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Histórico Da Qualidade

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Por:   •  5/9/2014  •  5.656 Palavras (23 Páginas)  •  635 Visualizações

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Referencial Teórico.

Histórico da Gestão da Qualidade:

A qualidade sempre esteve presente na vida do homem. Pela própria natureza, a busca pela melhoria, pelo aperfeiçoamento e pela realização sempre foi uma constante. No início, para sobreviver, já se preparava com a qualidade dos alimentos que extraía da natureza. Com a utilização da agricultura, o homem passou a cuidar da qualidade daquilo que plantava e colhia. Por questão de segurança e sobrevivência,preocupava-se também com a qualidade das pedras selecionadas para a fabricação de armas e ferramentas. Lascas afiadas eram retiradas de pedras e serviam para cortar carne e retirar polpa de plantas. O enfoque na qualidade e da qualidade evolui à medida que as relações sociais e econômicas do homem se tornam mais complexas.

Por volta de 2150a.C., o código de Hamurabi já demonstrava uma preocupação com a durabilidade e funcionalidade das habitações produzidas na época, de tal forma que, se um construtor negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente para atender à sua finalidade e desabasse, ele, construtor, seria imolado. Os fenícios imputavam a mão do fabricante de determinados produtos que não fossem produzidos,segundo as especificações governamentais, com perfeição. Já os romanos desenvolveram técnicas de pesquisa altamente sofisticadas para a época e as aplicavam principalmente na divisão de mapeamento territorial para controlar as terras rurais incorporadas ao império.Desenvolveram padrões de qualidade, métodos de medição e ferramentas específicas para execução desses serviços.

Os egípcios já usavam sistemas de medição das pedras usadas na construção das pirâmides. Os gregos e romanos mediam construções e aquedutos para certificarem-se que estavam conforme especificação. Mais tarde, na Europa renascentista, artesãos especificavam, mediam, controlavam e asseguravam a qualidade de trabalhos de pintura, tapeçaria, escultura e arquitetura.

A China é uma das mais antigas nações a ter desenvolvido uma civilização. A indústria artesanal da China, por volta dos séc. 16 a.C. até 11 a.C., atingiu alto estágio de desenvolvimento através da praticidade, durabilidade e o bom gosto artístico de seus

produtos que sempre chamaram a atenção do mundo. Indústrias manufatureiras de porcelana, pólvora, bússola, tecidos de seda, natural, de artigos de laca, chá, papel e tipografia foram inventados e monopolizados pela China antiga. O desenvolvimento da produção artesanal e a obtenção de grandes volumes de produtos com qualidade não poderiam ser conseguidos sem um rígido controle de qualidade, graças a qualidade ao material selecionado, das técnicas dos artesãos e administração rigorosa.

Somente há poucas décadas o conceito de qualidade passou formalmente para a função de gerenciamento. Dentro das empresas, a qualidade agora incorpora não somente aspectos de inspeção dos produtos, mas funções que vão desde engenharia até marketing. A abordagem passa a ser sistêmica e holística em detrimento a uma abordagem somente corretiva.

O desenvolvimento histórico que transformou o controle tradicional na moderna administração da qualidade total, chamada a “era moderna da qualidade” (iniciada no final dos anos 20), pode ser dividido em cinco fases (ou períodos ou eras) distintas: era da inspeção, era do controle estatístico, era da garantia da qualidade, era da qualidade total (TQC) e era da gestão estratégica da qualidade - Sistema de qualidade.

A era da inspeção:

Até o século XVII, as atividades de produção de bens eram desempenhadas por artesãos.Quase tudo era fabricado por artesãos e artífices habilidosos ou trabalhadores experientes e aprendizes sob a supervisão dos mestres de ofício. Produziam pequenas quantidades de cada produto; as peças eram ajustadas umas às outras manualmente e a inspeção era feita após os produtos prontos, para assegurar uma alta qualidade, de maneira informal, quando feita. Um produto que funcionava bem era visto como resultado manual da confiança nos artífices qualificados para todos os aspectos do projeto da produção e do serviço.

O padrão de qualidade do artesão era, em geral, muito elevado e resultava na plena satisfação do cliente. A sua produtividade era, porém, limitada e a competição era mantida sob controle pelas corporações de ofício. O grande segredo então do trabalho artesanal era o preço de cada peça ou de um serviço, o que limitava o seu acesso a uns poucos consumidores privilegiados.

Em meados do século XVII, quando o crescimento do comércio europeu alavancou o aumento da produção surgem às primeiras manufaturas, nas quais um proprietário, em geral um comerciante, dava emprego a certo número de artesãos que trabalhavam por um salário e a produção era organizada sob o princípio da divisão do trabalho. A produção em massa seria viabilizada justamente pelos preços reduzidos por unidade produzida, com a conseqüente ampliação do mercado, permitindo o acesso de pessoas de classes mais baixas a inúmeros produtos antes escassos. As mudanças no modo de produção iriam, também, modificar a percepção e o tratamento da qualidade.

Com a Revolução Industrial ocorrem mudanças radicais na administração das empresas, que foram obrigadas a dividir o processo industrial em fases de marketing, concepção, projeto, aquisição, produção e comercialização. Começou dessa maneira a aumentar o distanciamento entre o produtor e o consumidor, o que originou os primeiros problemas sérios com a qualidade do produto. O homem, antes um artesão, passa a ser um operário coadjuvante da máquina. A produção torna-se padronizada e o número de opções colocadas à disposição do cliente é limitado. O trabalho é rotineiro e padronizado e o trabalhador perde o contato com o cliente e com a visão global dos objetivos da empresa.

Nesse contexto a quantidade de falhas, de desperdício e de acidentes do trabalho era elevada, em função das limitações das máquinas, do despreparo dos operários e do precário desenvolvimento das técnicas administrativas. Porém não havia preocupação em relação a este custo, ou um levantamento de perdas, uma vez que somente se interessavam em produzir. Com o passar do tempo então, passam a ser implantados o trabalho de inspeção final de produto e a supervisão do trabalho – produção, surgindo um novo contexto nas empresas

Com a Primeira Guerra Mundial, a preocupação com a qualidade dos armamentos representava um fator estratégico, tornando-se por isso, prioridade das nações. Afinal, a falta de qualidade refletia-se na falta de segurança. Os departamentos de compras governamentais

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