustrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, a mecanização daagricultura, o uso intenso de agrotóxicos e a concentração populacional nas cidades.
Tornaram-se hegemônicas na civilização ocidental as interações sociedade/naturezaadequadas às relações de mercado. A exploração dos recursos naturais se intensificou muitoe adquiriu outras características, a partir das revoluções industriais e do desenvolvimento de novas tecnologias, associadas a um processo de formação de um mercado mundial que transforma desde a matéria-prima até os mais sofisticados produtos em demandas mundiais.
Quando se trata de discutir a questão ambiental, nem sempre se explicita o peso que realmente têm essas relações de mercado, de grupos de interesses, na determinação das condições do meio ambiente, o que dá margem à interpretação dos principais danos ambientais como fruto de uma “maldade” intrínseca ao ser humano.
A demanda global dos recursos naturais deriva de uma formação econômica cuja base é a produção e o consumo em larga escala. A lógica,
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