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Gestão Em Saúde

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Por:   •  12/11/2013  •  2.659 Palavras (11 Páginas)  •  302 Visualizações

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FGV Mangement

MBA Executivo em Saúde

Trabalho de Graduação visando complementação de pontos na disciplina

Gestão de Pessoas em Saúde

Carlos de Oliveira Lopes, MD, MSc

colopes@uol.com.br

GESTÃO DE PESSOAS EM SAÚDE

SAÚDE-2

Introdução

Este trabalho visa complementação de atividades com finalidade de avaliação da disciplina de Gestão de Pessoas em Saúde. O ponto de nosso trabalho é uma tese que é disseminada na mídia em um comercial que seria:

“Saúde não tem preço, mas tem custo”.

Nos dias de hoje a população mundial está muito envolvida com o tema saúde. Somos chamados de Geração Saúde, pois esta é uma preocupação geral de todos. Parece que todos anseiam viver para sempre e a mídia é recheada de assuntos que visam orientar o bem estar geral. Os novos tratamentos médicos são alardeados como novos milagres disponíveis no supermercado apesar de muitos deles como a terapia com células-tronco não passarem, neste momento, de ficção científica. Absurdos científicos, como o congelamento de cordão umbilical entre outros, são veiculados na mídia e vendidos como se fossem uma apólice de seguro de vida para aquele que se dispuser a pagar dois mil dólares por ano.

Medicamentos, suplementos alimentares, técnicas para rejuvenescimento e modelamento do corpo, lipoescultura, por exemplo, são glamurizados e vendidos como milagres certos e seguros para uma vida eterna. Todo mundo quer de tudo, mas a conta tem de ser paga por alguém e este custo está cada vez maior e a demanda cada vez mais insustentável para os governos, planos de saúde e a população em geral.

Para enriquecer o debate sobre este tema agreguei três artigos de revistas recentes numa tentativa de unir as causas básicas deste grande dilema do momento que é o custo do atendimento à saúde da população e como financiar este custo.

O primeiro artigo se intitula o peso da saúde nas empresas e foi publicado na revista Você-RH de fevereiro de 2009.

O segundo artigo tem o título de “Crise, que crise?”, publicado no encarte chamado Saúde um setor a prova de crises da revista Exame edição especial de julho de 2009.

O terceiro artigo tem o título de “As guerras de Temporão” publicado na revista Isto È Dinheiro em julho de 2009

São três artigos, a meu ver com temas complementares, com as devidas cópias anexadas e com temas relevantes destacados e que serão comentados nas páginas a seguir. Após comentar os três artigos em separado traçarei um tema ligando todos em uma conclusão final sobre o tema central “Saúde não tem preço, mas tem custo”.

As Guerras de Temporão

O ministro Temporão é o típico “Midiático” não pode ver uma câmara ou microfone que começa a falar. Como ele é basicamente um técnico e não um político falta-lhe competência para mentir e convencer ao público de que está sendo verdadeiro. O Ministério da Saúde é o primo indesejado do governo. Saúde não dá voto, ou pelo menos tanto quanto o programa bolsa família. O governo sempre corta recursos do Ministério da Saúde sendo que em 2009 o orçamento será 5% menor que em 2008 apesar de a inflação em saúde ser de 10% (Sindhosp). O orçamento de 40 bilhões de reais representa uma verba de R$250,00/ano por habitante o que é uma gorjeta. O surto de gripe suína ganhou enorme destaque na mídia, pois não atinge só a nichos da população de favelados como a cólera ou só habitantes da selva como a febre amarela, mas a todos e principalmente os mais abastados que podem freqüentar aeroportos e áreas de convivência de relacionamentos interculturais internacionais. Sem recursos financeiros ou técnicos para resolver o problema Temporão apela para a mentira ou sofisma ao dizer que a letalidade é de apenas 0,5%, semelhante à gripe comum, sem dizer que existe vacina para a gripe comum e que a infestação pela febre suína irá atingir uma população infinitamente maior e conseqüentemente matará muito mais pessoas. Por outro lado se em uma família pobre, com oito; dez; vários filhos, a perda de um ente querido não represente o fim de tudo, apesar da dor da perda, em uma família de classe média alta com apenas um filho estes 0,5% são na realidade 100% e representa a destruição total de uma estrutura familiar. Vacina e remédio para todos nem pensar, pois a prioridade é gastar o dinheiro da saúde com obras que dêem votos como restaurantes populares ou ambulâncias do SAMU que funcionam como propaganda ambulante e se prestam para recursos de caixa-2 como a Máfia das ambulâncias. O Ministério da Saúde tem um orçamento de R$ 40 bilhões para atender os quase 200 milhões de brasileiros e toda a política que envolve a área nos jornais noticia-se que o governo Lula tem desviado dinheiro da saúde para o programa bolsa família e para programas de saneamento básico o que demonstra total desprezo com a causa da saúde. Só a título de comparação a Saúde suplementar tem em seu conjunto um orçamento de R$37 bilhões para uma população de um terço da assistida pelo ministério da saúde. Todos que militam na saúde sabem que os Planos de Saúde se encontram em péssimas condições financeiras e que o calote (glosas) é a prática geral.

Enquanto isto o Ministro Temporão sofisma e tenta se manter no cargo sabedor que é de sua completa impotência para resolver este imbróglio.

Há cerca de 10 anos tramita no Congresso a emenda 29 a qual prevê aplicação de percentuais mínimos das receitas da união (10%), estados (12%) e prefeituras (15%) na saúde além da aprovação da CSS que seria uma CPMF maquiada. A cultura popular sabe que entre negociadores honestos um fio de bigode é o suficiente para que as coisas sejam feitas de modo correto. Não é uma lei ou emenda ou dezenas delas que resolverão o problema. O estado brasileiro é pesado corrupto e desonesto em seu DNA, sabemos que as prefeituras e os estados estão falidos e endividados. Novos impostos só servirão para enriquecer as coortes de corruptos infiltrados no sistema como as máfias das sanguessugas,

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