A GUARNIÇÃO DE REMO DO EXÉRCITO
Por: Maria Felicidade • 22/8/2020 • Resenha • 1.316 Palavras (6 Páginas) • 193 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM XXXXXX
Resenha Crítica de Caso
Nome do aluno (a)
Trabalho da disciplina XXXXXX
Tutor: Prof. (que atua no fórum)
Local
Ano
A GUARNIÇÃO DE REMO DO EXÉRCITO
REFERÊNCIA: SNOOK, Scott; POLZER, Jeffrey T. A guarnição de remo do exército. Harvard Business School, 406-P01, 2004.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o objetivo de analisar o caso da equipe de remo da academia Militar de West Point, do exército dos Estados Unidos. Propõe-se também em trazer à tona a discussão de conceitos importantes de coordenação e liderança.
DESENVOLVIMENTO
Em maio de 2002, o coronel Stas Preczewski, treinador da equipe de remo da academia militar de West Point encontrava-se frustrado, pois não conseguia entender o motivo de os atletas do barco principal Varsity (V) estarem sendo constantemente vencidos pelos atletas do barco Varsity Júnior (VJ).
Os remadores dos dois barcos haviam sido escolhidos depois de testes rigorosos que levavam em conta uma combinação de fatores que envolvia habilidades pessoais e coordenação em equipe.
Após uma pesquisa com mais de duzentos treinadores de equipes de remo chegou-se à conclusão de que eram quatro as categorias que mais contribuíam para o sucesso de uma equipe de remo: força e condicionamento, técnica de remar, fatores psicológicos e organização de um programa. Uma conclusão a que também se chegou nessa pesquisa é que os técnicos iniciantes costumavam focar na técnica; os técnicos intermediários tendiam a focar no condicionamento; Já os técnicos mestres — aqueles com mais experiência — consideravam as variantes psicológicas como as mais importantes para o sucesso de uma guarnição de remo.
Para criar uma equipe capaz de sair vencedora era necessário que os atletas fossem dotados de extrema força física e resistência e soubessem trabalhar em equipe, uma vez que esse esporte não exige apenas sincronia nos movimentos, mas também sincronia mental e psicológica.
Para chegar aos nomes dos oito atletas que iriam compor a equipe principal (a Varsity) o treinador P. aplicou uma infinidade de testes e a escolha se deu após uma temporada de “retiro” na antiga vila olímpica de Atlanta. Neste “retiro”, os remadores treinavam, pela manhã, em barcos selecionados aleatoriamente, concentrando-se em questões que envolviam técnica e adaptabilidade. À noite, os remadores liam biografias de grandes remadores e artigos relacionados ao remo. Porém, era à tarde que aconteciam as disputas que determinariam quais remadores seriam selecionados para o barco principal — o Varsity.
Ao final deste retiro, o treinador P. escolheu os oito melhores remadores para o barco Varsity e os restantes foram automaticamente designados para o Varsity Júnior. No último treino da semana, as duas equipes competiram pela primeira vez, e, como já era esperado, o barco Varsity venceu facilmente o Varsity Júnior.
Na volta ao campus, o treinador percebeu que mesmo tendo vencido o Varsity Júnior, os membros do Varsity demonstravam não estarem satisfeitos e teciam críticas uns aos outros pois achavam que a vitória poderia ter sido com uma vantagem maior. Ele viu isso com bons olhos, pois enxergou nisso uma busca pela excelência. No entanto, esse era um primeiro sinal dos tempos difíceis que o aguardavam. Na primeira regata de treino, o barco VJ venceu facilmente o barco V. O treinador considerou o resultado uma anomalia, mas começou a se preocupar quando isso passou a acontecer com frequência. Não demorou para que ele percebesse que a equipe do barco V estava se tornando mais lenta que a do barco VJ.
Perplexo com esses resultados, o treinador fez uma análise dos fatores e constatou que quando colocados para competir aos pares ou em quartetos, os remadores do Varsity sempre venciam os seus correspondentes do Varsity Júnior. Porém, esse resultado não se repetia quando os oito remadores competiam como a equipe do barco principal. Fez também uma planilha dos dezesseis jogadores relacionando seus pontos fortes e fracos.
O treinador P. tinha conhecimento de uma pesquisa feita pelo comitê olímpico que enfatizava a importância dos aspectos psicológicos para o sucesso de uma equipe. Além de se sentir à vontade para analisar esses fatores pois era um experiente professor efetivo e doutor em psicologia, ele resolveu trazer do CEP (Centro de Excelência de Desempenho) de West Point um especialista em maximizar o desempenho individual e de equipes. A equipe do VJ aceitava bem o trabalho de treinamento do CEP, mas o mesmo não podia se dizer da equipe do Varsity, pois alguns membros se mostravam céticos quanto à eficácia desse treinamento, chegando até mesmo a taxá-lo de “frescura”.
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