A INFLUÊNCIA DA PUBLICIDADE NO MEIO AUDIOVISUAL
Por: luarruda21 • 20/11/2022 • Monografia • 3.479 Palavras (14 Páginas) • 103 Visualizações
COLÉGIO STOCKLER
Iniciação científica
INFLUÊNCIA DA PUBLICIDADE NO MEIO AUDIOVISUAL
LUISA FRUET ARRUDA 2ª SÉRIE A
São Paulo
2018
- Breve história da publicidade
Desde a antiguidade, com a invenção da escrita, a publicidade já era usada. Há relatos históricos em que os egípcios já utilizavam técnicas de comunicação para espalharem as suas vendas por meio de propagandas em papiros e anúncios de cartazes, porém eram usadas de forma intuitiva, sem o objetivo de alcançar um público-alvo (Guia da Carreira, sem data).
A sociedade sempre teve a necessidade, por meio de diferentes formas, de se comunicar. Sendo assim, o mercado publicitário entrou em ação. Registros indicam que os primeiros anúncios com fins comerciais foram publicados em jornais da Inglaterra, em 1650. Com o passar dos anos, a publicidade foi se espalhando no mundo e com destaques, em jornais e revistas. Antes, em 1650, era normal encontrar poucos anúncios publicitários no jornal. Em 100 anos, a quantidade de anúncios nos jornais aumentou de uma maneira disparada em Londres, sendo mais ou menos um número de 50 anúncios (Guia da Carreia, sem data). A propaganda nos EUA demorou um pouco para se consolidar. Em 1704 surgiu o primeiro anúncio de jornal no país que tratava de uma propaganda imobiliária. Com isso, esse novo tipo de mercado começou a ser muito popular nessa nação.
No Brasil, a publicidade surgiu na metade do século XIX, quando o país já era independente de Portugal. Foi nesse século que as primeiras propagandas apareceram nos jornais e se referiam a vendas de imóveis, de escravos, de datas de leilões, e de ofertas de serviços de artesãos e de profissionais liberais. O jornal O diário de Rio de Janeiro foi o primeiro a fazer sucesso no Brasil, com um destaque principal aos anúncios feitos pelos jornalistas, tais como a chegada da família real no país.
- Breve história do cinema
Em 1889, William Dickson[1], assistente do cientista e inventor americano Thomas Edison, criou um cinetoscópio[2] que capturava a “imagem-movimento”. Esse fenômeno de captura de imagem é um dos mais impressionantes de nossa história de apreensão de imagens dinâmicas da realidade e não estáticas, como a fotografia. Com isso, o cinema foi se desenvolvendo na década seguinte, devido a essa contribuição da invenção de Dickson.
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Figura 1: Cinetoscópio criado por Willian Dickson, em 1889.[3]
Portanto, o cinema teve a sua origem no cinetoscópio, porém não projetava as imagens em telões. O observador desse mecanismo tinha de observar durante um tempo limite as imagens no interior de uma câmara escura.
No ano de 1892, o francês Léon Bouly desenvolveu, a partir da invenção de William Dickson, o cinematógrafo[4]. Esse modelo, diferente do cinetoscópio, não transmitia suas imagens por meio de uma câmara escura, mas sim em telas, em quadros por segundos. Devido às condições financeiras difíceis, Bouly não conseguiu continuar seu projeto, sendo assim, encaminhou este para os irmãos Lumière de continuar. Esses irmãos, a partir de 1895, começaram a fazer várias produções cinematográficas. Isso tornou o cinema mais popular com a primeira exibição do filme, La Sortie de L’usine Lumière à Lyon (A saída da Fábrica Lumière em Lyon).
Foi no século XX que o cinema começou a ser popular no mundo, tornando-se uma arte. Isso ocorreu por causa de artistas interessados em teatros e todo tipo possível de efeito cênico. Um dos maiores destaques dessa fase foi Georges Meliès, que dirigiu Viagem à Lua, em 1902, o qual impressionou o público daquela época.
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Figura 2: Cinematógrafo criado por Léon Bouly, em 1892.[5]
Até a metade do século XX, a maior parte da produção cinematográfica ocorria nos Estados Unidos, em Nova York e Nova Jersey, porém em 1909 uma equipe nova-iorquina rodava um roteiro que se passava na Califórnia e resolveu fazer as tomadas “in loco”[6] e descobriram Los Angeles e principalmente Hollywood, a terra prometida do cinema hoje. Com essa descoberta, e satisfeitos com o local, os maiores estúdios que existem até hoje, foram criados, como Warner Bros e Fox Universal. Nessa época, o cinema tomou a sua forma de entretenimento popular, provando que os filmes eram comercialmente viáveis e um negócio rentável.
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Figura 3: Foto do letreiro de Hollywood, localizado em Los Angeles.[7]
- O surgimento da sociedade de consumo
Na sociedade hoje em dia, a ação de consumir está presente na vida de toda a população. A sociedade de consumo é um termo bastante utilizado para representar os avanços de produção do sistema capitalista. O crescimento econômico e a geração de lucro e riqueza encontraram-se predominantemente pautados no crescimento das atividades comerciais e consequentemente, do consumo.
Nos séculos XVII ao XX, o desenvolvimento da sociedade de consumo ocorreu de forma mais complexa a partir da expansão da atividade industrial. As frequentes invenções e modernizações produtivas provocaram um crescimento muito grande no nível do consumo, ampliando a publicidade no meio da vida da população, com a divulgação dos mais diversos produtos.
O ponto máximo do consumo foi desenvolvido ao longo do século XX, quando o sistema fordista[8] criou a necessidade de absorver a produção industrial em massa desse modelo, assim aumentando o nível de consumo.
Os Estados Unidos foi o país pioneiro desse consumo, com o lema “American Way of Life”[9] que surgiu em 1910. Esse modelo de vida americano se pautava na melhoria das condições de vida em razão da forte intervenção do Estado em infraestruturas para gerar mais empregos e modernizar os sistemas industriais de produção. Essa época foi marcada pela expansão descontrolada do consumo, com a ideia de que quem mais consumia, mais feliz era. Segundo Bernard (sem data), “O nosso direito de consumir felicidade sem produzi-la não é maior do que o de consumir riquezas sem produzi-las.”
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