Evolução Histórica da Gestão da Qualidade
Tese: Evolução Histórica da Gestão da Qualidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: messinho100 • 3/5/2013 • Tese • 2.555 Palavras (11 Páginas) • 493 Visualizações
2.2 Evolução Histórica da Gestão da Qualidade
Com o surgimento dos processos industrializados as atividades foram divididas em tarefas as quais o controle de qualidade passou a ser responsabilidade de um supervisor que mal atendia a grande demanda presente. O foco deixou de ser a exigência de um único consumidor para o aumento da produção em grande escala.
O rápido e intenso fenômeno da maquinização das oficinas provocou fusões de pequenas oficinas, que passaram a integrar outras maiores e que, aos poucos, foram crescendo e se tornando fábricas. O operário foi substituído pela máquinas nas tarefas em que se podia automatizar e acelerar pela repetição. A mecanização do trabalho levou a divisão do trabalho e à simplificação das operações.(CHIAVENATO, 2000, p. 32).
Pode - se colocar que a preocupação com a qualidade começou com a produção em massa, pois junto com ela surgiram problemas que instigava a qualidade do produto produzido nessas condições. Afinal como manter ou assegurar que os produtos fossem sempre adequados e qualitativos ao consumidor fina?
Com a segunda Guerra Mundial houve uma grande evolução tecnológica de matérias, processos de fabricação e produtos. Essa situação ameaçava inviabilizar a inspeção total da produção, dificultando ainda mais o controle da qualidade dos produtos.
O processo produtivo das organizações era centralizado em uma só pessoa. Isso porque antigamente os artesãos eram as pessoas responsáveis pelo processo de produção, qualidade, venda e prospecção. Como nesta época ainda não existia a produção em grande escala o artesão conseguia manter um padrão de qualidade elevado de seus produtos e serviços.
Com a intervenção da máquina a vapor por James Waltt (1736-1819) e sua aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social que, em um lapso de um século, foram maiores do que as mudanças ocorridas em todo o milênio anterior. (CHIAVENATO, 2000, p. 30).
Praticamente não existia Departamento de Qualidade, o que existia eram pessoas responsáveis pelo controle sucinto dos produtos acabados, tudo feito rapidamente e sem nenhum sistema de gestão que acondicionasse as situações passíveis de correção.
A era da gestão da qualidade só surgiu quando ficou claro que o desenvolvimento de ações qualitativas traria a empresa uma oportunidade a mais e decisiva na competição com outras empresas.
Para Deming:
Um sistema de melhora de qualidade é útil a qualquer um que lance um produto ou esteja comprometido com um serviço, ou com pesquisas, e deseja melhor a qualidade do seu trabalho e, ao mesmo tempo aumentar sua produção, tudo com menos mão de obra e a custos reduzidos. Os serviços precisam melhorar junto com a produção. (Deming 1990, p. 31)
Porém a um marco que definiu a necessidade do controle mais efetivo nessa área. Abaixo serão levantados alguns aspectos históricos de extrema relevância para o entendimento do pleito.
Segundo Maximiano a preocupação com a qualidade, veio ser reconhecida a partir das pesquisas feitas por W.A. Shewhart, estatístico norte-americano que, já na década de 20, tinha uma grande curiosidade com relação à implantação da qualidade e com seus benefícios na produção de bens e serviços. Shewhart desenvolveu um sistema de mensuração dessas variabilidades que ficou conhecido como Controle Estatístico de Processo (CEP), também foi criado o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action), principal método utilizado na gestão da qualidade, onde foi reconhecido com Ciclo Deming da Qualidade (2006, p. 65)
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão estava em péssimas condições, precisando começar seu processo de reconstrução. W.A. Shewhart foi convidado pela Japanese Union of Scientists and Engineers (JUSE) para ministrar palestras, fazer treinamentos de empresários e industriais sobre temas relacionados à gestão da qualidade e sua implementação nas empresas. O Japão, em seguida, renova sua visão gerencial, e aplica ações especificas silenciosas, que contrapõe a visão “barulhenta” da revolução tecnológica do Ocidente, podendo ser confundida com uma revolução cultural. Essa mudança silenciosa de atitudes por parte da gerencia possibilitou ao Japão resultados positivos, como um sucesso total, que desfruta até hoje como potência mundial.
O pós-guerra possibilitou incentivar novas maneiras de estabelecer o planejamento estratégico das empresas. Com isso estimulou mudanças no modelo de gerenciamento empregado na época, ou seja, dando preocupação com o ambiente externo das empresas que se mostravam incompatíveis entre seus produtos e as mudanças ocorridas no mercado.
De acordo com Maximiano, logo após a crise dos anos 70, foi perceptível a importância da dispersão de certas informações ligadas à sociedade, as culturas, com isso as políticas passaram a ser reavaliadas, sendo necessária uma mudança no estilo gerencial. No entendo, na década de 80, o planejamento estratégico ligado à qualidade, é implantado nas empresas, sendo necessárias algumas condições atreladas às novas técnicas de gestão estratégica.(2006, p. 91)
A gestão estratégica é considerada como essencial para os princípios ligados as variáveis técnicas, econômicas, informacionais, sociais, psicológicas e políticas que estabelecem os requisitos ligados ao ambiente interno e externo das empresas. Como interesse principal, a influência da gestão da qualidade nos consumidores e no mercado, como consequência da sobrevivência das empresas, levando-se em consideração a sociedade competitiva atual.
O conceito de Qualidade, para Araújo (2001), foi inicialmente coligado ao sentido de conformidade as partes interessadas, ou seja, aos benefícios da empresa. Posteriormente o conceito evoluiu para a visão de Satisfação do Cliente.
No entanto a satisfação do cliente está ligada a vários fatores que beneficiam os mesmos, como prazo e pontualidade de entrega, condições de pagamento, atendimento pré e pós-venda, flexibilidade, e conseqüentemente uma equipe técnica que possibilite a qualificação desses serviços.
A qualidade e a produtividade das organizações vêm sendo atingidas negativamente por uma serie de motivos que atingem a competitividade e o desempenho das mesmas, como exemplo pode destacar: a deficiência na capacitação dos recursos
...