A Rota Da Seda
Exames: A Rota Da Seda. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: edina • 19/5/2013 • 601 Palavras (3 Páginas) • 563 Visualizações
TRABALHO DE GEOGRAFIA
Rota da Seda
No século XIX, um arqueólogo alemão chamado Ferdinand Von Richthofen estabeleceu o nome de uma das mais famosas rotas comerciais e religiosas de todos os tempos, a chamada Rota da Seda. Antes que tal nome fosse escolhido, esse trajeto, com mais de sete mil quilômetros, já era há mais de dez mil anos utilizado por aventureiros, peregrinos comerciantes, clérigos, monarcas e soldados que cortavam esse extenso conjunto de estrada a pé ou no lombo de animais, partindo da porção síria do mar Mediterrâneo, até os territórios chineses de Xiang.
A mais antiga importância desse caminho se encontra no processo de espalhamento, ainda na Pré-História, das comunidades humanas do continente africano para diversas regiões da Ásia e da Oceania em busca de melhores condições de vida. Séculos mais tarde, seria essa mesma via de acesso que determinaria a penetração dos povos indo-europeus no Oriente Médio. Tal ocupação daria origem aos povos semitas que, por sua vez, estabeleceriam a gênese dos árabes e judeus.
A via comercial terrestre que ligava a China ao Mar Mediterrâneo, conhecida como Rota da Seda foi muito utilizada desde os primeiros séculos da nossa era até ao início da Idade Moderna.
Tendo começado a exportar seda para a Índia por terra por volta de 600 a. C. para o Próximo Oriente em 114 a. C., a China procurou sempre manter o monopólio do comércio, tentando nunca perder o controlo da bacia do Tarim. O comércio efetuado com o Império Romano floresceu a partir de 50 a. C., sendo mantido também por via marítima. As caravanas que percorriam a rota da seda partiam de Antioquia e Tiro,chegando, através da Mesopotâmia, ao Irão, Jurasão, Turquemenistão eBactros, a partir de onde se dirigiam para Sambarcada e para a cidade chinesa de Kashgar. Neste ponto, a rota dividia-se em duas vias principais: uma, através de Caracórum, levava a Karashar e Turfan (via do norte); a outra acompanhava a bacia do Rio Tarim (via do sul). As duas vias encontravam-se depois e seguiam para Kancheu, Pequim e Nanquim. O apogeu do comércio da seda transportada através destas rotas foi atingido na dinastia Wuti (140186 d. C.), acabando por entrar em declínio devido às convulsões que tiveram lugar na Ásia Central nos séculos seguintes. Essas rotas comerciais permitiram, além disso, a expansão das doutrinas budistas (século II) e mais tarde donestorianismo (século VII). Tendo a China deixada de controlá-las, o comércio deste país com a Europa decaiu notavelmente, sendo recuperados por Bizâncio em meados do século VI, com a intensificação das relações comerciais através da Arábia e da Índia. Os produtos que vinham do Ocidente (âmbar, coral, tecidos de lã, etc.) eram trocados essencialmente por especiarias, pedras preciosas, ébano, pérolas e seda.
Entretanto, deu-se o estabelecimento de fortalezas e mosteiros ao longo do percurso das caravanas. A Rota da Seda acabou por perder a sua importância devido à descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1498. Depois, também a indústria da seda começou a ser fomentada na Europa, como se exemplifica com o caso português: no reinado de D. José I, o marquês de Pombal incentivou a cultuado bicho-da-seda, bem como a implantação de uma manufatura de seda em
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