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Formatos de loja de varejo

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Por:   •  12/12/2014  •  Tese  •  2.687 Palavras (11 Páginas)  •  404 Visualizações

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Define-se como varejo a venda de produtos ou a comercialização de serviços, caracteriza-se pela venda direta ao consumidor e/ou comprador do produto, sem haver intermediários. Segundo Kotler (1999), o varejo representa todas as atividades de venda de produtos ou serviços diretamente ao consumidor final. Com o passar dos anos o varejo assumiu significativo crescimento no panorama empresarial no Brasil e no mundo. À medida que as empresas varejistas se expandem, aumentam os investimentos em tecnologias que consequentemente desempenham um papel importante na modernização do sistema de distribuição. De acordo com Parente (2000), o varejo no Brasil tem atravessado um acelerado ritmo de transformação e consolidação nos últimos anos, com novos formatos de varejo, “mais eficientes e mais adequados às novas necessidades do mercado consumidor”. Essa transformação no varejo adaptará o como e a forma de apresentar os produtos às que atingirem o consumidor da melhor maneira, elevando a preferência do consumidor pelos que realizarem isto do modo mais rápido e eficiente. O volume anual de vendas interligadas ao varejo é superior a R$ 100 bilhões, compreendendo cerca de um milhão de lojas, e representando mais de 10% do PIB brasileiro. Com o acelerado ritmo de consolidação do setor, um número crescente de varejistas aparece como as maiores empresas do Brasil. O Carrefour e o Pão de Açúcar situam-se entre as cinco maiores empresas privadas brasileiras, com vendas anuais de quatro bilhões de dólares. Entre as 100 maiores empresas privadas brasileiras, 12 pertencem ao setor varejista.

O formato do varejo representa como o estabelecimento apresentará os produtos aos consumidores : tipo de serviço agregado, tipo de mercadorias, variedades, o nível de serviço e os preços no qual caracterizam o formato do varejo e, consequentemente, o perfil do consumidor. Bernardino (2004) aborda os seguintes formatos de varejo, classificados entre aqueles que possuem e os que não possuem loja física.

Formatos de varejo com loja

Os tipos de varejo com loja podem ser considerados, conforme o autor, em varejo alimentício e varejo de mercadorias em geral. Cada um deles pode ser dividido em subcategorias, conforme descriminado abaixo:

O varejo alimentício engloba todos os pontos-de-venda que cuja maior parte de suas vendas é composta de alimentos e bebidas. Neste grupo são incluídos todos os tipos e tamanhos de estabelecimento, cujos principais são elencados abaixo:

• supermercados de vizinhança: Segundo Bernardino (2004), representam as lojas de autosserviço com ampla linha de produtos, porém baixo sortimento em comparação às grandes lojas. De acordo com o autor, “têm área total de 300m² a 700m², operam com 4.000 SKUs, vendem até 3% de itens não alimentares e possuem de dois a seis checkouts”. De acordo informações do instituto ACNielsen, divulgadas na Revista Exame (2010), a participação do faturamento dos supermercados de vizinhança no total do setor cresceu de 55,5% para 58,1% entre 2000 e 2002.

• supermercados tradicionais: representam as lojas de autosserviço de médio porte, cujas vendas são altamente concentradas em itens alimentícios e possuem mix de produtos e sortimento superior aos supermercados de vizinhança. Segundo Parente (2000), os supermercados tradicionais costumam “ter área de 700 a 2.500m2, comercializa aproximadamente 9.000 SKUs, vende até 6% de itens não-alimentares”.

• superlojas: São supermercados de maior porte com, segundo o autor, área de 3.000 a 5.000 m² e 14 mil SKUs em seu mix de produtos, aproximadamente, cuja venda de itens de venda não-alimentares representa um percentual superior a 10%. Sua área permite a exposição e venda de produtos para o lar e eletroeletrônicos.

• lojas de conveniência: são locais na maioria das vezes conjugados a postos de combustível que comercializam os alimentos e bebidas mais comuns, para consumo imediato. Possuem a facilidade de estarem abertas em horários onde outros estabelecimentos estão fechados, para compras emergenciais. Sua localização é privilegiada e com fácil acesso e as margens de lucro são superiores a outros estabelecimentos.

Além do varejo alimentício, há outro formato de varejo, chamado Varejo Tradicional. Este formato inclui lojas especializadas e de desconto. Os principais formatos, segundo Bernardino (2004), são:

• lojas de departamentos: são grandes lojas que possuem ampla linha dos mais variados produtos e opções de marca e um bom nível de serviço ao cliente. Como o nome diz, a loja está dividida em departamentos de produto, com liberdade de atuação, como se fossem lojas independentes dentro de uma loja maior.

• lojas especializadas: geralmente são lojas de porte pequeno ou médio, especializadas em um tipo de produto apenas, com vasta variedade de marcas e com elevado nível de serviço, dado ao alto grau de conhecimento dos funcionários quanto às características dos produtos comercializados. Podem atender por meio de franquias ou de forma independente, localizadas uma próxima à outra, a ponto de criarem ruas em uma cidade com lojas especializadas em cada segmento.

• varejo de serviços: as lojas não vendem necessariamente produtos, pois elas também podem prestar serviços necessitando de um ponto de venda, como é o caso de salões de beleza, academias de ginástica, e outros. Nestes estabelecimentos os clientes compram previamente um serviço, uma expectativa que pode mudar de cliente para cliente, conforme a percepção de benefício de cada cliente, que pode variar enormemente, pois nela influem não apenas a pessoa que prestou o serviço, como também o humor e a receptividade do cliente no momento da prestação do serviço.

Outro formato de varejo é chamado “Especialistas de categoria”, englobando as grandes lojas, gerais ou especializadas, com baixo nível de serviço, alta venda e sortimento de produto. Do inglês category killers, esse formato de loja está ancorado em um grande poder de barganha, dado à elevada compra média, e lojas localizadas em regiões mais afastadas, dado seu tamanho. Os principais modelos de especialista de categoria, segundo Parente (2000), são:

• atacados: são lojas amplas, com infraestrutura mínima e baixíssimo nível de serviço. Devido ao preço muitas vezes inferior ao que consegue atingir comprando diretamente das indústrias, pequenos comerciantes representam uma grande parcela dos clientes dos atacados, além de também atender consumidores finais.

• hipermercados: são caracterizados por ocupar grandes áreas horizontais e comercializarem vasta variedade de produtos alimentícios e não-alimentícios e um grande sortimento de marcas, com baixa margem e altíssimo giro. Estimulam o conceito de única parada,

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