A “Paywall” do New York Times
Por: Thális Stéfano • 15/4/2020 • Resenha • 1.016 Palavras (5 Páginas) • 253 Visualizações
O artigo começa a apresentando a companhia de jornal The New York Times Company, uma das principais empresas de notícias e informações do planeta, com receitas altas e lucros elevadíssimos, controlava outras 5 empresas de comunicação e tinha como lema: “melhorar a sociedade ao criar, coletar e distribuir tanto informação quanto notícias de alta qualidade”.
Fundada em 1851 por Henry Jarvis Raymond e George Jones, o jornal era referência mundial e rendeu até o ano de 2011, mais de 100 prêmios Pulitzer, número muito maior que de qualquer outro órgão de notícias.
Porém, em 2011 o The Times, tornou-se restrito, fazendo com que seus leitores tivessem curto acesso as notícias. Agora o que era gratuito e ilimitado, tornou-se algo que somente assinantes poderiam ter acesso ao conteúdo integral do jornal.
Lançado um piloto no Canadá meses antes, o The Times resolveu testar o serviço para detectar e resolver futuros problemas, até o seu lançamento de fato em NY.
Em seu primeiro momento, o vice-presidente do The Times, estava bastante otimista com a proposta, pois sabia que a grande maioria da população conhecia e tinham confiança no jornalismo do The Times, e estariam sim dispostos a pagar pelas notícias, pois muitos se sentiam culpados por terem aquelas notícias gratuitas todos esses anos.
Com o advento da tecnologia, não só o The Times, mas várias outras companhias de jornalismo passaram por momentos difíceis em suas finanças, pois a circulação de jornais impressos havia caído alguns por centos nos valores finais de suas receitas. Assinaturas, anúncios e publicidades também começaram a cair, porém, a maior parte dos custos da produção, redação e distribuição eram fixos, fazendo com que isso, tivessem poucos cortes.
A internet trouxe grandes avanços para a comunicação, além de trazer em tempo real as notícias para seu leitor, ela facilita a chegada até ele, fazendo com que o impresso perca lugar no mercado. Clay Shirky, escritor e comentarista de mídias defendia que “a população não precisava de jornais, mas sim de jornalismo”, era tamanha a comparação dos dois, que difícil seria a separação para o fortalecimento do jornalismo. Mas será que com isso, o jornal impresso não se tornou vítima da migração para o digital?
Ainda que a chegada da internet fosse um pouco obscura e ameaçadora para os impressos, representava também, uma nova era de alcance a novos públicos. Com isso, quase todos os jornais da época, começaram a disponibilizar seus conteúdos online, visto que no ano de 2010, a empresa comScore, havia feito uma pesquisa e notou que cerca de 123 milhões de pessoas nos Estados Unidos visitaram sites de notícias. Porém, ainda assim, a internet não era a queridinha da população americana, perdia para a televisão e ficava a frente do rádio.
Com essa nova forma de comunicação, problemas foram surgindo e fazendo com que cada vez mais os impressos fossem deixados de lado. A nova era da publicidade e propaganda online, representada, também não foi o suficiente para igualar a queda sofrida nas receitas dos jornais físicos. Na mesma época, alguns jornais da região, começaram a diminuir sua distribuição domiciliar limitando-os somente para alguns dias na semana. Outros até, encerraram suas impressões tornando-os somente online.
Anteriormente, na primavera de 2010, com a chegada do iPad, Steve Jobs e Neisenholtz apresentavam em um palco para todos o novo aplicativo o The Times, para o novo iPad dizendo que “estavam comprometidos com o objetivo em questão, e queriam ser o pioneiro da próxima geração de jornalismo digital, juntando tudo que havia de melhor no impresso e no digital, em um só lugar”.
Muitas eram as dúvidas sobre os efeitos da chegada do iPad para a comunicação digital. Diversas opiniões
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