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A Nova Roda da Seda

Por:   •  17/4/2019  •  Resenha  •  430 Palavras (2 Páginas)  •  196 Visualizações

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Liu Bang nasceu pobre, mas conseguiu uma chance na vida, ele conseguiu tomar o poder, após a morte de um imperador chinês. Mudou seu nome para Gaozu de Han, o primeiro líder de uma poderosa dinastia, que durou quatro séculos. Ele teve uma ideia, abriu a China, criou rotas e acordos de comércio, conectando o país aos demais. A economia bombou e as exportações dissiparam. Ficou conhecida como a Rota da Seda (o principal produto exportado), os chineses dominaram a Ásia nessa onda de comércio, espalhando sua influência e negócios pelo continente. Desejam novamente fazer isso, mas com o mundo inteiro. O maior plano de investimento da história One Belt One Road. Inclui uma quantia em dinheiro, três vezes mais que o PIB do Brasil. Esse alto valor em dinheiro será investido em 65 países, nos próximos 40 anos. Seu objetivo é claro: “A China deseja ser a nova potência mundial, e para isso precisa se tornar o maior player do comércio internacional”, diz Peter Dutton, diretor do US Naval War College. O grande projeto inclui portos, rodovias, ferrovias, gasodutos, oleodutos e centros de distribuição, para favorecer as exportações chinesas. O mesmo enredo adotada pelas últimas duas potências. Nos séculos 18 e 19, as ferrovias e portos do mundo foram criados por ingleses, do Paraguai à Índia. Desta forma, era ocupada a capacidade ociosa das indústrias, geravam emprego e os trabalhadores abriam novos mercados para seus serviços e produtos, além de emprestar dinheiro a outros países, promovendo dependência econômica e lucrando com juros. Os americanos fizeram o mesmo entre 1940 e 1950. Chegou a vez da China, um dos principais projetos é a melhoria da rede ferroviária. Na China há 20 linhas de carga, conecta o país a vários centros econômicos da Europa e da Ásia, mas desejam converter em ferrovias de alta velocidade. Uma viagem que hoje demora cinco dias, duraria 30 horas, com a previsão dos trens bala para 2025. Em 2010, os chineses vieram ao Brasil falar sobre a obra gigantesca: a Ferrovia Bi oceânica, que atravessaria o Peru e o brasil, ligaria o Oceano Pacífico ao Atlântico. O projeto não saiu do papel. Mesmo com a crise, a China é o nosso maior parceiro comercial, principal destino das nossas exportações. Na prática, o objetivo da obra é gerar mercado para as construtoras chinesas, e não beneficiar o Brasil, desejam estabelecer domínio absoluto. O objetivo da nova rota da seda é abrir novos mercados, mas também espalhar dívidas, gera o desenvolvimento, mas cria relações de influência e poder. É assim que a economia global sempre funcionou.

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