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Fusão Brahma X Antártica

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Por:   •  13/9/2014  •  550 Palavras (3 Páginas)  •  425 Visualizações

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Brahma e Antarctica fazem megafusão

da Reportagem Local

As arquirrivais Antarctica e Brahma deixaram de lado sua histórica -e agressiva- disputa pelo consumidor brasileiro de cerveja e refrigerante. As duas empresas se associaram e criaram a multinacional AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) para disputar, juntas, também o consumidor internacional.

A associação foi comunicada ontem, em Brasília, ao presidente Fernando Henrique Cardoso pelos presidentes da Brahma, Marcel Telles, e da Antarctica, Victório de Marchi, em reunião de mais de uma hora no Palácio da Alvorada.

A nova empresa deve responder por cerca de 40% do mercado brasileiro de bebidas e por 70% da produção nacional de cerveja, o que a obriga a se submeter à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que julga casos de fusão que possam ferir a Lei Antitruste.

Para o secretário de Direito Econômico, Ruy Coutinho, o Cade não deve rejeitar a fusão, uma vez que o governo poder estabelecer condições para a aprovação. E citou a suspensão, por quatro anos, do uso da marca Kolynos, quando esta foi comprada pela Colgate.

Em nota oficial, Antarctica e Brahma afirmam que o controle acionário da AmBev é detido por investidores nacionais, que darão à empresa condições de concorrer no mercado globalizado.

Um dos objetivos da AmBev é a ampliação de mercados já explorados pelas sócias na Argentina, Paraguai e Uruguai, que compõem com o Brasil o Mercosul. Para isso, a nova empresa buscar parcerias e associações.

Outro objetivo importante é se antecipar à integração de 34 países americanos na Alca (Área de Livre Comércio das Américas), prevista para 2005. Até lá, a AmBev pretende abrir filiais em países latino-americanos e nos EUA.

Todos os recursos das sócias, segundo o comunicado, serão reunidos na AmBev, que passará a ter fábricas em 18 Estados e em três países -Uruguai, Argentina e Venezuela, onde a Brahma instalou suas unidades. A produção das sócias atingiu, no ano passado, 6,4 bilhões de litros de cerveja e 2,5 bilhões de litros de refrigerantes, águas, chás e isotônicos.

A empresa nasce com mais de 30 mil acionistas, ativos totais correspondentes a R$ 8,1 bilhões (base dezembro de 1998) e patrimônio líquido superior a R$ 2,8 bilhões. E herda um volume de vendas que atingiu R$ 10,3 bilhões no mercado doméstico em 1998.

Segundo o advogado da AmBev, Carlos Francisco de Magalhães, a Antarctica e a Brahma pretendem manter separadas as suas redes de distribuição e os seus departamentos de marketing. A concorrência entre as sócias seria preservada porque a disputa por preços é maior na fase da distribuição, afirmou Magalhães.

A Antarctica, segundo o advogado, desfez a associação que com a norte-americana Anheuser-Busch para a produção da cerveja Budweiser no Brasil. Ainda não foi decidido se a Brahma desmanchará a associação com a Miller.

Composição acionária

O capital da AmBev é composto por ações representativas de 88,09% do capital votante e 87,91% do capital total da Antarctica e de 55,08% do capital votante e 21,17% do capital total da Brahma.

A troca de ações será feita na proporção de uma da AmBev por uma da

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