Como obter a atenção do público nas Palestras?
Por: mellofloripa • 20/4/2015 • Artigo • 1.056 Palavras (5 Páginas) • 127 Visualizações
As pessoas indicam quando tem uma história bem contada
Talvez as principais revoluções surgiram para nos permitir abrir mão de “meios” criados pelos generais da comunicação de massa, querendo nos alienar e nos fazer acreditar que somente seguindo suas regras é que teremos acesso ao que queremos. Os não-revolucionários talvez sejam àqueles que ainda não se sentiram totalmente ofendidos por essas regras, e futuramente possam querer transformar a realidade que vivem, de forma abrupta e sem pedir licença, pois estarão cansados de tanta besteira e desigualdade. Pergunte principalmente aos jovens “Y” da nova geração, que entenderão o que estou dizendo.
A revolução que estou trazendo para este artigo nada tem a ver com as manifestações de revoltas sociais através de violência. Estou falando de algo muito sutil, ligado à comunicação, onde centenas de milhares de aparelhinhos hoje estão interconectados mapeando nossos interesses de consumo para cada vez vender mais, focados no calo do consumidor moderno: o consumo desenfreado.
Um dos pontos desta revolução talvez seja o nascimento de novos veículos de comunicação aliado aos novos hábitos e comportamentos de compra dos consumidores atuais. Por exemplo: Crianças de 10 anos não precisam mais de emails. Há algum tempo não usam mais CDs ou DVDs para gravar seus vídeos e músicas. Daqui há 5 anos todos nós iremos “provar” virtualmente um produto (tênis, óculos, calça, etc) sem sair de casa, através de uma simples impressão 3D. Resultado: seremos cada vez menos fiéis às empresas que não se adaptam aos meios que vivemos. Mas com certeza, para qualquer empresa que fomos escolher, as recomendações espontâneas dos consumidores terão um peso significativo em nossa decisão de compra.
Com base nisso, eu me pergunto: O que fazer para meus clientes se tornarem cada vez mais fiéis à minha empresa?
Recorri a 3 fontes de inspiração para escrever este artigo:
- Trata-se de entender a ligação emocional que a marca tem com o seu público.
- A necessidade de ter uma história bem contada.
- A importância da indicação das pessoas, principalmente na era digital.
Primeiro ponto: “As marcas amam os consumidores, mas elas não são correspondidas”. De acordo com o Gobé (extraído de um artigo do meu ilustre consultor e amigo Sérgio Kappel), a idéia é que, para fazer diferença na vida das pessoas, as marcas precisam estar vinculadas a um apelo emocional, criar uma conexão pessoal mais profunda do que costumam. Isso não significa cair no sentimentalismo ou na irracionalidade. Ao contrário: emoções, para Gobé, são ligações com algo maior do que a função estrita do produto: fatores como a relevância social, o bem-estar, um projeto ou um valor compartilhado em comunidade é o bem mais procurado.
Segundo ponto: Toda marca precisa contar a sua história. Isso demonstra claramente que as pessoas querem comprar um produto que tenha um significado além da utilidade em si. Talvez por esse motivo, cada vez mais encontramos peças publicitárias mais humanizadas, mostrando equipes e clientes satisfeitos para demonstrar “um sentimento de compaixão aos valores humanos”. O problema é que, pouco tempo depois das mídias sugarem esta informação até a última gota como estratégia de conseguir a atenção do consumidor, depois de saturada, ela é jogada no lixo. E daqui algumas décadas poderá ser uma idéia “retrô bacana” para novamente ser sugada pelos marqueteiros, ou “publicitosos”, como chama Ricardo Jordão, da Biz Revolution.
Então para não cair na armadilha de ser vendedor de ilusão, talvez seja necessário entender os valores reais da sua empresa, quais são o os seus objetivos com o seu negócio e escreva uma boa história para contar. Mesmo que sua empresa seja capitalista ao extremo, a sinceridade não tem preço, e talvez quando seu público entender que muitas mentiram e somente você se manteve nos valores que de fato você conduz sua empresa, provavelmente valerá realmente a pena para você e para seus filhos esta estratégia de comunicação.
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