A ÉTICA E LEGISLAÇÃO
Por: Thais Maciel • 12/4/2021 • Dissertação • 2.115 Palavras (9 Páginas) • 205 Visualizações
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
BACHARELADO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
XXXXXXX
Volkswagen e o “Diesel limpo”
RECIFE
2020
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
BACHARELADO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Trabalho apresentado ao curso de Publicidade
e Propaganda da UNICAP, como pré-requisito para
avaliação na disciplina de Ética e Legislação em Publicidade Docente: Elisa Barreto
RECIFE
2020
Resumo
A peça apresentada neste paper foi analisada e designada como publicidade enganosa, pois viola os códigos do CONAR aqui citados. A empresa automotiva a qual este trabalho se refere foi indiciada e penalizada por seus crimes e fraudes, tendo um prejuízo de Bilhões de dólares em diversos países pelo mundo, inclusive no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Automotivo; Fraude; Meio Ambiente; Publicidade enganosa;
Introdução
Esse trabalho consiste na abordagem teórica realizada na disciplina de Ética e Legislação em Publicidade, supervisionada pela Professora Elisa Barreto para compor a nota do 2° GQ. E tem como foco principal apresentar a campanha da Volkswagen, a qual veiculou propagandas enganosas, que mostravam seus veículos à diesel como ambientalmente corretos. Porém, foi descoberto que a companhia instalou nos veículos, um software que enganava os testes de emissão. A montadora mentiu ao dizer que carros movidos a "diesel limpo" tinham baixas emissões, sendo muito bom para o meio ambiente. Consequentemente, por conta desse diferencial, a empresa conseguia elevar o valor de revenda dos seus veículos, se tornando um dos maiores e melhores do mercado. A Volkswagen é uma fabricante alemã de veículos que pertence ao Grupo Volkswagen e é a maior fabricante de automóveis do mundo, com sua sede na cidade de Wolfsburg, na Alemanha.
Objetivo
O paper tem como objetivo analisar a forma antiética a qual a fabricante de carros veiculou a campanha do “Diesel Limpo”, além de indicar quais artigos do CONAR foram violados pelo anunciante.
Justificativa
A Federal Trade Commission (FTC), agência independente do governo dos Estados Unidos, cuja principal missão é a aplicação da lei civil dos EUA e a promoção da proteção do consumidor, registrou uma queixa contra a Volkswagen, pela veiculação de propagandas enganosas, que mostravam seus veículos à diesel como ambientalmente corretos. A queixa apresentada à corte de San Francisco afirma que a Volkswagen dos Estados Unidos gastou dezenas de milhões de dólares em anúncios que mentiam aos consumidores, ao afirmar que os veículos seriam movidos a "diesel limpo" da montadora tinham baixas emissões, estavam de acordo com os padrões federais e eram ambientalmente amigáveis, o que dava a eles um alto valor de revenda. Em um dos anúncios, a montadora chega a afirmar que as emissões de óxido de nitrogênio foram reduzidas em 90%, menos do que os veículos à gasolina. Porém, na realidade, de acordo com a denúncia, era totalmente diferente, esses carros adulterados emitiam até 4.000% a mais do que o limite legal do poluente nos EUA. Durante o período de sete anos, a Volkswagen enganou os consumidores ao vender ou alugar mais de 550.000 carros a diesel com base em falsas alegações de que os carros eram de baixa emissão.
Em Setembro de 2015, a montadora admitiu o uso de um dispositivo que altera resultados sobre emissões de poluentes, e que não teria usado apenas nos EUA, mas em 11 milhões de veículos a diesel em todo o mundo, inclusive no Brasil, em modelos de várias marcas pertencentes ao grupo. No final deste mesmo ano, diversos países do mundo começaram a fazer testes em seus carros da marca que tinham o motor a diesel que possuem o software. De acordo com a reclamação da FTC, a Volkswagen promoveu seus carros supostamente "limpos" por meio de uma campanha de marketing de alto nível que incluía anúncios do Super Bowl, campanhas de mídia social online e publicidade impressa, geralmente visando consumidores "conscientes do meio ambiente".
Contudo, tiveram que arcar com um alto custo para reverter toda a situação, tendo um Recall de € 8,5 milhões só na Europa. A filial brasileira da Volkswagen foi multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em R$ 50 milhões. Para o órgão, ao assumir que vendeu no país carros com o software que altera dados em vistorias de emissão de poluentes, a montadora também burlou o programa de testes do Ibama, invalidando as licenças recebidas. Já o Procon/SP anunciou multa de R$ 8,3 milhões à montadora. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), não ficou de fora, o órgão do Ministério da Justiça, abriu processo administrativo contra a Volkswagen do Brasil, por indícios de infrações contra o consumidor, que geraram multa de R$ 8,5 milhões. Em Fevereiro de 2019 o processo que ainda estava rolando na justiça, o Departamento de Proteção ao Consumidor conclui o processo administrativo contra a Volkswagen determinando uma multa de R$ 7,2 milhões, por conta do "dieselgate".
Métodos
A primeira etapa do processo de criação deste paper, foi a de pesquisa, buscando informações sobre o assunto polêmico da Volkswagen e coletando dados oficiais. Após a leitura em diversos sites, como o G1 - Auto Esporte, O Globo, IG e o site do FTC, relacionando as informações expostas, com os artigos do CONAR, foi possível entender a gravidade do erro cometido pela empresa automotiva. Também foi possível analisar o tamanho da propaganda enganosa cometida pela empresa, tendo burlado leis e fraudado testes de poluição em diversos países e não só nos EUA, como inicialmente foi pensado.
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