Apostila De Estrutura E Análise De Custos
Exames: Apostila De Estrutura E Análise De Custos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcelowolf • 25/3/2015 • 8.817 Palavras (36 Páginas) • 546 Visualizações
1- INTRODUÇÃO
O mundo mudou bastante nos últimos anos. Nunca se falou tanto em Custos, como se fala hoje, é difícil encontrar um gestor de empresas que não saiba falar o que é Custos ou no mínimo como fazer para otimizá-los. Mas não basta só saber e dominar os seus conceitos é preciso praticá-los. Vivemos atualmente em uma realidade completamente diferente de outras já experimentadas, a era da competitividade nunca se falou tanto em mudanças. Mas além de conhecer o que esta mudando, é importante para o sucesso das empresas, observar e avaliar como elas afetam e o que podem se feito para se adequar a essa realidade que se altera constantemente. A Administração de Custos ajuda as empresas a obter um melhor desempenho em suas atividades, permite renovar e melhorar todas as estratégias de serviço, proporcionando o aumento de oportunidades de mercado fazendo com que a empresa se torne mais eficaz e organizada, melhorando e fortalecendo o comprometimento e satisfação dos funcionários e clientes, contribuindo assim para o desenvolvimento das atividades diárias de maneira mais eficaz. A Contabilidade de Custos é o ramo das Ciências Contábeis que estuda os gastos ocorridos para aquisição de produtos ligados diretamente à atividade operacional da empresa. A Contabilidade de Custos auxilia o administrador, permitindo-o saber qual é o ponto de equilíbrio entre a produção e as vendas. E ajudando o administrador a sua tomada de decisão para de forma concreta e objetiva, definir suas metas de vendas, suas despesas e o resultado esperado ao fim do período. De posse dos conhecimentos necessários, podemos utilizar a Contabilidade de Custos para decidir que tipo de custo ou custeio se aplicará à atividade da empresa.
Em outras palavras: Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma mercadoria ou um serviço. É o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisão.
2- HISTORIA
No período caracterizado como Era Mercantilista, antes da Revolução Industrial, os artesões fabricavam seus produtos em suas residências e quando concluíam, os mesmos eram vendidos para as empresas que, por sua vez, revendiam para o consumidor. Até então não existia a necessidade das empresas controlarem seus custos, uma vez que elas apenas compravam e revendiam mercadorias, dedicando-se ao comércio. Praticamente todas as transações de troca ocorriam entre um empresário proprietário e indivíduos que não faziam parte da organização, fornecedores de matéria primas, mão-de-obra paga por tarefa, e clientes. Não existiam níveis de gerências ou empregados assalariados por longos prazos. As transações se davam no mercado, e indicadores de sucesso eram facilmente obtidos. O empresário-proprietário tinha de arrecadar mais dinheiro das vendas aos clientes do que pagava aos funcionários dos insumos de produção, primariamente mão-de-obra e matéria-prima. Com a ocorrência da Revolução industrial, as empresas industriais começaram a se desenvolver e fabricar seu próprio produto foi então que veio a necessidade de controlar os custos dos produtos, pois era preciso iniciar um processo de registro das atividades industriais que surgiam avaliar estoque e apurar resultados. Inicia-se assim, a Contabilidade Financeira, na qual para a apuração do resultado bem como para a elaboração do balanço, era suficiente o levantamento dos estoques em termos físicos, uma vez que verificava o montante pago por cada item no estoque e, dessa forma, apropriava o valor á mercadoria. Basicamente usava-se um cálculo simples, pois se considerava o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando-se as compras do período e comparando com o que ainda restava nos estoques e, dessa forma, chegava-se ao valor de aquisição das mercadorias vendidas. Comparando esse montante com as receitas obtidas nas vendas das mercadorias, chegava-se então ao lucro bruto. A Contabilidade Financeira tradicional, até então existente, teve que se adaptar á nova realidade econômica, devido ao surgimento das máquinas e consequentemente produções por escala, visto que as empresas não mais se dedicavam somente ao comércio, mas também pelo processo de: comprar, transformar e com isto vender. As décadas seguintes foram marcadas por grandes expansões das linhas de produtos, mudanças de tecnologias de produção, diminuição dos ciclos de vida dos produtos e, principalmente por modificações na competição global e nos grandes avanços da tecnologia de informação.
A partir da revolução industrial a contabilidade de custos muito evoluiu, passando a gerar informações, não só para controle, mas também para o planejamento e tomada de decisão.
A contabilidade de custos aparece pela primeira vez com técnica independente e sistemática, nos Estados Unidos, envolvendo a produção industrial, sobretudo estudando os problemas de mão-de-obra e repercussões no custo industrial. Mais tarde, passou a preocupar-se, de modo menos empírico com os custos de material consumido (direto) nas operações, buscando a visão global do processo produtivo, instante em que são discutidos os maiores entrave da Contabilidade de Custos, os chamados Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Também denominados de despesas indiretas de fabricação, para outros despesas gerais, custos indiretos e ou ainda de overhead. Os CIF vem historicamente sendo os grandes vilões da Contabilidade de Custos, por serem de difícil alocação.
Hoje, dentro da Contabilidade de Custos, existem critérios e técnicas que solucionam de modo bastante adequado os problemas relacionados a esse aspecto. O sistema de custos busca identificar os gastos com a produção (Custos totais), para que com base nestes dados possam ser realizadas classificações, análises, avaliações, controles e planejamentos, conseqüentemente, transforma-se num importante instrumento de gestão, como fonte primária e básica para a tomada de decisão. É importante ressaltar que a Contabilidade de Custos não se aplica somente às indústrias, sendo que é possível calcular custos comerciais, de serviços, agrícolas etc. Porém a ênfase maior é dada à atividade industrial, uma vez que é neste segmento seu maior campo de atuação (motivo esse que levam muitos a denominarem, erroneamente,
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