AS ESPECIALIZAÇOES DO MARKETING
Por: Karol de Faria • 24/11/2021 • Trabalho acadêmico • 2.217 Palavras (9 Páginas) • 97 Visualizações
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
É sabido que falar em desenvolvimento sustentável é não somente necessário, como indispensável nos dias atuais, mas importante do que falar, é fazer e garantir meios e processos mais sustentáveis, que se perdure em todo o ciclo de vida da empresa, através de uma gestão ambiental voltada não somente para os aspectos corporativos da empresa, como também de uma eficaz gestão ambiental, que incide diretamente em melhor manejo dos recursos e uma maior garantia em se desenvolver de forma sustentável, não acarretando danos ambientais e socioeconômicos de determinada região, em que a empresa venha a instalar seu centro de produção ou distribuição.
Gestão ambiental é, hoje, uma função indispensável em toda organização, de qualquer tipo e porte. Uso eficiente de recursos naturais, gestão de resíduos, pegadas hídrica e de carbono são alguns temas em pauta. Organizar a produção – de bens e serviços – requer não apenas a observância de leis, regulamentos, requisitos de instituições financeiras ou códigos voluntários de conduta – todos em números sempre crescentes. Adissi (2013)
Segundo Adede, a proteção ambiental, como condição para o desenvolvimento sustentável, busca atender a diversos princípios, entre eles os dos direitos humanos à um ambiente são e produtivo, o de valor da diversidade biológica, a conservação dos recursos naturais, a satisfação de necessidades básicas de aumento de qualidade de vida, a distribuição de riquezas, o fortalecimento da capacidade de autogestão e outros.
Para Adissi (2013) a gestão da produção de bens e serviços deve incluir todos os seus fatores (materiais, pessoas, equipamentos, processos) e todos seus aspectos funcionais (produtividade, qualidade). Mas, além desses aspectos, há também a necessidade de se gerir as disfunções do processo produtivo, ou seja, os seus impactos negativos sobre as pessoas que trabalham (Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho) e o ambiente (Gestão Ambiental), assim como possíveis danos aos consumidores de seus produtos (Gestão da Satisfação dos Clientes).
Segundo Adede (2004), o consumidor com alto grau de conscientização dos seus direitos à saúde e contra riscos dos produtos, vem selecionando o que compra, examinando composição de produtos e recusando aqueles que não seguem normas rígidas de segurança e bem estar.
Se atentar a isto, não somente por questão de preservação da matéria-prima e dos meios viáveis de produção, com medidas desde a distribuição com transportes que emitam menores poluentes, desde ao reflorestamento e reuso da água na produção, até ao desenvolvimento de embalagens que causem menor impacto ao meio ambiente, todas essas ações geram impacto ao consumidor final, pois os mesmos estão cada vez mais atentos às questões ambientais, e empresas que ainda não se adequaram a isso, e as legislações pertinentes, estão fadadas a sofrer, não somente com multas por parte dos órgãos competentes, como também, em não se adequar ao novo consumo consciente, com consumidores cada vez mais exigentes, não somente com o produto em si, mas em como a empresa gerencia a sustentabilidade dos recursos naturais, que vai interferir tanto no ecossistema ambiental, como no seu ecossistema enquanto negócio, em gerar valor para sociedade como um todo.
Segundo Adissi (2013) Uma empresa que se arrisca a infringir as leis ambientais, arrisca-se a receber elevadas multas e a ter má imagem junto aos seus clientes.
E essa má imagem ultrapassa fronteiras, pois empresas que não se atentam em cumprir as legislações e se adequar em fazer o uso de forma sustentável da matéria-prima ou do descarte dos dejetos de produção, as mesmas estão sujeitas não somente a sofrer multas e descrédito por parte dos consumidores, como também inviabiliza seu processo de exportação, pois para os países que são feitas a comercialização dos produtos, são exigidas que se cumpram várias normas e controles, não somente na qualidade do produto em si, mas como também em quais condições esses produtos foram produzidos e como ele chegará ao consumidor final.
O progresso econômico, divorciado de preocupações com o custo social, entre eles o da destruição ambiental, deixou de ser aceito pela a comunidade internacional, o que aliás já tinha sido dito na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo na Suécia, em 1972, passando a ser revisto fator de reacomodação das relações internacionais. Adede (2004).
No que se refere aos normas e legislação ambiental brasileira tendo como base a ser seguida pelo o Código Civil Brasileiro de 1º de Janeiro de 1916, artigo 159, fixa regras e estabelece responsabilidade de todos, que por ação ou omissão voluntária causarem prejuízo a outrém, no que cabe direito ao prejudicado por danos à saúde e ao meio ambiente, tendo como as legislações principais, o Novo Código Florestal, lei 12,651/12, com essa lei, as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são reconhecidos como bens de interesse comum a todos os habitantes do País, sendo as ações e omissões contrárias a este conceito consideradas uso nocivo da propriedade, com aplicação de sanções, temos também a Política Nacional do Meio Ambiente, os Crimes Ambientais, a Criação do Ibama, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dentre outras.
A Natura é uma empresa de grande porte nacional, avaliada em cerca de 40 bilhões, com o crescimento alavancado através do seu processo de internacionalização da marca, que em 2016 começa com a aquisição de grandes empresas como a The Body e Shop, a Aesop e a Avon, se tornando uma holding Natura e Co. E ela se tornou essa grande holding, por ter se mantido fiel ao seu propósito, de ser uma empresa que possui como filosofia de negócio, cuidar da natureza e poder gerar impacto positivo, completamente pautada na sustentabilidade e no uso dos recursos ambientais de forma altamente consciente, e por causa desse compromisso com as questões ambientais e sociais, a mesma conquistou recentemente a certificação B-Corp, este selo reconhece empresas que beneficiam à sociedade desde a fabricação até a comercialização dos produtos.
Com todo esse processo de internacionalização da marca, é preciso um estudo extenso sobre o país de destino, para implantar um centro de distribuição dos produtos, facilitando a logística para o repasse dos produtos ao consumidor final, além do estudo de mercado, para conhecer melhor os clientes, e quais produtos terão maior aceitação e vendas, é preciso também todo um estudo ambiental para construção do centro de distribuição se adequando as legislações ambientais do país de destino.
Com a análise para expansão da empresa para um dos países que fazem parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul), além do Brasil entre eles estão a Argentina, Paraguai e Uruguai. Segundo a Cámara Argentina de la Indústria de Cosmética y Perfumeria (CAPA) a Associação Argentina da Indústria de Perfumaria e Cosméticos, o setor está evoluindo de maneira muito satisfatória, em ritmo de desenvolvimento constante, tendo com isso um dos motivos para escolher a Argentina como o país de destino na estratégia de internacionalização da empresa no Mercosul.
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